TEXTO: 1 REIS 19.9-21
TEMA: QUE FAZES AQUI,
ELIAS?
Estimados irmãos! Enfrentamos diariamente humilhações, perseguições, zombarias adversidades, angústias, ansiedades. O profeta Elias também se encontrava nesta situação. Ao derrotar os profetas de Baal foi ameaçado de morte por Jezabel. Fugiu para o deserto e foi parar dentro de uma caverna. Mas Deus não o abandonou. Ele queria que seu servo voltasse ao seu povo. E ao pernoitar numa caverna, o Senhor lhe pergunta: “Que fazes aqui, Elias?” (v.9). Em outras palavras o Senhor diz: Não era para você estar aqui. Você não precisava ter feito toda esta caminhada, não precisava ter sofrido tanto. Deus sabia que aquele lugar, não era onde Elias deveria estar.
Também
vivemos na mesma situação de Elias. Quem já não se sentiu um fracassado? Ou com
vontade de desistir, diante das crises na família e no trabalho? Ficamos, às
vezes, desanimados, com medo, decepcionados, frustrados. E diante dos nossos
problemas ao invés de lutarmos, avançarmos; recuamos e nos escondemos. Falhamos
com o Senhor. Por falta de fé, por falta de coragem, por nossas reclamações,
por medo, por decepções com as pessoas. Que fazes aqui? Levante-se e saia desta
caverna! Não fique se escondendo, reclamando, questionando. É tempo de estar em
outro lugar, servindo a Deus na obra para a qual foi chamado.
Nesses momentos
precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a
depressão, a ansiedade, o medo.
Precisamos confiar no Senhor. Precisamos nos levantar e nos ocupar,
deixando de pensar em nós mesmos e realizar a obra do Senhor.
Estimados irmãos! Após
Elias confrontar e matar os profetas de Baal no monte Carmelo, o rei Acabe foi
até Jezabel, sua esposa, e contou a ela como o profeta Elias confrontou e matou
todos os profetas. Quando Jezabel ouviu o relato do rei Acabe, ficou completamente
irada, e mandou um mensageiro ao encontro do profeta Elias, determinou e mandou
avisar: Vou matar este homem! “Que os deuses me castiguem com todo rigor,
se amanhã nesta hora eu não fizer com a sua vida o que você fez com a deles”
(v.2). Ela não quis saber se Elias era homem de Deus, se ele tinha poder para
fazer chover fogo do céu. A sua intenção era matar o servo de Deus.
Quando Elias ouviu
aquela mensagem teve medo e fugiu para salvar sua vida. Ele deixou o seu servo
na cidade de Berseba de Judá, e em completo desespero, saiu correndo para o
deserto, a fim de tentar salvar-se. Após caminhar um dia inteiro pelo deserto,
Elias cansou e se sentou à sombra de uma árvore. Naquele lugar, olhando para
si, reconhece a sua impotência e incapacidade. Continua sozinho. Não quer mais
importar-se com ninguém. Deitou-se para morrer.
Então, em total estado de pessimismo, ele pediu a morte a Deus: “Basta;
toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois sou não melhor do que meus pais.”
(v.4). Quem poderia imaginar esta cena? Depois de tudo que ele havia feito?
Depois das grandes e poderosas manifestações de poder da parte de Deus por meio
de Elias? Depois de sua fidelidade e firmeza, sua coragem e retidão? Onde
estava, agora, a ousadia daquele que desafiara os 450 profetas de Baal? Para onde estava indo o homem que zombava dos
adversários de Israel?
Também vivemos na
mesma situação de Elias. Quem já não se sentiu um fracassado? Ou com vontade de
desistir, diante das crises na família e no trabalho? Ficamos, às vezes,
desanimados, com medo, decepcionados, frustrados. E diante dos nossos problemas
ao invés de lutarmos, avançarmos; recuamos e nos escondemos. Falhamos com o
Senhor. Por falta de fé, por falta de coragem, por nossas reclamações, por
medo, por decepções com as pessoas. Que fazes aqui? Esta pergunta também é
dirigida a nós. E a recomendação é: levanta e saia desta caverna! Não fique se
escondendo, reclamando, questionando. É tempo de estar em outro lugar, servindo
a Deus na obra para a qual foi chamado.
Contudo,
Deus não abandona seu servo. Deus queria que ele voltasse ao seu povo. Sendo
assim, enviou um anjo ao profeta. Ele fornece alimento para preservar-lhe a
vida. Após alimentação com pão e água, se sentido revigorado, segue em direção
a Horebe, o monte de Deus. A caminhada durou quarenta dias e quarenta noites, e
o profeta foi sustentado pelo Senhor. No entanto, o desânimo logo o cercou
novamente, e ele entrou em uma caverna em Horebe, e ali permaneceu.
Ao pernoitar naquela caverna, o Senhor lhe pergunta: Que fazes aqui, Elias? (v.9). Em outras palavras o Senhor diz: Não era para você estar aqui. Você não precisava ter feito toda esta caminhada, não precisava ter sofrido tanto. Então, Elias, procura justificar todas as suas atitudes: “Eu tenho sido zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e eu fiquei só; e procuraram tirar-me a vida”. (v.10). Deus escuta todas as suas lamentações, decepções e as ameaças de morte, e procura consolar o profeta.
Fico imaginando, Elias, o grande profeta, que fez o fogo descer do céu, agora, estava escondido dentro de uma caverna chorando, resmungando com Deus, sentindo o cansaço físico e vivendo as expectativas não cumpridas. Deus não quer seus servos escondidos e, sim, dispostos para lutar. Mas, infelizmente, muitos servos continuam escondidos em cavernas, perguntando: de que serviu tanto esforço, ou porque foi injustiçado? Lamentam e oram: “Senhor sinto-me cansado, decepcionado, frustrado. Estou sozinho. Tenho Te servido, todos estes anos. Evangelizo, oferto, e até, hoje, não tenho visto o resultado do meu trabalho”. Qual seria a resposta de Deus? Levante-se e saia desta caverna!
Deus não apenas responde, mas também ordena: “Sai e põe-te neste monte perante o Senhor” (v.11). Deus precisa passar diante dos olhos de Elias os elementos raivosos da natureza, muitas vezes, usados por Deus para juízo, mas não para salvação. Através destes exemplos, Deus quer o profeta reconheça o Seu poder, a Sua graça e misericórdia. Assim diz o texto: “Um grande vento forte que fendia os montes e quebrava as penhas... um terremoto... um fogo, e o Senhor não estava nessas coisas. Então, veio um som brando, tranquilo e suave”. Era o Senhor que falava com o profeta, mostrando o contraste dessa suavidade com aquele espírito revoltado e rancoroso, que tinha se instalado no coração de Elias. Foi uma lição que Deus deu a Elias. Ele precisava confiar em Deus.
A vida de Elias não foi fácil. Lutou com todas as forças para preservar a aliança que Deus estabeleceu com o povo. Foi perseguido, ameaçado de morte. Apesar das dificuldades e dos altos e baixos, vemos que a sua vida se tornou tranquila e feliz. Mas Deus deu-lhe os meios que necessitava para cumprir a sua missão. A sua vida serve de exemplo. O seu chamado, sua vocação profética, as marcas que ele deixou no mundo é um exemplo para todos nós. Sua renúncia aos bens materiais, profissionais e seculares, nos dá uma nítida sensação que precisamos aprender mais a cada dia e a nos dispormos ao serviço da obra de Deus na terra. Com certeza é uma referência para todo aquele que deseja servir ao Senhor. Na verdade, quando nos dedicamos à vontade de Deus, Ele nos dá aquilo que precisamos, mesmo quando a situação parece impossível. Quando estamos atentos à voz de Deus e andando em obediência à Sua Palavra, podemos encontrar encorajamento, vitória e recompensa.
Estimados irmãos! Assim
como Deus ajudou a Elias a recuperar-se, Ele também pode restaurar a vida
daqueles que vivem na angustia. Por isso, confie em Deus, a tristeza não durará
para sempre! Ele não abandona quem O ama. Quem possamos encontrar forças no Senhor para
se posicionar, sair da caverna e viver em plenitude da sua vontade. Amém!
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