TEXTO: JO 14.1-14
TEMA: JESUS É O ÚNICO CAMINHO PARA A CASA DO PAI !
O que as pessoas gostam de fazer no dia a dia? Algumas gostam de caminhar. É bom para a saúde! Segundo a ciência, o caminhar é ideal para trabalhar a função cardiovascular, melhorando o nível de condicionamento físico; ajuda na perda de peso e fortalece os músculos, reduz a pressão sanguínea, os níveis de colesterol no sangue, o risco de doenças cardíacas, osteoporose, diabetes e o estresse. Mas este é um caminhar físico.
Jesus falou de outro caminho.Ele disse: “Eu sou o caminho” (v.6). Ele havia falado,muitas vezes, aos discípulos sobre este assunto.De modo que sabiam a respeito do caminho, e, de modo especial, sobre a sua missão e seu retorno à Casa do Pai.Mas eles não entenderam,e lhe perguntaram como poderiam saber o caminho.Jesus lhes respondeu:“Eu sou o caminho.” A resposta que Jesus dá a Tomé, esclarece todas as suas dúvidas. É uma resposta que conforta e fortifica sua fé. “Eu sou o caminho” é uma expressão enfática, ou seja,significa que Jesus é o único caminho para a Casa do Pai. Sem Ele somos abandonados e condenados nos nossos próprios pecados. Com Ele, porém, temos perdão e nos tornamos Filhos de Deus e herdeiros do céu.
Você está à procura deste caminho que nos conduz à Casa do Pai? Venha! Você deve olhar para Jesus e permanecer nele e não ficar preocupado com outras ideias de como chegar aos céus. Arranque e afaste de seu coração esses pensamentos e não pense em outra coisa senão nestas palavras: “Eu sou o caminho”. Entretanto, Jesus nos ensina que o nosso caminhar, jamais será um caminho de flores! Lágrimas, espinhos e uma infinidade de obstáculos fazem parte deste caminhar. Mas Jesus está conosco. Temos a promessa “Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13.5). Ele nos protege com sua mão e nos mostra o caminho ,diariamente, através de sua Palavra, dizendo: “Este é o caminho; andai nele.” (Isaías 30.21).
Jesus sabendo que nas próximas horas seria crucificado, Ele começou a revelar aos seus discípulos sobre os últimos acontecimentos. Revelou que havia um traidor entre eles e, se ainda não bastasse, Pedro foi avisado de que negaria Jesus antes que o galo cantasse três vezes. Estes últimos acontecimentos e a despedida de Jesus em relação aos seus discípulos, gerou um momento de tristeza e desanimo. E ao observar esta cena, ao vê-los tristes, Jesus consola os discípulos. Ele diz: ‘‘Não se turbe o vosso coração’’ (v.1a). Significa não fiquem tristes, desanimados, desmotivados! Ele deu aos seus discípulos motivos pelos quais seus corações não deviam se turbar. Deu o remédio para o coração turbado: “credes em Deus, crede também em mim” (v.1b). O conselho de Jesus era simples. Jesus poderia dar mil conselhos celestes. Mas restringiu-se ao poder do verbo “crer”. Confiar em Deus e no seu Filho é crer, confessar e descansar no seu poder, na sua sabedoria, na sua providência, no seu amor e na sua salvação. Jesus disse: “Assim como vocês creem na realidade de Deus, creiam igualmente no meu poder de ajuda.” Esta era a recomendação de Jesus aos discípulos, diante da situação que estavam vivendo. Sendo assim, Jesus aponta o caminho da paz, da tranquilidade e do sossego que os discípulos deveriam ter.
As palavras de Jesus se estendem a todos os seus seguidores que o amam, verdadeiramente, pois encontramos, muitas pessoas, na mesma situação dos discípulos. São pessoas com almas estressadas, com sorrisos ausentes, angustiadas, com medo e remorso. São famílias em conflito, vivendo na solidão, na tristeza e na angústia. O que fazer quando as crises vêm? Quando os problemas aparecem? Quando as tempestades nos ameaçam? Quando os ventos contrários conspiram contra nós? Jesus disse: continuem confiando em mim! A fé em Jesus é o único remédio para um coração turbado. A fé triunfa nas crises. Abraão creu na promessa. Paulo na hora do martírio disse: Eu sei em quem tenho crido. Portanto, em Jesus, encontramos todas as respostas para os intermináveis e infinitos questionamentos da alma conturbada, do espírito irrequieto, da consciência traumatizada e da memória torturante.
Na verdade, os discípulos, por sua vez, não compreenderam as palavras de Jesus. Não compreenderam, porque Jesus tinha que seguir o caminho do sofrimento, da desonra e da cruz. Não compreenderam, porque deveria voltar para junto do Pai. Com efeito, eles ainda não haviam entendido que Jesus era o Filho de Deus e que viera numa missão inovadora. Agora, Ele teria que voltar para o Pai, a fim de que se cumprissem todas as Suas promessas. No entanto, prometeu que enviaria o Consolador. Por isso, aproveita este momento de dúvida para explicar aos discípulos que convinha ir para junto do Pai prepara-lhes o lugar, mas que voltaria para si mesmo. Sendo assim, Jesus dá aos discípulos uma explicação do motivo do futuro sofrimento. Abre-lhes um pouco a janela, para que possam olhar a grandiosidade de sua obra. Ele lhes diz: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Pois vou preparar-vos lugar” (v.2).
Na casa de meu Pai há muitas moradas, Jesus não estava se referindo a um templo terreno, ao contrário, Ele estava falando da verdadeira Casa do Pai. Essa casa não é terrena, mas celestial. É o lugar da habitação de Deus que está nos céus ( Salmos 33.13,14; Isaías 63.15).A Casa do Pai é o lugar prometido ao longo de toda as Escrituras como o destino daqueles que creram em Jesus. Aqueles que pela fé, receberam de Jesus a remissão dos pecados, tendo se comprometido a segui-lo por todos os dias da vida. A Casa do Pai tem espaço mais que suficiente para todos estes: “há muitas moradas.” Essa promessa também é para nós! É confortável saber que na casa do nosso Pai Celestial há muitas moradas. É sinal de que há lugar também para cada um de nós. Há espaço para todos. Triste seria se não houvesse lugar para nós. Seria um tormento insuportável.
Ele também disse que iria preparar lugar para seu povo . Isto significa que sem sua morte, ressurreição, ascensão e envio do Espírito Santo, jamais haveria lugar para nós na Casa do Pai. Nunca teríamos condições de habitar nelas. Na verdade, nem mesmo poderíamos chegar até elas. Mas Deus nos amou ao enviar o Seu Filho: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Foi desta maneira que Jesus preparou-nos lugar na Casa do Pai, fazendo-se Ele próprio o caminho que conduz à casa paterna. Ele é o Mediador entre Deus e os homens. Em Cristo Deus se reconciliou com o mundo. Em Cristo Jesus há perdão, vida e salvação para todo aquele que nele crê. Ele cumpriu com a sua missão, voltou à Casa do Pai e se encarregou de preparar o lugar para nós .Também prometeu retornar, e levar seu povo para estar junto de si para sempre (v.3). É ,por isso, que a frase “na casa de meu Pai há muitas moradas” tem um significado tão profundo para todos os que amam ,verdadeiramente, o SENHOR. A partir desse fato não há mais motivo para turbar, angustiar ou amedrontar nosso coração, desde que creiamos em Deus.
Após falar sobre a Casa do Pai, Jesus faz uma afirmação, e deixa bem claro que os discípulos sabiam o caminho para onde Ele iria : “E vós sabeis o caminho para onde eu vou.”(v.4). Mas não conseguem compreender, principalmente, Tomé. Ele está em dúvida. Não entendeu de forma clara e fez ao mestre a seguinte indagação: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (v.5). É interessante, que enquanto Pedro manifestara a sua intenção de morrer por Jesus, Tomé pelo contrário, expõe a sua ignorância. Tomé, por ocasião da ressurreição de Jesus se manteve céptico. Queria ver para crer. Ao que tudo indica, Tomé endureceu o seu coração. Fechou-se em sua incredulidade. Enquanto todos os discípulos estavam alegres com a comunhão de Cristo, Tomé estava imerso em tristeza por causa da sua falta de fé. A reação de Tomé mostra o ceticismo natural do ser humano diante da inédita vitória sobre a morte: queria sinais concretos do ressurreto.
Como saber o caminho? É a pergunta que muitas pessoas também fazem, por se sentirem literalmente perdidas, na dúvida, na incerteza, na sua caminhada nessa vida .Elas têm procurado caminhos tortuosos que geralmente as levam a total destruição. Caminhos ensinados por muitas religiões, seitas e filosofias com o pensamento que leva à morte. Caminhos da falsidade e das mentiras. Lemos em Provérbios 14.12:“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Quantas pessoas perderam a sua vida por seguirem caminhos tortuosos. Por isso, cuidado com os caminhos pelos quais você tem andado. Caminhos desconhecidos podem custar a sua vida. Cuidado com as pessoas que lhe apresentam estes caminhos. Cuidado com aqueles que até parecem conhecer o caminho, pela segurança com que falam, mas na verdade não conhecem para onde eles mesmos estão caminhando.
Como saber o caminho? Jesus responde a Tomé: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (v.6a). A resposta que Jesus dá a Tomé esclarece todas as suas dúvidas. É uma resposta que conforta e fortifica sua fé. “Eu sou o caminho” é uma expressão enfática, ou seja, Jesus afirma que Ele é o único caminho para Deus, para a Casa do Pai, para o Céu. Ele é o caminho para ti e para mim. Sem Ele somos abandonados e condenados nos nossos próprios pecados. Com Ele, porém, temos perdão e nos tornamos Filhos de Deus e herdeiros do céu. Não existe outro caminho para a Casa do Pai. Entretanto, Jesus nos ensina que o nosso caminhar, jamais será um caminho de flores! Lágrimas, espinhos e uma infinidade de obstáculos fazem parte deste caminhar. Mas Jesus está conosco. Temos a promessa “Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13.5). Ele nos protege com sua mão e nos mostra o caminho. diariamente, através de sua Palavra, dizendo: “Este é o caminho; andai nele.” (Isaías 30.21).
Aquele que nos conduz à Casa do Pai, também é a verdade. Verdade significa algo que é absoluto, que existe, que é real. Jesus é Deus. Ele é real, sempre existiu e sempre vai existir .Ele é a imagem do Deus invisível. Não existe falsidade nenhuma em Jesus. Esta verdade está nas palavras do próprio Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).Jesus também é a vida. Ele é a fonte de toda a vida. Ele venceu a morte e nos deu vida! Quem aceita Jesus como seu salvador, agora tem uma vida nova e completa (João 11.25-26). Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).É desta forma que Jesus finaliza sua resposta a Tomé, deixando claro que não há atalhos para chegarmos a Deus. Ele é o caminho verdadeiro que nos leva ao Pai, que nos leva à vida plena e eterna. Não existem santos, nem grandes homens, nem deuses, nem nada que os homens possam criar que possa levar alguém até Deus. Jesus tomou para si esse papel único e deixa isso muito claro: “ninguém vem ao Pai senão por mim” (v.6b).
A resposta de Jesus nos revela com profundidade o mistério de sua pessoa. Ele é o verbo encarnado, é o caminho para o Pai. Um caminho de mão única e exclusiva. Um caminho que se identifica com a finalidade, porque Ele é a verdade e a vida. Por isso, chegar à presença de Deus, por meio de Jesus Cristo, é a única maneira de conhecê-lo de verdade. É exatamente isso que Jesus diz a seguir: “Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto.” (v. 7). O que entristece a Cristo, é que os discípulos ainda não haviam reconhecido nele o caminho, isto é, a imagem viva do Pai Celeste, uma imagem descida do céu, que estava prestes a retornar para lá. Se os discípulos fossem bons observadores já teriam reconhecido o Pai na pessoa de Jesus Cristo.
É justamente o que ocorre com Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.”(v.8).A exemplo de Tomé, Filipe também demonstra possuir um conhecimento apenas parcial. Compreendia pouquíssimo do que Jesus acabara de dizer. Enfim, se mostrou um tanto quanto ignorante, tolo, ridículo ou até inocente diante daquilo que estava solicitando, uma vez que durante alguns anos, ele conviveu com Jesus. E Jesus sempre falara do Pai durante todo tempo de convívio com seus discípulos. A ânsia de Filipe de ver Deus sempre foi a vontade dos homens de todos os tempos. Moisés também queria ver Deus (Ex.33). O Senhor respondeu: “Tu verás pelas costas, mas a minha face não se verá”. Talvez, Filipe desejasse ver alguma manifestação exterior e visível de Deus, pois Deus havia se manifestado de várias maneiras aos profetas da antiguidade. Sendo assim, Jesus questiona Filipe: “ há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”(v.9).
Foi necessário que Jesus desse uma aula aos discípulos sobre o seu relacionamento com o Pai. Como introdução, Jesus faz uma pergunta: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” Jesus primeiro exige dos discípulos que deem crédito ao seu testemunho, quando afirma que ele é o Filho de Deus. A grande questão é que até aquele ocasião os discípulos não tinham entendido sobre o relacionamento de Jesus com o Pai. Mas neste momento, na hora da despedida e da dura provação, Jesus abre o coração dos discípulos e explica: somos essencialmente um. Aqueles que me viram, viram aquele que me enviou. Estou aqui em nome do Pai, falo em nome do Pai e faço as obras do Pai. Enfim, as palavras que eu digo não são apenas minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra. Há uma unidade entre o Pai e o Filho.
A resposta de Jesus a Filipe mostra uma verdade, que é contínua no Evangelho joanino: o relacionamento indivisível entre o Filho e o Pai. Em 1.18, João diz: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” Em 5.36, encontramos Jesus dizendo: “Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou.” Em 8.38, ele diz: “Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” Em 10.15, ele diz: “Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” Em 10.30: “Eu e o Pai somos um”. Em 10.38: “ mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai.”
Estes exemplos servem de base, que Jesus poderia usar, para mostrar a Filipe que ele já conhecia o Pai. Por isso, Jesus diz: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.” (v.11).O Senhor fez um apelo para que os discípulos cressem Nele pelas suas palavras. Suas palavras mostravam quem Ele era. Era impossível não entender o que Jesus estava dizendo. Ele estava afirmando claramente ser Deus. Como conheceríamos o Pai amoroso sem o nosso salvador Jesus? Verdadeiramente, em Jesus podemos conhecer o Pai, falar com Ele e glorificá-lo por meio de nossas vidas. Martinho Lutero expressou assim essa verdade: “por meio de Jesus sabemos que Deus é nosso Pai e, olhando para o seu coração paternal, podemos sentir o seu amor sem fim. Isso basta para aquecer os nossos corações e torná-los incandescentes por Ele.”
Após Jesus falar que ele e o Pai são apenas um, ele agora afirma que, após à sua partida, os discípulos seriam habilitados a continuar com o ministério que ele começou, fazendo, inclusive, obras maiores que as dele. O texto diz: “Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai” (v.12).É evidente que Jesus não está falando que seus discípulos teriam mais poderes do que ele, mas realizariam obras maiores em extensão e em alcance. Este seria um trabalho evangelístico que os discípulos realizariam após a volta de Jesus à Casa do Pai. Trabalho que seria realizado com auxilio do Espírito Santo, que lhes concederia poder (Atos 1.8). De fato, somente mediante a ação do Espírito é que os discípulos seriam preparados para realizar tais obras maiores que as de Jesus. O cumprimento desta promessa encontramos em Atos do Apóstolos. Por exemplo, nos primeiros dias após a partida de Jesus para o Pai, após um sermão de Pedro, três mil pessoas foram batizadas. E, sem dúvida, os discípulos impactaram o mundo (Atos 17.6), arrebanhando mais seguidores para o Senhor Jesus.
No entanto, para dar continuidade ao trabalho de Jesus, os discípulos receberiam o que fosse necessário quando o pedissem em Seu nome. Jesus disse: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (v.13),Quando Jesus disse estas palavras, ele estava consolando seus discípulos e os preparando para a missão futura deles: divulgar a boa nova. Cristo não se referia a pedidos pessoais e egoístas, mas a pedidos que se referissem a Sua obra na terra. Ele também nos ensina ainda que devemos pedir em nome de Jesus. Não será em nome de Maria, de José, ou de qualquer “santo”, mas sim no nome de Jesus é que seremos atendidos, e o Pai nos atende para que Ele seja glorificado. Há um outro detalhe importante que devemos observar: fica evidente que podemos, eventualmente, fazer pedidos pessoais ao Senhor, mas devemos entender e aceitar que nem todos serão atendidos, pois Ele é quem sabe o que deseja para nós (Jr. 29.11), e seus pensamentos são muito mais elevados que os nossos (Is. 55.8-9).Deus age conforme à sua vontade. Ele sabe qual é o momento certo. Vejamos o caso do apóstolo Paulo, tendo orado três vezes para que fosse retirado seu “espinho na carne”, não foi atendido (2Co.12.8-9).Dessa forma, compreendemos que os pedidos a que Jesus se refere, e que serão atendidos, são aqueles que estão de acordo com os Seus mandamentos de amar a Deus de todo coração, toda alma e todo entendimento e ao próximo como a si mesmo. (Mt. 22.37-39).
No entanto, não resta dúvida que Ele sempre ouve as nossas preces. As Escrituras nos mostram o quanto Deus ouve as nossas orações. Deus atendeu ao clamor do povo de Israel que vivia as maiores angústias em escravidão sob o domínio de Faraó no Egito. Ele atendeu à Ana, que era estéril, dando-lhe um filho que se tornou o profeta Samuel. Ele atendeu à oração de Pedro, quando estava afundando nas águas revoltas do mar da Galiléia. Ele ouviu a oração de Ezequias. (2 Rs 20.1–3). Também Jesus nos mostra com o seu exemplo ao orar no Jardim do Getsêmani. Orou sem cessar ao Pai Celeste. Buscou forças e amparo em meio ao sofrimento. E assim muitos servos de Deus oravam: Abrão, Elias... Ele atendeu à igreja primitiva quando orou pela libertação do mesmo apóstolo Pedro que dormia na prisão. Todos expressavam alegria, felicidade e gratidão a Deus. E ,seguramente, Deus há de responder à nossa prece, elevada ao céu com fé e humilde.
Jesus é o grande consolo do cristão, mesmo em meio à angústia, ao desespero e ao medo. Não é apenas um consolo futuro e profético. É também presente no agora. Isso quer dizer que hoje mesmo o cristão pode desfrutar do consolo de Cristo. Por isso, não precisamos ficar turbados, angustiados, temerosos, inseguros, como viviam os discípulos. É preciso lembrar que diante da angústia dos discípulos, foi justamente a promessa de que Jesus iria voltar para levá-los à Casa do Pai que os confortou. Por isso, creiamos naquele que nos preparou um lugar na casa paternal, e que é o caminho, a verdade e a vida que somente através dele, chegamos ao Pai. Pedimos ao Senhor, que não nos deixe trilharmos caminhos que nos levem a morte, mas andarmos no caminho que nos leve cada vez para mais perto do nosso Salvador. Amém!