TEXTO: DT 34.1-12
TEMA: MOISÉS CUMPRIU COM SUA MISSÃO
Todos nós temos uma missão a cumprir neste mundo. Na escola, o professor tem a árdua missão de ensinar, de orientar, de guiar e ajudar seus alunos na busca do conhecimento. No lar os pais têm a missão de sustentar, educar e ensinar seus filhos no caminho que conduz a presença do Senhor. No trabalho, cada empregado recebe um encargo, compromisso, incumbência, o cumprir de uma missão para que aja produção na empresa.
Moisés foi chamado por Deus, ele também tinha uma missão para cumprir:
libertar o povo de Israel e conduzi-lo à terra prometida. Não foi fácil para
ele compreender a difícil missão que o aguardava. Mas, ele cumpriu sua missão.
Tudo foi realizado em conformidade com a vontade do Senhor. Agora, havia
chegado o momento da sua despedida. Naquele momento, o povo de Israel estava em
vias de entrar na terra que lhe fora prometida há muito tempo. Mas antes que os
hebreus cruzassem o Jordão e iniciassem a luta da conquista, eles precisavam
estar cientes das implicações desse ato e do que se fazia necessário para
entrar na terra prometida. É justamente neste momento que Moisés transmite
princípios que deveriam ser observados pelos hebreus. Ele afirma que Deus faria
deles uma nação poderosa diante de seus inimigos na conquista da terra da
promessa. Deus iria prolongar a vida de maneira próspera, mas o povo teria que
escolher: o caminho da vida, do bem e da
bênção. E assim Moisés passa a liderança do povo de Israel a Josué.
Deus está desafiando o seu povo a amá-lo de todo coração, de toda a alma
e com toda força. Ele propõe um caminho de vida e não de morte. Moisés entende
que a melhor opção para o povo é o caminho de vida, do bem e da bênção, porque
esta opção envolve a multiplicação do povo e a longevidade na terra, que foi
prometida aos pais Abraão, Isaque e Jacó. Seguir esta opção, era necessário que
o povo guardasse os mandamentos, bem como amar e andar nos caminhos de Deus.
Estas recomendações eram fundamentais para que o povo permanecesse em comunhão
com Deus.
Após estas recomendações havia chegado o momento da despedida de Moisés.
Deus o chama e transmite a notícia de que não entraria na terra
prometida, por causa da sua transgressão nas águas de Meribá (Dt 32.51). Josué
é que deveria conduzir o povo. Depois de abençoar as tribos, Moisés atravessou
a planície de Moabe na direção do monte Nebo, no cume de Pisga, assim como Deus
havia mandado. Deus permite apenas que Moisés contemplasse a terra, mas o
impede de atravessar o rio Jordão e adentrar na terra prometida. Dali o SENHOR
Deus lhe mostrou toda a terra de Canaã. Terra prometida que seria conquistada
por Josué, seu sucessor.
Moisés teve o privilégio de contemplar toda a terra antes de morrer. Ele
viu tudo o que Deus havia prometido, mas não pode entrar. Chegou perto, mas não
desfrutou de nenhuma das riquezas e privilégios. Sem dúvida, aquele foi um
momento traumático na vida de Moisés. Após 40 anos de demora para entrar na
terra prometida, prestes a iniciar uma etapa decisiva da conquista, seria um
momento oportuno para questionar sobre a forma como Deus agiu em relação à sua
missão. Afinal, Moisés sempre esteve a serviço do povo: providenciou comida,
bebida, abrigo. Teve paciência. Foi perseverante ao cumprir sua missão.
Suportou a ingratidão do povo. Todavia, Moisés não argumentou. Não reclamou.
Não se sentiu rejeitado. Ele era apena um instrumento de Deus.
Para muitas pessoas é difícil compreender esta atitude de Moisés. Afinal,
Moisés foi um grande herói. Realizou proezas. É considerado o patriarca dos
judeus, o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos
desse povo. Por isso, merecia honras, glórias e a oportunidade de entrar na
terra prometida. Mas não fez exigências. Seria esta a nossa atitude? A nossa
reação, diante de uma sociedade que está repleta de pessoa que almeja sucesso,
satisfação pessoal, aplausos, honras? Será que as pessoas que trabalham no
contexto da Igreja de Cristo têm o mesmo procedimento? Lembre-se: Precisamos
aprender a dar a Deus toda honra e toda glória por tudo que somos e que temos,
pois só Ele é digno. “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos
outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (Jo 5.44).
Acreditando no amparo e proteção de Deus, Moisés cumpriu sua missão. Ele
obedeceu à vontade do Senhor até a morte. Obedeceu até o último momento. Morreu
e o SENHOR sepultou seu corpo num vale, na terra de Moabe, defronte de
Bete-Peor. Nem mesmo seus familiares são testemunhas do seu enterro. A única
testemunha da morte de Moisés é o próprio Senhor. Morreu longe de sua pátria;
morreu no meio do caminho; nem em Canaã, mas no meio do deserto em cima de um
monte. O Deuteronômio termina dizendo que nunca mais apareceu em Israel um
profeta como Moisés, que falava face a face com o Senhor e fazia os sinais e
maravilhas por mando do Senhor. (v.10).
Moisés cumpriu sua missão porque confiou no amparo e proteção de Deus.
Deus esteve sempre ao seu lado durante 120 anos. Jamais o desamparou nos
momentos mais adversos de sua vida. Também temos que enfrentar muitas
dificuldades diante da nossa missão. Mas temos a promessa divina de que nenhum
mal nos atingirá. Mesmo nas situações mais aflitivas e desesperadoras não
precisamos temer e podemos confiar em Deus. Eis o grande consolo: “Não temas,
porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te
fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10).
E ainda: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios,
eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás nem a
chama arderá em ti” (Is 43.2).
Estimados irmãos! Moisés, ciente de sua missão, foi um grande exemplo: de
paciência nas dificuldades, perseverança, obediência à vontade do Senhor e
humildade. Requisitos necessários que precisamos, pois contribuem para que a
nossa missão possa ter êxito. Sigamos exemplo deste grande herói na fé que
cumpriu sua missão, confiando nas promessas de Deus, bem como no amparo e
proteção.
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