segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

TEXTO: SL 32

TEMA: É FELIZ AQUELE QUE CONFESSA SEUS PECADOS

O salmo 32 foi escrito após Davi ter cometido grave pecado com Bate-Seba. É um salmo de arrependimento, confissão, perdão, reconciliação. É um testemunho de Davi do perdão que recebeu mediante sua confissão de pecados e dos efeitos que o perdão divino teve sobre sua vida. Ele experimentou a alegria da reconciliação! Tornou-se um homem feliz e abençoado por Deus.

Mas quem é o homem feliz? O homem feliz é o homem que foi perdoado.  Aquele a quem Deus encobre o pecado, não querendo ver, recordar ou conhecê-lo. Ele torna-se feliz porque seus pecados foram apagados e nada mais existe para condená-lo. Ora, se não há mais transgressão, pecado, iniquidade e engano, o homem está liberto e será realmente feliz. Esta é a verdadeira felicidade de que nos fala a Bíblia.

Portanto, todos nós precisamos pedir perdão a Deus pelos nossos pecados e quando o fazemos sentimos a alegria de sermos perdoados e reconciliados! Através de Jesus, temos a certeza de que "se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar..." (I João 1.9). Por isso, a verdadeira felicidade do cristão, a sua maior alegria e consolo é receber de Deus o perdão dos seus pecados.

                                                              I

Davi ressalta que as suas transgressões e os seus pecados foram perdoados e que, portanto, poderia ser feliz. Assim, ele finalmente pôde dizer com toda confiança: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há dolo”. (vv.1e2). Interessante que nestes dois versículos, o salmista apresenta quatro palavras que descrevem a sua situação: a primeira palavra é transgressão, que significa rebelião contra as leis de Deus; a outra palavra pecado, que significa uma ofensa a Deus; a terceira palavra é iniquidade, que quer dizer perversidade, injustiça. E temos a quarta palavra que é dolo, ou engano que significa traição. O estudo dessas palavras reflete a profundidade do seu pecado diante de Deus.

Ao pecar contra Deus, Davi havia cometido rebelião, pois praticou aquilo que lhe era proibido. Ele rompeu com o SENHOR.  Ele pecou, errou o alvo, se desviou do centro da vontade de Deus, deixando de fazer o que lhe era agradável. Mas, agora, ele celebra e partilha com outros a sua alegria. Ele é um homem feliz, pois a sua transgressão foi perdoada. É feliz porque, embora, tenha se rebelado, desobedecido e se afastado de Deus, o SENHOR ainda ofereceu Seu gracioso perdão. Como Deus é rico em perdoar! Aceita o pecador arrependido! Movido por Sua imensa misericórdia, Deus perdoa, apaga, esquece e cancela os nossos pecados.

Mas vamos entender toda a trajetória da vida do salmista! Ela começa quando o salmista confessa a situação que vivia diante do pecado. O texto revela que ele vivia aflito: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (v.3). Esse silêncio significa ausência de confissão do pecado. Entretanto, se Davi guardou silêncio sobre o pecado, o próprio pecado, por sua vez, gritava em seu interior e o fazia sofrer diariamente. Ele chorava e se lamentava “todos os dias” a ponto de sentir seu corpo fraco e debilitado, diante dos efeitos do seu mau procedimento. Ele descreve, como se seus ossos sofressem um desgaste. É um preço muito alto para esconder a sua iniquidade! Na verdade, Davi estava com a consciência pesada, ele afirma: “Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim; e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (v.4). Sendo assim, já não suportava mais, não conseguia dormir, não conseguia se alimentar, não tinha mais alegria em seu coração.

A vida de Davi foi marcada por uma má escolha que o levou a cair em pecado. O pecado lhe trouxe tanta amargura, tristeza e agonia. Ele entrou em pânico e desespero com receio de ter sido abandonado por Deus. Era a lembrança da culpa que tanto o atormentava, mas que lhe parecia ser a mão de Deus, porque era Deus mesmo que conservava essa memória diante dele. E diante desta situação, perdeu as forças vitais, e se sentiu em sequidão. Mas diante de seu pecado, havia um caminho para Davi: o perdão. E o ponto de partida é o arrependimento. Ele sabe que só Deus pode restaurar a sua vida. Ele sabe que Deus é benigno, misericordioso e perdoador. Davi sabe que Deus não rejeita quem tem o coração quebrantado. Por isso, ele pede perdão a Deus, uma vez que a sua situação chegou ao extremo e se tornou insustentável. No salmo 51, Davi demonstra todo o seu sofrimento. Este salmo é o registro da agonia da alma de Davi, após o seu terrível crime de adultério e assassinato.

                                                                     II

Que situação horrível estava vivendo Davi. Talvez muitos estejam nesta situação neste momento. O que precisamos fazer é chorar pelos nossos pecados. Afinal, todos nós já choramos motivados por alguma coisa ou acontecimento nesta vida. Mas por que devemos chorar continuamente por nossos pecados? Porque ainda somos pecadores e, por isso, a Bíblia nos recomenda a fazê-lo. O apóstolo Tiago encoraja os crentes a chorar por seus pecados dizendo: (Tg 4.8-10).  O próprio Senhor Jesus chorou pelo pecado. Chorou diante do túmulo do seu amigo Lázaro (Jo 11.35). Não simplesmente por seu amigo ter falecido porque ele sabia que estava lá para ressuscitá-lo, mas porque estava diante da terrível consequência do pecado: a morte. Ele também chorou diante da cidade de Jerusalém por causa do sofrimento que viria sobre ela por tê-lo rejeitado como o Cristo (Lc 19.41-44). Este mesmo que chorou pelos pecados, proferiu as seguintes palavras: “Felizes os que choram". E acrescentou a promessa: “... porque eles serão consolados”! Essa é a razão da felicidade dos que choram por seus pecados.

Davi confessa a Deus seu pecado: “Confessei a ti o meu pecado” (v.5a). Diante disso, Deus poderia castigá-lo. Mas Deus demonstrou seu grande amor. Ele foi realmente perdoado. Tão logo confessou o seu pecado ao Senhor, Davi pode dizer: “… tu perdoaste a maldade do meu pecado” (v.5b). A tumultuada vida que vivia, dá lugar a bonança gerada pela certeza do perdão divino. Pelo jeito, não foi apenas a culpa que Deus levou, mas os próprios efeitos dela sobre a vida de Davi, fazendo com que, junto com o perdão, viessem também o alívio e o bem-estar.  Perdoados e justificados pela fé temos paz com Deus, (Rm 5.1). Lemos em Provérbios 28 13: “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

Quantas vezes, nós não agimos assim? Falhamos, mas não queremos assumir os nossos erros! Muitos tentam encobrir os seus erros e pecados resistindo à voz da sua própria consciência, cauterizando a sua mente, entregando-se ao domínio do pecado. Riem e se divertem com o pecado. Lembrem-se aqueles que não se arrependem, não receberão o consolo de Deus, mas haverão de lamentar e chorar por toda a eternidade no inferno, um lugar de tormentos onde só haverá choro e ranger de dentes. Mas ainda há tempo! Ele nos convida, pois somente em Cristo há consolo e esperança para o pecador arrependido, que chora amargamente por seus pecados. Ele mesmo nos prometeu: “Felizes os que choram, porque serão consolados". Eis o momento oportuno da salvação. Cristo está chamando os pecadores ao arrependimento. Reconheçam seus pecados! Chorem por eles! Abandonem os e venham a mim, pois eu posso dar o perdão, o consolo e a vida eterna, disse Jesus.

Davi foi perdoado e purificado pelo sangue do Filho de Deus. Agora, pode enxergava o que jamais via antes na sua incredulidade. Agora, pode se refugiar em Deus como o seu esconderijo diante das tribulações. Agora, Deus continuava a oferecer ao salmista a graça e misericórdia nos momentos de grandes calamidades: “quando transbordarem muitas águas, não o atingirão”. (v.6) Sendo assim, o salmista estava preparado para enfrentar as anormalidades desta vida. Quantas bênçãos maravilhosas recebemos do SENHOR, decorrentes do perdão! Deus promete abrigo seguro, junto àquele que anda em retidão na sua presença. Davi disse: “Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.” (v.7). Trata-se de uma atitude de produzir cantos alegres em louvor a Deus por uma obra de libertação. Davi passou da lamúria à exultação. Ele não se sente mais como um servo ingrato e rebelde, mas como um filho amado pelo Pai.

                                                                         III

O salmista Davi apresenta a vida feliz do homem perdoado. Então, vejamos: Primeiro, a vida feliz é uma vida de instrução. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (v.8). Davi, agora, está pronto para receber instrução do Senhor, pois sabia da dor de estar contaminado pelo pecado e do alivio que veio de Deus, através do arrependimento. E o mais surpreendente nesse processo é que a ação de instruir e guiar, fator fundamental para a santificação da vida do pecador, é uma iniciativa do próprio Deus. Ele é quem, tomando o servo pela mão, o conduz no caminho correto, conforme as Escrituras. Deus também nos diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir!” Os filhos de Deus recebem instrução e orientação do caminho que devem seguir, ou nos adverte dos perigos do caminho errado.

Segundo, a vida feliz é uma vida de obediência: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. (v.9). Cavalo e mula. Duas figuras interessantes. Davi nos aconselha que não devemos imitar o comportamento dos animais, que tem muita força, mas só obedecem por causa do freio e cabresto. O cabresto é uma corda com o formato da cara da mula que se coloca na cabeça para puxá-la e o freio é uma peça de metal que vai presa na boca do animal. Só obedecem por meio de força e da dor. A palavra-chave é "obedecem". Os animais obedecem apenas quando são dominados por freios e cabrestos. Davi nos mostra que devemos ser obedientes de coração sem precisar de castigos ou ameaças. Uma pessoa que foi perdoada é feliz obedece voluntariamente, sem constrangimento, sem obrigação. Os cristãos sabem que a Lei de Deus foi dada para ser obedecida e não para ser discutida e negada. Eles obedecem aos mandamentos de Deus. São conduzidos pela voz interior da mente de Cristo que nele habita (1Co 2.13).

Terceiro, a vida feliz é uma vida de confiança. “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá “(v.10). É extremamente confortador saber que, numa época quando as instituições seculares estão fracassando e as promessas humanas falhando cada vez mais, podemos depositar toda a nossa confiança no Deus eterno, pronto a cumprir a sua palavra fielmente. Nossa confiança será depositada no Senhor que é cheio de misericórdia. Essa será o caminho da pessoa que foi perdoada e é feliz: ela viverá sempre confiando em Deus, não importam as circunstâncias. Na alegria, na provação, na dor, sempre pode confiar que Deus o ajudará e nunca será desamparado. A vida do ímpio será de sofrimento sem escape, mas a vida do justo será de confiança, misericórdia e consequentemente gratidão.

Finalmente, a vida feliz é cheia de alegria. “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (v. 11).  Há três verbos, que fecham o salmo com chave de ouro: alegrai-vos, regozijai-vos e exultai. Este é o convite, é o imperativo que nos indica como será a vida feliz da pessoa que foi perdoada. Como disse o apóstolo Paulo, repetindo estas palavras: "Alegrai-vos no Senhor, outra vez vos digo: alegrai-vos”. Depois de tudo o que se passou na vida, de como ele foi perdoado e transformado, só pode ser esta a sua vida: alegria, regozijo e felicidade.

Estimados irmãos! Busquem a Deus e confessem seus pecados. Façam como Davi! E sejam feliz! Amém!

domingo, 16 de fevereiro de 2025

TEXTO: Fp 3.17- 4.1

TEMA: PERMANECEI FIRMES NO SENHOR!

Diariamente, deparamos diante de tantas situações adversas e turbulentas neste mundo. Situações que nos levam a desistir dos nossos objetivos. Mas como filhos de Deus, somos aconselhados a não desistir dos nossos planos e permanecermos firmes no Senhor. Permanecer implica manter-se sempre fiel aos ensinamentos do Senhor. A Palavra de Deus nos tem revelado esta grande importância de permanecermos no Senhor. Ela nos dá força para enfrentar as realidades e dificuldades da vida, conforto e tranquilidade nos momentos de dor e aflição, esperança e garantia da assistência e presença de Deus.

Como é importante, permanecermos firmes no Senhor. Escutar sua voz e procurar pôr em prática seus ensinamentos! Quão importante é nos aderirmos a Ele e buscar forças para que possamos dar frutos! O apóstolo Paulo é um exemplo do que é permanecer firme no Senhor. Ele, certamente, entendeu a importância desta permanência. Por isso, ele convida os filipenses a “permanecerem firmes no Senhor.” (4.1).

Permanecemos firmes no SENHOR. Este é o tema da nossa meditação. Mas como permanecer firme no Senhor? Primeiro, precisamos seguir o exemplo de Cristo. Ele é um modelo a ser seguido e não somente apreciado.  Para seguirmos o exemplo de Jesus, para sermos imitadores de Paulo, como ele foi de Jesus, é necessário permanecermos firmes no Senhor. Enquanto atender os nossos interesses, ou seja, a nossa vontade, de forma alguma iremos viver segundo o exemplo e modelo que temos em Jesus Cristo.

Segundo, não se transformar em inimigo da cruz. Paulo exorta quanto aos perigos daqueles a quem denomina-se de “inimigos da cruz de Cristo”. Ele afirma que “muitos andam entre nós”, ou seja, estão no nosso meio, caminham conosco, parecem amigos, mas são inimigos. Isso é um alerta para que não sigamos seus caminhos, pois as consequências são dolorosas. Jesus afirma que os ramos que impedem a permanência unida a Cristo, que não produzem frutos, serão cortados e lançados no fogo. (João 15.1-8).

Enfim, vivendo na esperança da vida eterna. Somos convidados a investir nosso tempo na esperança da eternidade, pois não colocamos nossa esperança nesta vida. Não temos aqui cidade permanente. O nosso alvo é a nossa pátria que estás nos céus. Na pátria celestial há felicidade eterna. Não há pranto, nem luto, nem ranger de dentes. Por isso, avancemos e marchemos para o nosso alvo que é a glória eterna, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Quando o nosso corpo físico, calejado, fraco e corruptível será transformado, para que seja semelhante ao corpo da glória de Cristo.

Filipos era “uma das principais cidades da Macedônia”. Nesta cidade, durante a segunda viagem missionária de Paulo, que chegou por volta do ano 50, acompanhado de Silas e Timóteo, surgiu a primeira comunidade cristã. Paulo ao escrever o texto 3.17- 4.1, para a comunidade, ele convida os irmãos de Filipos para que sigam seu exemplo como servo de Cristo, imitando sua conduta de vida e seguindo como verdadeiro modelo de Cristo. Ele tinha motivos para se considerar um exemplo, pois sofreu tantas dores, perseguições, tribulações, blasfêmias, escárnio, rejeição. Foi arrastado por uma multidão para fora da cidade e apedrejado (Atos 14.19). Foi açoitado, preso e amarrado com os pés em um tronco. (Atos 16.23-24). Foi perseguido pelos próprios judeus. (Atos 17.13-14). Além disso, teve de suportar um espinho na carne (2 Coríntios 12.7). Apesar de todas à suas limitações, era um homem falha e não havia obtido a perfeição, mas nunca abandonou Jesus em nenhum momento de luta. Nunca deixou ser um exemplo, um grande instrumento nas mãos de Deus ao anunciar ao evangelho de Cristo. Continuou sempre encorajando os cristãos a imitar seu comportamento, conduta e atitude.

Seguimos o exemplo de muitas pessoas neste mundo. Uma das coisas que aprendemos rápido na vida é a importância de aprender as experiências de outras pessoas. Imitamos o comportamento e adotamos o estilo de vida destas pessoas. As crianças imitam os pais, pois são exemplos de vida. Os jovens procuram exemplos em jogadores de futebol, cantores e atores para demonstrar o carinho que sentem pelos ídolos. Mas o que é ser imitador? A palavra significa tomar como modelo, como padrão de conduta, referência, exemplo. A verdade é que hoje   carecemos de pessoas exemplares. O mundo moderno está adotando padrões equivocados de conduta e maus exemplos. Existe alguém que você conhece, que lhe tenha apresentado um bom exemplo? Imitar alguém, não está errado. O problema está em imitarmos alguém que não deve ser imitado.

Mas quem devemos imitar? Quem é a nossa referência de conduta? Que modelo somos nós? De Cristo ou de nós mesmos? Só temos uma resposta: Cristo. Paulo abre o nosso entendimento para compreender melhor o que significa imitar a Cristo: “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.” (v.17). É muito importante observar que Paulo convida os irmãos de Filipos para que sigam seu exemplo como servo de Cristo, para imitar sua conduta de vida, para que o siga como verdadeiro modelo de Cristo. Quando os filipenses imitavam ou seguiam Paulo como modelo, estavam refletindo o próprio caráter de Cristo. Paulo não só dizia "escutem minhas palavras", mas também "sigam meu exemplo". Façam-se comigo imitadores de Jesus Cristo. Ele já havia apresentado a Cristo como exemplo principal em outras passagens bíblicas. (2.5-8) e (3.12-16).

Assim como o apóstolo Paulo falou às igrejas em Éfeso, Coríntios, Filipos, entre outras, hoje, somos exortados também a sermos imitadores de Cristo. Efésios 5. 1 e 2: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.” Em 1 Coríntios 11.1, Paulo exortou os coríntios a imitá-lo, colocando o bem-estar dos outros em primeiro lugar. Ele disse: “Sede imitadores meus como eu sou de Cristo e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.”  Temos que avaliar se somos imitadores de Cristo em todas as áreas da nossa vida. Se a nossa conduta serve de exemplo para muitos cristãos na atualidade, pois precisamos admitir que, muitas vezes, somos movidos a ser reflexo de nós mesmos. Gostamos de receber aplausos das pessoas, fama e glória. Esquecemos que a nossa vida não é nossa, ela é o reflexo de Cristo no mundo. Não estamos nesta vida para aparecer, mas para anunciar quem Cristo é o que Ele faz em nós. Lembre-se: quando não imitamos a Cristo, imitamos a nós mesmos, os nossos interesses.

No entanto, havia pessoas no meio dos irmãos em Filipos que diziam ser cristãs, mas não viviam de acordo com o exemplo de Cristo. Havia corrupção, imoralidade, falsas doutrinas. Buscavam só as coisas materiais e terrenas. Na verdade, o que imperava em Filipos era o paganismo. Falsos mestres, alguns até faziam parte da igreja. Daí o motivo de Paulo chamá-los de inimigos da cruz. Ele dizia estas palavras, chorando. Chorando por que? Porque os inimigos da cruz estavam destruindo a igreja.

Muitos anos, após Paulo ter falado estas palavras, ainda vemos que os inimigos da cruz são muitos. O mais triste disso tudo é verificar que esta realidade não mudou. Ainda convivemos com o paganismo, falsos profetas e práticas de heresias. Fica evidente que os inimigos da cruz, ainda estão presentes na atualidade. Mas quem são os inimigos da cruz? O que precisamos saber a respeito destes inimigos? Precisamos saber que muitos andam entre nós! Eles se infiltram na igreja. Tem cara de ovelha, mas são lobos roubadores e vorazes disfarçados de ovelhas (Mt 7.15; At 20.29). O Paulo em seu ministério muito combateu os falsos ensinos e lutou pela pureza do evangelho, anunciado à Igreja. Ao sentir que a igreja estava sendo ameaçada por falsos mestres, Paulo os identifica como inimigos da cruz de Cristo. Como se tornaram inimigos da cruz de Cristo?

Paulo descreve e apresenta algumas das características dos inimigos da cruz. Descreve a conduta e que muito se assemelham em nossos dias: Primeiro, Paulo fala que o “destino deles é a perdição.” (v.19a).  São pessoas perdidas, que permaneciam em sua incredulidade. Não aceitavam, não acreditavam na existência no poder de Deus, na mensagem da salvação eterna e na vinda de Cristo. Vivendo desta forma, estariam investindo na sua própria destruição. Sendo inimigos da cruz recebem a sentença de condenação: seu fim é a perdição. Segundo, Paulo fala que “o deus deles é o ventre” (v.19b). Eles só preocupavam com seu bem-estar físico. Faziam do ventre, das sensações, dos apetites, as coisas pelas quais davam satisfação em viver. Faziam dos seus desejos um deus para si mesmo.

Terceiro, Paulo fala que “glória deles está na sua infâmia.” (v.19c). Não buscavam a glória de Deus que se manifesta na sua bondade, graça e compaixão, que se manifesta em Seus Filho Jesus. Mas glória deles é a infâmia, ou seja, a própria vergonha. Eles viviam na ruína vergonhosa. O fim, o alvo para onde eles se dirigem e onde eles já presumem estar é a perdição, infâmia. E finalmente, Paulo fala que “só se preocupam com as coisas terrenas” (v.19c). Eles falavam a respeito de Deus, mas a preocupação era somente com as coisas terrenas. E por causa desta atitude de amar somente as coisas terrenas, adquiriram um deus, um destino e uma glória.

A grande verdade é ainda encontramos muitos inimigos da cruz de Cristo. Pessoas que buscam seus próprios interesses e insistem em andar conforme o agir do mundo. Pessoas que vivem nas suas paixões, idolatria, avareza ou qualquer coisa semelhante. Pessoas que que "andam entre nós", que participam da comunhão entre os cristãos. mas negam seguir os passos de Jesus até a cruz. Pessoas que têm se preocupado com as coisas terrenas, que são passageiras, que não têm, de fato, relevância, e têm se esquecido dos valores celestiais, que são os mais importantes.

Paulo ainda oferece outra sugestão aos filipenses para que possam permanecer firmes no Senhor:  pensar nas coisas lá alta, investir todo tempo na esperança da vida eterna, pois “a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (v.20a). Paulo também afirma: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl. 3.1). É de lá dos céus que “aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, com expectativa. Ele virá com poder e grande glória. E quando Cristo aparecer, “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (v. 21b).

Este o grande consolo para aqueles que permanecem firmes no Senhor. Saber que o nosso corpo físico, calejado, fraco e corruptível será transformado, para que seja semelhante ao corpo da glória de Cristo. Como Paulo dizia que “seremos glorificados” (Romanos 8.17) ou que a “glória será revelada em nós” (Romanos 8.18). Mas, enquanto, vivemos na esperança, aguardando a vinda no SENHOR, não podemos perder de vista a nossa meta, saber que nossa esperança não se limita a esta terra, mas a nossa pátria que está nos céus, de onde aguardamos o Salvador. Vamos conduzir a nossa vida de modo que corresponda ao evangelho de Cristo. Agora é só permanecer firme no Senhor!

Estimados irmãos! Deus almeja que nossa vida seja um exemplo de conduta, um exemplo de vida cristã. Desta forma, a Bíblia nos mostra claramente que permanecer firme é ter uma vida enraizada no evangelho de Jesus Cristo. Que Deus nos encha de esperança e de perseverança mesmo em meio à adversidade, para que permaneçamos firmes na fé e com gratidão no coração. Amém.

TEXTO: SL 4

TEMA: COLOQUEMOS NOSSA CONFIANÇA EM DEUS

Confiança significa depositar esperança em alguém; em alguma coisa; sentimento de segurança, de certeza, tranquilidade, dar crédito plenamente. Mas será que podemos confiar plenamente no que as pessoas dizem? Existem pessoas que honram a sua palavra? A experiência diária parece indicar que a resposta a estas perguntas está sendo cada vez mais negativa. Diminui o número de pessoas em cuja palavra se pode confiar e diminui a credibilidade de uma forma geral. Escutamos tantos discursos vazios e ouvimos tantas mentiras, que desconfiamos de todos, ainda mais quando as pessoas falam e não provam o que dizem.

Num mundo conturbado e falta de confiança entre os homens, em quem nós podemos depositar a nossa esperança? Na filosofia, na ciência, nas leis humanas? Nas Sagradas Escrituras, temos vários exemplos de pessoas que confiaram nas promessas de Deus em meio às dificuldades do dia a dia. Davi é um grande exemplo. Por várias vezes demonstrou confiança em Deus. Em nosso texto, Davi declara que Deus lhe deu alívio em sua angústia, ou seja, Deus concedeu-lhe livramento de um perigo iminente em sua vida, porque ele colocou a sua confiança em Deus.

É importante afirmar que não temos outro caminho, refúgio nos momentos de angustia do que a presença de Deus, porque somente Ele é o Deus que pode nos socorrer diante dos nossos dilemas. Enfim, possamos dizer: Senhor, eu não tenho outro refúgio na angústia de minha alma! Não tenho ninguém em quem confiar na vida e na morte, senão a ti! Tu tens as palavras da vida!

Davi vivia um momento de tristeza, preocupação e angústia. Enfrentava uma situação em que necessitava de ajuda, auxilio, socorro, pois encontrava-se sob ameaças de Absalão, seu filho. Além disso, ele havia sido julgado de forma temerária por falsos amigos, que falavam mal dele, expondo a sua reputação ao ridículo. Traidores que zombavam dele, dizendo que ele não tinha mais salvação, que estava completamente perdido (Sl 2.2). Na verdade, os seus inimigos queriam destruir a sua reputação. o seu bom nome, sua honra. Seria uma ótima ocasião para demonstrar a sua ira contra os seus inimigos, mas ele não toma essa atitude. Ao contrário, ele exorta e aconselha seus inimigos. Ele se dirige ao Senhor chamando-o de “Deus da minha justiça”. A justiça vem de Deus.

Ocorre que todos os dias pessoas são injustiçadas, caluniadas e perseguidas por motivos diversos, até por confessar sua fé em Jesus Cristo. Quando tal situação ocorre, alguns buscam a justiça através de processos judiciais; outros agem pacificamente, ou seja, não fazem nada diante do problema. Davi diante de tantos problemas e injustiças em sua vida, resolveu dar um basta naquela situação. Colocou sua confiança na justiça de Deus. Numa justiça que nunca falha, pois Deus é justo. É soberano. Como é maravilhoso, quando Davi se dirigir a Deus como “Deus da minha justiça”, pois somente a justiça de Deus, que é evidenciada na história de seu povo, poderia lhe trazer o consolo diante de sua angustia. Enfim, ele reconhece a sua incapacidade e indignidade. Deixa de confiar em seus méritos, na sua autojustiça, vangloria, e busca na justiça do Senhor. Sente total segurança na justiça proveniente de Deus

Davi tinha essa certeza. Sabia que Deus faria o que é certo. Confiava plenamente no Senhor. Por isso, ele súplica. Pede, misericórdia ao Deus da justiça: “tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”. (v.1b). A verdade é que na angústia aprendemos a depender totalmente da misericórdia de Deus, reconhecendo que sem ele nada podemos fazer. Deus nos ama e não nos abandona na angústia. Ele sempre ouve quem clama por socorro no tempo da angústia. Ele nos dá paz e vitória no meio da angústia. As muitas dificuldades podem nos angustiar, mas quando pedimos ajuda a Deus, ele muda a situação. Ponha a sua vida nas mãos do Senhor, confie nele, e ele o ajudará.

Davi apresenta o problema da sua angústia. Faz inclusive uma pergunta retórica aos homens, como se estivessem diante deles: “Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” (v.2). Até quando essas pessoas vão viver no pecado? Quanto tempo? A indignação de Davi aqui era justa, tinha a ver com a glória de Deus e com o Seu povo escolhido. Absalão e os seus homens estavam trazendo vergonha à cidade santa, vergonha à glória de Deus. Estavam amando a vaidade, aquilo que é passageiro, efêmero, que não tem valor eterno. Estavam usando de mentiras para alcançar os seus objetivos. Além disso, Davi questiona esses perversos, uma vez que estava sendo humilhado, afrontado, afligido por muitos que zombavam sobre a sua reputação. Eram os seus inimigos que se baseavam na vaidade e na mentira.

Os seus inimigos queriam, na verdade, destruir a sua reputação. O seu bom nome, sua honra, mas não podiam, por ser ele um eleito de Deus: “O Senhor distingue para si o piedoso.” (v. 3a). O que eles deviam saber? Que Deus é justo e faz distinção entre aquele que serve e não serve a Deus. Ele distingue para Si o “piedoso”. Piedoso é aquele que tem piedade, respeito pelas coisas religiosas, temor e respeito para com Deus. Além disso, Davi era protegido por Deus: “O Senhor me ouve quando eu clamo por ele”. (v.3b). Apesar de todas as adversidades, ele estava sob a proteção de Deus. Deus o ama e o preserva de uma forma especial.

Davi poderia demonstrar a sua ira contra os seus inimigos, mas ele não toma essa atitude. Ele exorta seus inimigos ao arrependimento: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.” (v.4). Davi não estava aconselhando para que os seus inimigos ficassem irados, porque isso seria um absurdo, mas que tremessem diante da ideia de perseguir o ungido de Deus. Como tem sido a nossa atitude diante daqueles que nos ofendem? Quando, muitas vezes, somos dominados pelo ódio, pela vingança, pela ira? Quando temos momentos de raiva e de indignação? Gostaríamos de demostra a nossa ira. Mas não podemos deixar a raiva ou a ansiedade destruírem a nossa confiança no Senhor: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”. (Ef 4.26-27). Quando a ira aparecer pense antes de tomar uma decisão. Meditamos nas consequências que podem nos causar. O desafio é para que ao invés de ficar olhando amargurado para os problemas, olhe para Deus, o cultue, confie e sossegue. Siga o conselho: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai”.

Consultar o coração no travesseiro é a recomendação que temos de fazer, já na cama, antes de pegar no sono, examinando a nossa consciência, perscrutando os nossos caminhos, se estamos andando retamente, ou se há algum caminho mau que devemos abandonar. Temos que fazer um exame de consciência. Temos que consultar o nosso coração em sinceridade. Sendo assim, pergunto: Quais são os nossos planos? Temos ajudado o próximo?  Ou temos prejudicado a alguém com nossas palavras? Temos falado bem dos outros? Qual é a nossa influência sobre as pessoas, boa ou danosa? O que fazemos para enaltecer a reputação dos semelhantes? Se for essa a atitude, podemos dormir e repousar seguros, certos de que o Senhor nos guardará.

No entanto, “muitos” percebiam os problemas existentes e davam lugar ao desespero, pois não conseguiam ver ninguém capaz e disposto em ajuda-los. E, por isso, resolvem questionar “Quem nos dará a conhecer o bem? (v.6a). Esse questionamento era a base filosófica de muitos israelitas que colocavam dúvida quanto a providência de Deus. Eram pessimistas. Hoje, quando as pessoas se deparam com todos estes acontecimentos de forma profunda, elas expressam inquietudes e questionamentos.: “Quem nos dará a conhecer o bem?” Em quem podemos confiar? Quem poderá nos tirar da situação desfavorável que vivemos? São questionamentos de pessoas que não confiam, que o Senhor possa ajudá-las, diante dos sofrimentos, calamidades, dor, desastres

Mas Davi não estava preocupado com questionamentos dos céticos, porque para ele o que realmente importava era a confiança no Senhor. O Senhor era a única esperança, a fonte de todo bem que concederia ao seu povo favor, alegria e paz. Ele entende que a verdadeira alegria, que vem do Senhor, é superior a qualquer tipo de alegria por coisas terrenas: “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho” (v.7). Enquanto que a alegria do ser humano está condicionada ao cuidado de suas necessidades diárias, para Davi a sua alegria não estava restrita a esses bens, (seu trigo e o seu vinho), ainda que necessários. A alegria concedida por Deus transcende a alegria da colheita. A produção agrícola, resultado de chuva perene sobre solo fértil, era uma bênção de Deus para o seu povo. Mas há algo maior que celeiros cheios e cisternas transbordando: “Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto”. (v.6b). A presença iluminadora de Deus lhe é suficiente.

Davi conclui o seu salmo expressando mais uma vez sua profunda confiança no Senhor. Davi tinha, agora, algo que tanto precisava: alegria da presença de Deus. Podia dizer em meio à maior tempestade de sua vida, que havia alegria. Tinha segurança e paz: “Em paz me deito e logo pego no sono.” (v.8a). Ele sabia que podia descansar tranquilo tendo a certeza de que sua vida estava segura em Deus. Podia dormir e descansar sem sofrer de insônia.  Podia dizer em meio à maior tempestade de sua vida: “Senhor, só Tu me fazes repousar seguro!” (v.8b). Segurança é indispensável. Não podemos ter alegria sem segurança. Não podemos ter paz sem segurança. Não podemos ser felizes sem segurança. Sendo assim, os que confiam em Deus estão seguros em seus braços poderosos. Podemos dormir e repousar seguros, certos de que o Senhor nos guardará.

Estimados irmãos! Não coloquem sua confiança em homens, riquezas, fama. Depositem toda sua confiança em Deus, pois, “melhor é buscar refúgio no Senhor que confiar no homem” (Sl 118.8). Amém


TEMA: JESUS NOS ENSINA A VENCER AS TENTAÇÕES

TEXTO: LC 4.1-13.

No próximo fim de semana, vamos celebrar o Primeiro Domingo na Quaresma. A palavra quaresma vem do latim, quadragesima dies (o dia quadragésimo, antes da Páscoa).  É um período de 40 dias. Ele começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira da Semana Santa, ou seis semanas que antecedem a páscoa. É um tempo litúrgico de arrependimento, de reflexão e reconhecimento da obra redentora do Salvador Jesus Cristo. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. Dentro deste contexto, iniciamos o período de quaresma, refletindo sobre a tentação de Jesus no deserto. O texto para nossa meditação encontra-se no evangelho de Lucas 4.1-13. O nosso tema: Jesus nos ensina a vencer as tentações.

Estimados irmãos! Constantemente, passamos por muitas tentações. O diabo nos tenta de diversas maneiras e procura nos desviar da fé no Salvador Jesus. Nenhum filho de Deus está livre das artimanhas e tentações do diabo. Mas como podemos vencê-las? Lucas apresenta dois momentos em que Jesus nos ensina a vencer as tentações do diabo: Primeiro Jesus venceu o diabo com jejum. Foram 40 dias e 40 noites jejuando. Ele sabia que era uma forma de renovar as forças para enfrentar a difícil batalha que tinha pela frente. Outra arma que Jesus usou para vencer a tentação é a Palavra.  Procurou defender-se unicamente através da Palavra de Deus, pois conhecia muito bem as Escrituras. Ele usou a Palavra de Deus com eficácia, para dar um fim às tentações.

O evangelista afirma que Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, onde seria tentado, ou seja, seria colocado à prova. Iniciaria uma batalha notável, notável porque Deus havia preparado esse encontro. Mas qual foi a causa desta luta? Qual a finalidade? A causa é o pecado. A separação entre Deus e os homens. Por isso, Cristo luta com o diabo. Ele veio destruir o trabalho do diabo. Claro, não seria necessário se nós não tivéssemos caído em pecado. Neste primeiro encontro, Jesus vence. Mais tarde, Ele derrotou o diabo, definitivamente, quando na cruz, Ele disse: “Está consumado”. A grande obra da Salvação da humanidade estava terminando. Após a sua ressurreição desceu ao inferno, para anunciar a sua vitória sobre o diabo.

Mas antes de iniciar esse confronto, Jesus havia jejuado durante 40 dias e 40 noites. (Mt 4.2). O mesmo ocorreu com Moisés que jejuou por quarenta dias, antes de receber, no Monte Sinai, as sagradas Tábuas da Lei, diretamente de Deus.  Moisés preparou-se, espiritualmente, para aquele importantíssimo evento, porque iria encontrar-se com a manifestação do Altíssimo. Elias jejuou por quarenta dias, antes de subir ao monte Horeb, no qual o Senhor Deus manifestou-se. (I Reis. 19.8), E também com Daniel que foi lançado na cova de leões famintos, porém, surpreendentemente, não foi atacado, porque orava e jejuava constantemente. Quando estes personagens jejuavam ou gastavam noites em oração, voltavam desses períodos mais fortalecidos do que antes, mais dispostos. Eles foram verdadeiramente sustentados pelo poder do Senhor.

Em muitas ocasiões especiais o jejum também foi praticado por Jesus e foi um recurso fundamental para que Ele se saísse vitorioso em todos os confrontos com as hostes satânicas.  Ao jejuar Jesus demonstrava que estava ligado à oração e comunhão com o Pai, demonstrava como um meio para vencer os ataques do diabo. Ao jejuar buscava uma comunhão mais íntima, em estado de humildade e submissão ao Pai. Enfim, este encontro foi um momento de reflexão em preparação o que estava por vir. Como você tem enfrentado as suas lutas e provações? Tem usado esta ferramenta poderosa?

Quando o diabo percebeu que Jesus encontrava-se muito debilitado, extremamente faminto, afinal estava há 40 dias sem comer, ele sabia que era o momento de investir contra Jesus. Então, o diabo disse: “Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão.” (v.3). O diabo prepara uma estratégia para vencer Jesus no primeiro encontro. Seu desejo era semear dúvidas, promovendo a incerteza e a fraqueza na vida de Jesus. O que o diabo queria, era fazer com que Jesus duvidasse de sua verdadeira identidade: Que tal apresentar uma prova de que você é realmente Filho de Deus? Que tal transformar estas pedras em pão?

Jesus tinha grande oportunidade de provar seu poder, sua divindade e satisfazer suas necessidades. Mas Cristo não obedece ao diabo. Antes pelo contrário, ele responde ao diabo com a Palavra de Deus: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem.” (v.4). Mateus ainda cita: “mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. (v.4). Interessante que Jesus busca como base a Palavra de Deus escrita no AT. (Deuteronômio 8.3). Estas palavras fazem parte da exortação aos israelitas no deserto. Eles tinham que sempre lembrar das bênçãos do Senhor durante a peregrinação. Lembrar que era a palavra de Deus que matinha os vivos e não o pão diário que vinha pelo maná. Esta verdade, Jesus mostra ao diabo de que o homem não vive apenas do pão, de alimento, mas da palavra que vem da boca de Deus. E esta torna-se importante na vida do cristão.

Mas o que representa o pão? O pão é o alimento básico de muitos povos. Representa a comida essencial que dá sustendo à vida. Mas quando Jesus fala “Não só de pão viverá o homem”, Ele não estava aqui menosprezando as necessidades físicas de alimento. Ele usou estas palavras para salientar que a verdadeira vida não resulta do bem-estar material ou de um pedaço de pão, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus, que é o poder sustentador de toda a vida. Lembrando sempre que é a Palavra de Deus que nos dá a força para enfrentar as realidades e dificuldades da vida, que nos dá estabilidade, que nos dá segurança e garantia, que nos traz clareza e compreensão em momentos de perplexidade e confusão, que nos traz a mensagem de paz, que nos dá conforto e tranquilidade nos momentos de dor e aflição, que dá paz e sossego dentro de nosso coração. Enfim, que nos dá esperança e garantia da assistência e presença de Deus.

Foi justamente através da Palavra de Deus que Jesus procurou defender-se contra os ataques do diabo, dizendo: “Está escrito”. Ele sempre usou o “Está escrito” para vencer os fariseus e saduceus. É na Palavra de Deus que os cristãos das catacumbas, da Idade Média, encontraram luz para os seus caminhos. É na Palavra de Deus que Lutero tornou-se o reformador da Igreja cristã. Por isso, precisamos entender que a Palavra de Deus é fundamenta na vida do cristão. Lembre-se que nós vivemos de toda palavra que procede da boca de Deus. (Mt 4.3). No entanto, muitas pessoas têm desprezado a Palavra de Deus.  Têm perdido a vontade de buscar as coisas lá do alto, aquilo que permanece para sempre. Têm perdido a vontade de orar, ler a Bíblia, cantar louvores, glorificar a Jesus Cristo. Na verdade, há um grande interesse do homem pelos bens materiais e riquezas que o impede de ouvir a Palavra de Deus. O jovem rico é um exemplo. (Mc 10.17-22). Existia algo que estava prendendo a este mundo passageiro: as suas riquezas. Dominavam e o impediam de ter de fato um encontro com o Deus. Cristo lembra que não só de pão vive o homem. Mesmo que seja necessário para nosso corpo, não é o mais importante, mas, sim, a Palavra de Deus. Quando colocamos esta Palavra em primeiro lugar, Deus promete suprir todas as necessidades materiais. Ele não abandona seus filhos.

No entanto, o diabo tinha outros planos. Ele se prepara para outra tentativa para derrotar Jesus. Agora, ele leva Jesus a um monte alto e mostra-lhe os reinos do mundo e a glória dele, e oferece ao Senhor o domínio sobre estes reinos: “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.” O tentador oferece entregar o domínio dos reinos do mundo a Jesus. Mas havia uma condição: “se prostrado me adorares, toda será tua.” (v.7). A proposta do diabo não tem sentido! Estava oferecendo algo que não lhe pertence. Deus é o criador de toda a terra. Tudo lhe pertencem. Ele é dono de todas as coisas e tem o controle de tudo. Na verdade, o diabo usou da mentira para fazer com que Jesus desistisse do plano de Deus para a salvação da humanidade. Ofereceu um atalho ao Messias para evitar a Sua morte e crucificação. Seria algo trágico se isto acontecesse, pois a missão de Cristo seria realizada através de sofrimento. Devia enfrentar dores, privações, lutas e morte. Devia carregar sobre Si os pecados de todo o mundo. Mas Jesus, não cedeu, por amor a todos nós. Cristo foi firme e convicto na sua resposta: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto” (v.8).

O diabo continua oferecendo muitas propostas neste mundo. Continua de forma sagaz trazendo propostas que aparentam serem boas aos olhos humanos. Mas, infelizmente, muitas pessoas ouvem “a voz do diabo”, e aceitam as suas propostas. E sem perceber, são enganadas pelas suas ofertas, e se tornam adoradores das propostas que ele oferece, propostas que conduzem à morte. Foi através de uma proposta mentirosa que ele enganou Adão e Eva, que não acreditaram na verdade e cometeram pecado. A verdade é que as pessoas abrem mão com facilidade das coisas maravilhosas que Deus nos deu: fé, esperança, amor, família e trocam por dinheiro, fama, riquezas materiais, orgias e prazeres deste mundo. Mas devemos em todo o tempo dizer não para as propostas do diabo.

Ainda assim, o diabo não desiste facilmente. Não se deu por vencido. Faz um último esforço, apesar de já estar amplamente vencido pelo Salvador. Agora, ele levou Jesus à Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo”. (v.9). Uma ótima oportunidade para Jesus mostrar o seu poder e conquistar as pessoas. Era justamente desta forma que o diabo queria, que Jesus ganhasse o povo, não através da sua mensagem, da pregação da Palavra, mas através de espetáculo. E para que ocorresse este espetáculo, o diabo usa todo o seu sarcasmo: Filho, não é nada fácil você hoje convencer alguém a aceitar que você foi realmente enviado por Deus. Se eu fosse você, faria algo sensacional aqui, quem sabe, lançar-se do alto do pináculo do templo, pois está escrito que anjos vão te proteger: “Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”. (vv 10 e 11).

O Senhor Jesus olhou para baixo para as ruas de Jerusalém, sempre havia grandes multidões junto ao templo. Se Jesus pulasse e não se machucasse, seria uma prova que Deus o protegia. Era uma ideia tentadora, mas não era o caminho de Deus para o seu Filho. Por isso, Jesus recusa ao dizer que as Escrituras também dizem: “Não tentarás o Senhor teu Deus.” (v.12). Novamente Jesus usa as Escrituras como meio de defesa contra o diabo. É uma clara exortação de que não devemos tentar ao Senhor. Mas o que significa tentar a Deus? Tentar a Deus é duvidar da Palavra de Deus, questionar a sua fidelidade e promessas. colocar à prova o Seu poder e sabedoria

Jesus venceu as tentações do diabo. Agora, Ele ordena: “Retira-te, Satanás, porque está escrito. Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto.” (Mt. 4.10). Então, vieram anjos bons e serviram a Jesus. Jesus venceu aquela batalha, e continuou derrotando diabo durante Seu ministério, culminando com sua vitória final na cruz. Mas como podemos vencer o diabo? Só podemos vencer o diabo no momento em que seguimos os passos de Cristo. Ele venceu através da Palavra de Deus. Procurou defender-se unicamente com a Palavra de Deus, pois conhecia muito bem as Escrituras. Assim, deveríamos nós também usar a Palavra de Deus, que é a espada do Espírito, para se defender contra o diabo. Então, podemos dizer como Paulo: “Revesti-vos de toda armadura de Deus para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo.” (Ef 6.11). E foi com esta armadura de Deus e com argumentação “está escrito”, que Lutero tornou-se o reformador da Igreja Cristã. Ele examinou a palavra, revestiu-se dela e aprendeu a manejá-la com destreza.

Estimados irmãos! Ao sermos tentados, temos a certeza que com Cristo podemos resistir, pois a grande guerra já foi ganha pelo Senhor e Salvador. Ele venceu as tentações do diabo. Ele nos ensina como vencê-las. O que nós queremos é lutar contra o diabo. Renunciar o diabo e todas as suas obras e caminhos. Por isso, deixe que o Espírito Santo dirija sua vida, jejue, conheça e use a Palavra de Deus; vigie e ore. Estejamos preparados! Amém.

 

 

 

 

TEXTO: DT 34.1-12

TEMA: MOISÉS CUMPRIU COM SUA MISSÃO

Todos nós temos uma missão a cumprir neste mundo. Na escola, o professor tem a árdua missão de ensinar, de orientar, de guiar e ajudar seus alunos na busca do conhecimento. No lar os pais têm a missão de sustentar, educar e ensinar seus filhos no caminho que conduz a presença do Senhor. No trabalho, cada empregado recebe um encargo, compromisso, incumbência, o cumprir de uma missão para que aja produção na empresa.

Moisés foi chamado por Deus, ele também tinha uma missão para cumprir: libertar o povo de Israel e conduzi-lo à terra prometida. Não foi fácil para ele compreender a difícil missão que o aguardava. Mas, ele cumpriu sua missão. Tudo foi realizado em conformidade com a vontade do Senhor. Agora, havia chegado o momento da sua despedida. Naquele momento, o povo de Israel estava em vias de entrar na terra que lhe fora prometida há muito tempo. Mas antes que os hebreus cruzassem o Jordão e iniciassem a luta da conquista, eles precisavam estar cientes das implicações desse ato e do que se fazia necessário para entrar na terra prometida. É justamente neste momento que Moisés transmite princípios que deveriam ser observados pelos hebreus. Ele afirma que Deus faria deles uma nação poderosa diante de seus inimigos na conquista da terra da promessa. Deus iria prolongar a vida de maneira próspera, mas o povo teria que escolher:  o caminho da vida, do bem e da bênção. E assim Moisés passa a liderança do povo de Israel a Josué.

Deus está desafiando o seu povo a amá-lo de todo coração, de toda a alma e com toda força. Ele propõe um caminho de vida e não de morte. Moisés entende que a melhor opção para o povo é o caminho de vida, do bem e da bênção, porque esta opção envolve a multiplicação do povo e a longevidade na terra, que foi prometida aos pais Abraão, Isaque e Jacó. Seguir esta opção, era necessário que o povo guardasse os mandamentos, bem como amar e andar nos caminhos de Deus. Estas recomendações eram fundamentais para que o povo permanecesse em comunhão com Deus.

Após estas recomendações havia chegado o momento da despedida de Moisés. Deus o  chama e transmite a notícia de que não entraria na terra prometida, por causa da sua transgressão nas águas de Meribá (Dt 32.51). Josué é que deveria conduzir o povo. Depois de abençoar as tribos, Moisés atravessou a planície de Moabe na direção do monte Nebo, no cume de Pisga, assim como Deus havia mandado. Deus permite apenas que Moisés contemplasse a terra, mas o impede de atravessar o rio Jordão e adentrar na terra prometida. Dali o SENHOR Deus lhe mostrou toda a terra de Canaã. Terra prometida que seria conquistada por Josué, seu sucessor.

Moisés teve o privilégio de contemplar toda a terra antes de morrer. Ele viu tudo o que Deus havia prometido, mas não pode entrar. Chegou perto, mas não desfrutou de nenhuma das riquezas e privilégios. Sem dúvida, aquele foi um momento traumático na vida de Moisés. Após 40 anos de demora para entrar na terra prometida, prestes a iniciar uma etapa decisiva da conquista, seria um momento oportuno para questionar sobre a forma como Deus agiu em relação à sua missão. Afinal, Moisés sempre esteve a serviço do povo: providenciou comida, bebida, abrigo. Teve paciência. Foi perseverante ao cumprir sua missão. Suportou a ingratidão do povo. Todavia, Moisés não argumentou. Não reclamou. Não se sentiu rejeitado. Ele era apena um instrumento de Deus.

Para muitas pessoas é difícil compreender esta atitude de Moisés. Afinal, Moisés foi um grande herói. Realizou proezas. É considerado o patriarca dos judeus, o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos desse povo. Por isso, merecia honras, glórias e a oportunidade de entrar na terra prometida. Mas não fez exigências. Seria esta a nossa atitude? A nossa reação, diante de uma sociedade que está repleta de pessoa que almeja sucesso, satisfação pessoal, aplausos, honras? Será que as pessoas que trabalham no contexto da Igreja de Cristo têm o mesmo procedimento? Lembre-se: Precisamos aprender a dar a Deus toda honra e toda glória por tudo que somos e que temos, pois só Ele é digno. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.44).

Acreditando no amparo e proteção de Deus, Moisés cumpriu sua missão. Ele obedeceu à vontade do Senhor até a morte. Obedeceu até o último momento. Morreu e o SENHOR sepultou seu corpo num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor. Nem mesmo seus familiares são testemunhas do seu enterro. A única testemunha da morte de Moisés é o próprio Senhor. Morreu longe de sua pátria; morreu no meio do caminho; nem em Canaã, mas no meio do deserto em cima de um monte. O Deuteronômio termina dizendo que nunca mais apareceu em Israel um profeta como Moisés, que falava face a face com o Senhor e fazia os sinais e maravilhas por mando do Senhor. (v.10).

Moisés cumpriu sua missão porque confiou no amparo e proteção de Deus. Deus esteve sempre ao seu lado durante 120 anos. Jamais o desamparou nos momentos mais adversos de sua vida. Também temos que enfrentar muitas dificuldades diante da nossa missão. Mas temos a promessa divina de que nenhum mal nos atingirá. Mesmo nas situações mais aflitivas e desesperadoras não precisamos temer e podemos confiar em Deus. Eis o grande consolo: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10). E ainda: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).

Estimados irmãos! Moisés, ciente de sua missão, foi um grande exemplo: de paciência nas dificuldades, perseverança, obediência à vontade do Senhor e humildade. Requisitos necessários que precisamos, pois contribuem para que a nossa missão possa ter êxito. Sigamos exemplo deste grande herói na fé que cumpriu sua missão, confiando nas promessas de Deus, bem como no amparo e proteção. Amém!

TEXTO:  LC 9.28-36

TEMA: SENHOR, BOM É ESTARMOS AQUI !

A leitura de Lucas 9.28-36, para este domingo, destaca a transfiguração de Jesus. Este episódio foi relatado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Presentes estavam os apóstolos Pedro, João e Tiago, quando Jesus transfigurou-se diante deles. Momento em que Cristo antecipou a Sua glória, àqueles que Ele havia escolhido para continuar a Sua missão salvífica, ao manifestar-se que Ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Para os discípulos foi algo maravilhoso sentir-se na presença   do Salvador glorificado. Era um mundo diferente, uma alegria inexplicável. Pedro expressa este momento em palavras, dizendo: “Senhor, bom é estarmos aqui”.

Também em nossa vida há momentos em que podemos exclamar: “Como é bom estarmos aqui!”, onde tudo irradia luz, felicidade e alegria, onde o coração é inundado de paz e serenidade.” Como é bom estarmos aqui”, viver dentro da igreja onde Jesus revela a sua glória através da Palavra de Deus. É aqui que Jesus se apresenta como Filho de Deus e nosso Salvador. É aqui que Jesus nos perdoa todos os nossos pecados. É aqui na igreja que Jesus nos ampara, consola e anima. Aqui é o lugar onde podemos compartilhar momentos de louvor. Você sente-se bem aqui na Casa do Senhor?

Estava se aproximando o momento do Filho de Deus deixar este mundo. Ele precisava passar pelo caminho do sofrimento que o conduzia à Sua morte na cruz. Diante desta situação, que Jesus haveria de enfrentar, Ele busca ajuda do Pai. Ele precisa escutar sua voz, encontrar Nele o seu refúgio para poder continuar sua missão. Jesus mantém um encontro também com seus discípulos. Mostra a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. Jesus sabia que esses discípulos precisavam conhecer algo mais profundo. O objetivo era fortalecer a fé para que pudessem resistir a tudo o que teriam que experimentar na caminhada à Jerusalém, para que ficassem firmes, até serem revestidos com o poder do Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Sendo assim, o Senhor preparou esse momento para que pudessem receber uma impressão mais profunda da sua pessoa. Ele escolhe três testemunhas: Pedro, Tiago e João. Os discípulos aceitaram o convite de Jesus e subiram ao monte com Ele. Em Lucas, o propósito está bem definido: subiu com eles ao monte, para orar. (v..28).

Começou a orar ao Pai, como o fizera tantas vezes em condições idênticas. E naquele momento, quando orava, foi transformado ou transfigurado. Houve mudança de forma, isto é, a sua aparência se transformou e a glória majestosa brilhou através de sua natureza humana.  O evangelista Lucas comenta que suas vestes resplandeceram de brancura. (v.29). Não era o branco como a neve, mas tratava-se de uma alvura e resplandecente. Marcos afirma que “as suas vestes se tornaram resplandecentes e sobremodo brancas.” (9.3a). E por fim, afirma que era um branco que nenhum lavandeiro na terra os poderia alvejar. (9.3b). Mateus afirma que “o seu rosto resplandecia como o sol” (17.2a). Não era uma luz que vinha de fora. Mas era um brilho que transluzia em seu rosto que provinha de dentro. Mateus ainda afirma que “as suas vestes se tornaram branca como a luz.” (17.2b).

Além deste acontecimento, apareceram dois personagens Moisés e Elias. (v.30). Eles estavam ali presentes e dialogavam com Jesus. Mas qual a relação destes dois personagens bíblicos com a transfiguração de Jesus? Temos dois personagens do passado de Israel, que receberam revelações extraordinárias de Deus, e, agora, se apresentam como testemunhas da glória de Jesus. Moisés representava a Lei, o grande legislador, que mediou a aliança entre Deus e o povo no monte Sinai, quando recebeu os Dez Mandamentos. Tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e toda a lei apontava para Ele. Enquanto, Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatológico. Ele é o profeta que vai preceder a chegada do Messias (Ml 3,23). O que vai ocorrer com o Senhor Jesus quando for crucificado.

Todo este cenário, deixaram os discípulos maravilhosamente bem na presença do Salvador glorificado. Era um mundo diferente, uma alegria inexplicável. A glória divina inundou os apóstolos de uma felicidade imensa. Pedro vendo por um instante abertas as portas dos céus; ouvindo a palestra de Jesus com Moisés e Elias; vendo a glória no rosto de Jesus; que resplandecia como o sol, e as suas vestes brancas como a luz, não sentia desejo de voltar para a pescaria no Mar da Galiléia nem para o trabalho missionário que tinha pela frente. Seu desejo era permanecer para sempre junto de Jesus na glória. A sua felicidade era tão grande que sua intenção era fazer tendas e estabelecer acampamento ali mesmo: “Mestre, bom é estarmos aqui e que façamos três tendas: uma será tua, outra para Moisés, e outra para Elias.” (v.33).

Como é bom estarmos num determinado lugar e nos sentirmos felizes, onde tudo irradia luz, felicidade e alegria, onde o nosso coração é inundado de paz e serenidade. Como é bom vivermos na presença dos nossos familiares onde há um ambiente harmônico, em que todos podem se sentir felizes. Como é bom viver dentro da igreja onde Jesus revela a sua glória através da Palavra de Deus. É aqui que Jesus se apresenta como Filho de Deus e nosso Salvador. É aqui que Jesus nos perdoa todos os nossos pecados. É aqui na igreja que Jesus nos ampara, consola e anima. Nada é mais importante do que estar na presença de Deus. Ele está sempre presente e nos ensina a viver corretamente, andando nos Seus caminhos. Muitos cristãos parecem sombrios e deprimidos porque carecem sentir a presença de Deus. Por isso, invoque a presença de Deus aonde você está e Deus promete que Ele vai te proteger, Ele vai cuidar de você e Ele vai te abençoar.

Pedro quer prolongar aquele momento maravilhoso de estar na presença de Jesus glorificado. Mas a sua atitude demonstra fraqueza. Era um homem de contrastes. Noutra ocasião, quando Jesus queria levar-lhes os pés no cenáculo, Pedro exclamou: "Nunca me lavarás os pés." Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: "Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça" (Jo 13.8,9). Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: "Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!" (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus, mas praguejou (Mc 14.71). Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes, deixou Pedro em dificuldades. É justamente o que se observa neste texto. Deixou-se impressionar-se pelas luzes. Confundiu-se com as coisas que parecem espetaculares. Esqueceu-se dos outros apóstolos que não subiram ao monte, esqueceu-se da grande obra que o Senhor preparou através da vinda do Salvador. Na verdade, faltou compreensão do plano de Deus. Estava totalmente fora dos propósitos divinos ao dar ênfase aos assuntos secundários. Interessante afirmação de Marcos sobre esta questão: “não sabia o que dizer, por estarem eles aterrados (assombrados).” (9.6).

Também agimos da mesma forma. Toda a nossa atenção, muitas vezes, está centralizada em imagens espetaculares neste mundo, que nos fascinam e nos deixam entusiasmados. A nossa vontade, muitas vezes, é viver em função deste mundo e construir as nossas tendas. Armar o nosso acampamento e permanecer neste mundo, usufruindo de uma filosofia de vida que o mundo nos oferece, contrário à vontade de Deus, e consequentemente perdemos a noção da nossa missão. Mas é hora de descer do monte e continuar com a nossa missão, de anunciar o Cristo que foi crucificado e ressuscitou às pessoas que nos cercam.

Pedro e todos os outros não receberam a resposta, pelo menos não da maneira desejada, pois Jesus não desejava a permanência dos discípulos naquele monte, Eles tinham uma missão a cumprir: ser pesadores de homens, Sendo assim, Deus age: Naquele momento, enquanto falavam, veio uma nuvem e os cobriu com a sua sombra. Mateus relata que a nuvem era luminosa, o símbolo da graciosa presença de Deus. Esta nuvem tinha a função de separar os discípulos daquele momento de glória e do mundo profano.  Da nuvem saiu uma voz, que dizia: “Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi”. (v.35).

Está expressão é registrada ainda em dois momentos: o primeiro registro aparece no Batismo de Jesus: E eis uma voz dos céus, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. (Mt 3.17). O segundo registro aparece na confirmação do Seu propósito aqui na terra: Para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta Isaías: “Eis aqui o meu servo, que escolhi o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios”. (Mt 12.17-18). Esta é a mensagem central: Jesus é a plenitude da revelação; o filho muito amado do Pai; é nele, por ele e para ele que existem todas as coisas. Só podemos conhecer Jesus profundamente quando contemplamos sua relação eterna de amor com o Pai. E isto acontece quando escutamos as palavras de Jesus reconhecendo que ele é Deus, que se fez homem e armou sua tenda no meio de nós.

Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho, e aquele momento único de felicidade, passou rápido demais para aqueles discípulos. Tiveram que descer do monte e retornaram à suas rotinas e nada contaram a ninguém. Os discípulos nunca esqueceram o que acontecera naquele dia no monte. João escreveu em seu evangelho: "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Pedro também escreveu: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: ‘Este é o meu filho amado, em quem me agrado’. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo" (2 Pedro 1.16-18). Aqueles que testemunharam a transfiguração deram o seu testemunho aos outros discípulos e incontáveis milhões através dos séculos.

Os discípulos tiveram uma revelação, um conhecimento do Senhor Jesus que nunca podiam imaginar. Viram o Senhor de uma maneira maravilhosa, preciosa. Tiveram o privilégio de vislumbrar algo da majestade de Deus. Como participante desta cena maravilhosa, os discípulos foram fortalecidos e desafiados a olhar além da morte do Mestre. Através do resplendor de seu Senhor, puderam entrever a vitória da ressurreição. O próprio Cristo, sem dúvida alguma, foi fortalecido através deste evento, a trilhar o caminho previsto pelo Pai e ser fiel até a morte. Amém

 

domingo, 2 de fevereiro de 2025

 TEXTO: SL 1

TEMA: É FELIZ AQUELE QUE NÃO SEGUE O CONSELHO DOS ÍMPIOS!

 O que é felicidade? Onde posso encontrá-la? Como posso ser feliz?  Por que nem todos são felizes?  Embora existam muitas definições para o que é felicidade, pode-se afirmar que se trata de um estado emocional constituído por sentimentos de satisfação, contentamento e realização. Um momento quando as pessoas expressam alegria, se sentem bem consigo mesmo e imaginam possibilidades positivas para o futuro. Mas nem sempre é assim. Às vezes, as pessoas não conseguem sustentar a felicidade por muito tempo. Estão insatisfeitas com o que está acontecendo em sua vida, pois entendem que seus objetivos não foram realizados. Sendo assim, vivem na amargura, no vazio, na ansiedade e depressão.

Diante desta inquietude, o Salmo 1 nos apresenta dois caminhos para uma felicidade duradouraApresenta uma nítida distinção entre o homem feliz, ou “bem-aventurado”, e o homem ímpio que vive distante de Deus. Para o homem que vive distante de Deus, Ele nos alerta: se queremos ser felizes, não podemos ouvir conselhos de ímpios, não podemos trilhar caminhos pecaminosos, nem fazermos aliança com escarnecedores, pois eles não buscam os caminhos de Deus e consequentemente não experimentam esta felicidade. No entanto, Deus deseja a nossa felicidade e nos aponta o caminho: a verdadeira felicidade consiste na obediência à palavra de Deus, no seguir os conselhos de Deus; no servir ao Senhor, no andar nos Seus retos caminhos; buscar a sabedoria de Deus e viver uma vida de santidade. Este é o caminho da felicidade.

                                                                I

 É interessante notarmos que este salmo começa falando da felicidade numa perspectiva negativa: “Feliz é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (v. 1).  “Não anda”; “não se detém ou não para”; “não se assenta”. Estes três verbos, de modo progressivo, nos mostram exatamente o processo degenerativo daqueles que andam segundo o curso deste mundo, segundo os valores do mundo. Daqueles que dão ouvidos aos conselhos dos ímpios. Daqueles que não amam a Deus.

Esta não deve ser nossa prática, pois o salmista afirma que a felicidade está ligada ao não fazer estas coisas, e apresenta o segredo para sermos felizes: a Lei do Senhor, ou seja, a Palavra de Deus, como a fonte para encontrarmos a felicidade.  E o versículo que vai se contrapor a esta verdade, podemos encontrar no versículo 2: “Antes, o seu prazer está na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite”. O prazer do cristão não é andar no conselho dos ímpios. No caminho dos pecadores e nem se assentar na roda dos escarnecedores, mas ouvir que o diz a Palavra de Deus, pois o seu prazer está em obedecer às Escrituras Sagradas e nunca dar ouvidos às práticas de homens ímpios que vivem praticando, o que é contrário a vontade de Deus. Ele busca resposta na Palavra de Deus e não nos conselhos de pessoas sem o temor a Deus. Por isso, andar segunda a Lei de Deus é ser feliz; bem-aventurado.

 É isso que Deus quer de nós, que sintamos mais prazer em estar na sua presença, buscando a sua Lei, e nela meditando de dia e de noite. Para ilustrar esta atitude, o salmista compara

 a uma árvore plantada e cujas raízes se estendem para dentro de um ribeiro de águas: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha”. (v.3). A árvore é constantemente alimentada pelas águas. Está sempre viçosa, verdejante, e dá seu fruto na época própria. Suas raízes são alimentadas pelo subsolo fértil e úmido, pois as águas lhe dão vida. Assim é o homem bem-aventurado, tal qual a árvore plantada junto a correntes de águas. Cada dia, ele precisa saciar a sua sede junto fonte de águas vivas, que é Jesus. Nesta fonte, torna-se firme, estável, tem as suas raízes firmemente apegadas na profundidade do solo, e é inabalável diante de fortes tempestades. E no devido tempo, ele dá o seu fruto. Paulo menciona na carta aos Gálatas estes frutos: frutos de amor, alegria, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão, domínio próprio e paz.

 Que tipo de árvore tem sido você? Frondosa, bem enraizada e carregada de frutos maduros ou árvore murcha e infrutífera? Do que você tem se nutrido? Da palavra de Deus ou de palavras do mundo? É preciso refletimos sobre estes questionamentos, pois há pessoas tão distantes da palavra de Deus que se tornam árvores má. Suas raízes não resistem às provações, dificuldades e outras secas que surgem neste mundo, pois a fonte que a alimenta está fundamentada na desonra, no mundo e nas coisas do maligno. Lembre-se: Só poderemos nos tornar árvores boas, se fizermos uso da palavra de Deus, praticarmos em nossa vida. Só será realmente feliz aquele que for como “árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha”.

Portanto, feliz é aquele que anda em conformidade com a vontade de Deus, Anda na lei do Senhor, na Sua Palavra, e medita continuamente. Não se deixa levar pelos conselhos e opiniões dos ímpios.

                                                                         II

 Agora, o salmista se volta para os ímpios, dizendo: “Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa” (v. 4). Aqui novamente, o salmista usa outra ilustração para demonstrar a atitude dos ímpios. Na Palestina se debulhava o grão na eira, uma porção de solo liso e duro no campo, situada muitas vezes sobre uma colina varrida pelo vento. Os preciosos grãos ficavam na eira, mas o vento levava a palha. Em comparação com os justos, os ímpios são como a palha inútil que o vento afugenta. Algo morto, seco, inútil, e quando vem o vento, dispersa. Não têm raiz nenhuma; falta-lhes estabilidade e não podem durar por muito tempo.

Estes são os ímpios. Eles vivem em rebelião contra Deus e não tem o mínimo de temor; são perversas e praticam o mal contra outras pessoas – Salmo 10.7-8; prejudicam outras pessoas para conseguir o que quer – Sl 10.2-4; são irreverentes -Isaías, 26.10.Por isso, “Eles não prevalecerão no juízo” (v.5a).O salmista usa o verbo “prevalecer”: literalmente significa que não se “levantarão” no juízo, ou seja, no dia do juízo não serão vitoriosos, mesmo que aqui neste mundo aparentemente prevaleçam. Mesmo que obtenham vitorias e sucesso em muitas áreas da vida. No entanto, no dia do juízo final, eles não prevalecerão.  “nem os pecadores na congregação dos justos”. (v.5b). Muito triste, mas os profetas, Jesus, os discípulos alertaram, e a igreja cristã continuou alertando.

De forma clara e objetiva, o salmista vai conclui o texto, fazendo a separação entre o justo e o ímpio, quando diz: “O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (v.6). O Senhor não somente conhece, mas participa também dos nossos caminhos, nos acompanha, nos adverte e nos corrige. Quando se refere o caminho dos ímpios. O salmista usa o termo “perecer” que significa cessar de viver ou deixar de existir, ser destruído, tornar-se nada, consumir-se, morrer. Eles andam segundo o caminho da sua própria vontade e não segundo a vontade de Deus. Vivem para satisfazer a sua carne, seu coração e seus desejos. Portanto, estes perecerão no último dia – serão condenados ao sofrimento eterno, separados do Senhor. Este é o caminho dos ímpios que os leva a perecer. Eles serão destruídos, consumidos porque escolheram o caminho do pecado. Deus já demonstrou na história do dilúvio e de Sodoma que os ímpios de fato serão destruídos.

As Escrituras deixam bem claro para onde nos conduzem os nossos próprios caminhos: "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." (Pv 14.12). Por isso, abandone os seus próprios caminhos, volte-se para a Palavra do Senhor, abandone os desejos do seu coração que é enganoso e corrupto e obedeça ao Senhor e viva a Sua Palavra. Abandone tudo que não está de acordo com a Lei de Deus e se volte para Ele que é rico em perdoar. Aqueles que fazem assim prevalecerão e se levantarão no dia do juízo e receberão as boas vindas do Juiz e a herança prometida, o reino eterno; mas os que não fizerem isso, não se levantarão, serão apartados para o sofrimento eterno. Amém!