terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

 

TEXTO: DT 34.1-12

TEMA: MOISÉS CUMPRIU COM SUA MISSÃO

Todos nós temos uma missão a cumprir neste mundo. Na escola, o professor tem a árdua missão de ensinar, de orientar, de guiar e ajudar seus alunos na busca do conhecimento. No lar os pais têm a missão de sustentar, educar e ensinar seus filhos no caminho que conduz a presença do Senhor. No trabalho, cada empregado recebe um encargo, compromisso, incumbência, o cumprir de uma missão para que aja produção na empresa.

Moisés foi chamado por Deus, ele também tinha uma missão para cumprir: libertar o povo de Israel e conduzi-lo à terra prometida. Não foi fácil para ele compreender a difícil missão que o aguardava. Mas, ele cumpriu sua missão. Tudo foi realizado em conformidade com a vontade do Senhor. Agora, havia chegado o momento da sua despedida. Naquele momento, o povo de Israel estava em vias de entrar na terra que lhe fora prometida há muito tempo. Mas antes que os hebreus cruzassem o Jordão e iniciassem a luta da conquista, eles precisavam estar cientes das implicações desse ato e do que se fazia necessário para entrar na terra prometida. É justamente neste momento que Moisés transmite princípios que deveriam ser observados pelos hebreus. Ele afirma que Deus faria deles uma nação poderosa diante de seus inimigos na conquista da terra da promessa. Deus iria prolongar a vida de maneira próspera, mas o povo teria que escolher:  o caminho da vida, do bem e da bênção. E assim Moisés passa a liderança do povo de Israel a Josué.

Deus está desafiando o seu povo a amá-lo de todo coração, de toda a alma e com toda força. Ele propõe um caminho de vida e não de morte. Moisés entende que a melhor opção para o povo é o caminho de vida, do bem e da bênção, porque esta opção envolve a multiplicação do povo e a longevidade na terra, que foi prometida aos pais Abraão, Isaque e Jacó. Seguir esta opção, era necessário que o povo guardasse os mandamentos, bem como amar e andar nos caminhos de Deus. Estas recomendações eram fundamentais para que o povo permanecesse em comunhão com Deus.

Após estas recomendações havia chegado o momento da despedida de Moisés. Deus o  chama e transmite a notícia de que não entraria na terra prometida, por causa da sua transgressão nas águas de Meribá (Dt 32.51). Josué é que deveria conduzir o povo. Depois de abençoar as tribos, Moisés atravessou a planície de Moabe na direção do monte Nebo, no cume de Pisga, assim como Deus havia mandado. Deus permite apenas que Moisés contemplasse a terra, mas o impede de atravessar o rio Jordão e adentrar na terra prometida. Dali o SENHOR Deus lhe mostrou toda a terra de Canaã. Terra prometida que seria conquistada por Josué, seu sucessor.

Moisés teve o privilégio de contemplar toda a terra antes de morrer. Ele viu tudo o que Deus havia prometido, mas não pode entrar. Chegou perto, mas não desfrutou de nenhuma das riquezas e privilégios. Sem dúvida, aquele foi um momento traumático na vida de Moisés. Após 40 anos de demora para entrar na terra prometida, prestes a iniciar uma etapa decisiva da conquista, seria um momento oportuno para questionar sobre a forma como Deus agiu em relação à sua missão. Afinal, Moisés sempre esteve a serviço do povo: providenciou comida, bebida, abrigo. Teve paciência. Foi perseverante ao cumprir sua missão. Suportou a ingratidão do povo. Todavia, Moisés não argumentou. Não reclamou. Não se sentiu rejeitado. Ele era apena um instrumento de Deus.

Para muitas pessoas é difícil compreender esta atitude de Moisés. Afinal, Moisés foi um grande herói. Realizou proezas. É considerado o patriarca dos judeus, o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos desse povo. Por isso, merecia honras, glórias e a oportunidade de entrar na terra prometida. Mas não fez exigências. Seria esta a nossa atitude? A nossa reação, diante de uma sociedade que está repleta de pessoa que almeja sucesso, satisfação pessoal, aplausos, honras? Será que as pessoas que trabalham no contexto da Igreja de Cristo têm o mesmo procedimento? Lembre-se: Precisamos aprender a dar a Deus toda honra e toda glória por tudo que somos e que temos, pois só Ele é digno. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.44).

Acreditando no amparo e proteção de Deus, Moisés cumpriu sua missão. Ele obedeceu à vontade do Senhor até a morte. Obedeceu até o último momento. Morreu e o SENHOR sepultou seu corpo num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor. Nem mesmo seus familiares são testemunhas do seu enterro. A única testemunha da morte de Moisés é o próprio Senhor. Morreu longe de sua pátria; morreu no meio do caminho; nem em Canaã, mas no meio do deserto em cima de um monte. O Deuteronômio termina dizendo que nunca mais apareceu em Israel um profeta como Moisés, que falava face a face com o Senhor e fazia os sinais e maravilhas por mando do Senhor. (v.10).

Moisés cumpriu sua missão porque confiou no amparo e proteção de Deus. Deus esteve sempre ao seu lado durante 120 anos. Jamais o desamparou nos momentos mais adversos de sua vida. Também temos que enfrentar muitas dificuldades diante da nossa missão. Mas temos a promessa divina de que nenhum mal nos atingirá. Mesmo nas situações mais aflitivas e desesperadoras não precisamos temer e podemos confiar em Deus. Eis o grande consolo: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10). E ainda: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).

Estimados irmãos! Moisés, ciente de sua missão, foi um grande exemplo: de paciência nas dificuldades, perseverança, obediência à vontade do Senhor e humildade. Requisitos necessários que precisamos, pois contribuem para que a nossa missão possa ter êxito. Sigamos exemplo deste grande herói na fé que cumpriu sua missão, confiando nas promessas de Deus, bem como no amparo e proteção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário