TEXTO: SL 113
TEMA:DEUS É DIGNO DE LOUVOR ACIMA DOS CÉUS E
SOBRE A TERRA!
Seja qual for seu
momento, sua vida pessoal, não deixe de louvar ao Senhor. Precisamos adquirir o
hábito saudável de louvar o Senhor em todo o tempo, independentemente, do que
estiver acontecendo em nossa vida. Vamos exaltar todos os atributos do Deus que
acreditamos e servimos. Exaltar aquele que se inclina, a fim de levantar os
desprezados, rejeitados e humilhados pela sociedade. Aquele que se lembra dos
indignos e necessitados, e oferece o seu grande amor. Aquele que concede
esperança para quem já não espera mais nada neste mundo, e dá alegria a quem já
perdeu todas as expectativas de se alegrar. Enfim, aquele que olha com amor
para nós, seres pecadores, fracos e indignos. Portanto, o Senhor e digno de
toda a honra, glória e louvor acima dos céus e sobre a terra!
O salmo inicia com o convite para louvar
ao Senhor. A convocação é endereçada aos servos do Senhor. Aqueles que serviam
no templo, ou eram responsáveis pela música. São eles que deveriam louvar o
nome do Senhor. O salmista também recomenda que o louvor deveria ser
exclusivamente ao Senhor. Ele é digno de todo o
louvor: “louvai o nome do Senhor!” (v.1). O nome do Senhor refere - se à pessoa de Deus.
Nos tempos bíblicos, havia forte associação entre o nome e a identidade da
pessoa. O nome simbolizava a pessoa. Assim, louvar o nome de Deus significa
concentrar o pensamento no caráter de Deus. Significa que o louvor tem endereço
certo: no nome do Senhor. O Senhor é único. Não há lugar para
outras divindades.
E, ainda, se torna perceptível esta recomendação, quando o salmista afirma que “o nome do Senhor, seja bendito, agora e sempre.” (v.2). Em outras palavras, o nome do Senhor é abençoado, e a Sua presença confere bênção. E somente em seu nome que outros podem conferir estas bênçãos a alguém. Na verdade, o nome de Deus, a glorificação de seu poder, a manifestação de sua natureza redentora, é o centro de toda a bênção que o povo de Israel recebia, diante da aliança firmada com Deus. Já as palavras "agora e para sempre" o salmista usa o paralelismo para indicar o tempo que o nome do Senhor deveria ser louvado, ou seja, por toda eternidade. Se o louvor a Deus se estende pelos séculos, também se estende por toda a face da Terra: “Do nascimento do sol até ao acaso, louvado seja o nome do Senhor.” (v.3). Do oriente ao ocidente nos apontam para a extensão do louvor. A necessidade de repetir continuamente o convite ao louvor, pressupõe a continuidade do culto, realizado com regular periodicidade a Deus, ou seja, o louvor deveria ser constante. Enfim, é uma expressão que visa apontar para o mundo inteiro.
Além do nome do Senhor que deveria ser louvado, o salmista, agora, revela a soberania do Senhor sobre todas as nações que cercavam e oprimiam o povo de Deus. Ele apresenta Deus como um ser que está acima de todas estas nações. Ele não se limita a certos tribos ou territórios, mas é exaltado acima de todas as nações: “Excelso é o Senhor, acima de todas as nações, e sua glória, acima dos céus”. (v.4). O termo hebraico רוּם, traduzido por excelso significa erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado. De fato, Ele está em um trono que se eleva acima de todos os reis e reinos do mundo. Na verdade, toda a criação, seja na terra, seja nos céus, estão abaixo do Senhor. A ideia não é exatamente de localização, mas de valor, dignidade e poder. Quando Deus revela o seu poder e santidade, a sua glória é manifestada como um fenômeno luminar, que enche o lugar com a sua presença, conforme foi no Sinai, no deserto, no santo tabernáculo e no templo. Portanto, é a glória do Senhor que se manifesta “acima dos céus”, a morada de Deus, o firmamento, chamado de trono de Deus, e é a partir desse lugar que Ele estende a mão para realizar sua vontade na terra. E é certo que isso deve ser reconhecido por todos os povos.
Diante da
exaltação do Senhor, o salmista faz uma pergunta retórica: “Quem há semelhante
ao Senhor, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o
que se passa no céu e sobre a terra? (vv.5 e 6). Ninguém é como o Senhor, nosso
Deus. Não há, portanto, ninguém semelhante ao Senhor, que habita nas alturas.
Ele é plenamente incomparável. Ele cuida pessoalmente de cada um de nós, se
inclina para ver o que se passa sobre o céu e sobre a terra. O termo em
hebraico
שָׁפֵל traduzido por “inclinar” significa prostrar ou abaixar, ser ou tornar-se humilde. Significa colocar-se em uma
postura de facilitar a vida do que está no nível mais abaixo. Isto significa
que Deus se inclina, se abaixa para atuar em nossa vida. O olhar de Deus é um
agir. Neste contexto, significa dizer quão grande é a preocupação de Deus,
diante dos nossos problemas e necessidades. Quem na terra seria capaz de fazer
isto? Ninguém! Só mesmo o Senhor é capaz de se identificar com o sofrimento de
seu povo e tomar para si mesmo a aflição. Ele se compadece dos necessitados,
revela sua compaixão para com os seus e vê as aflições de seu povo. Ele não nos
ignora. Pelo contrário, sempre podemos contar com seu grande amor.
Nesse sentido, a
primeira ação do Deus sobre a Terra é se preocupar com os homens: “Ele ergue do pó o desvalido e do monturo, o necessitado.”
(v.7). O termo em hebraico דַּל, traduzido por “desvalido”
significa pobre, fraco, pessoa inferior. E o termo “monturo” אַשְׁפֹּת significa
monte de cinzas, de refugo. Então, podemos afirmar que o Senhor levanta o pobre
do pó e que retira o desamparado do monte de cinzas. Esta é uma demonstração o
quanto Deus se preocupa com as condições que os homens vivem neste mundo. Ele
transforma vidas, ergue o homem do pó, enche de esperança o coração aflito e dá
uma nova posição de honra que antes não tinha. Não somente Deus tira os
abatidos de sua condição desfavorável, mas também os exalta e os iguala para
“assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.”
(v.8). O termo em hebraico נָדִיב traduzido por “príncipes” significa uma
pessoa nobre. Deus mostra que ele tem poder para dar um título e honra os
desvalidos e desemparados, ou seja, de estar ao lado dos nobres, e ter a honra
de poder governar uma nação com aqueles que exercem soberania sobre Israel.
Concluído, o
salmista apresenta a última ação de Deus no versículo 9: “que faz com que a
mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filho.” Ele mostra mais
um atributo divino, que é a onipotência, ou seja, o poder supremo, capaz de
realizar, aos olhos humanos o impossível, como por exemplo, dar a capacidade de
uma mulher estéril gerar filhos, cuja condição, no mundo antigo, era de
humilhação e tristeza. Mas ele diz também que até mesmo a estéril ficará alegre
pela intervenção direta de Deus na sua vida concedendo-lhe filhos, fazendo dela
uma mãe. Nas Sagradas Escrituras temos vários exemplos que demostram a onipotência de Deus: Sara, Raquel, Ana,
Isabel, entre outras, como inumeráveis outras mulheres anônimas deste mundo. Portanto, são motivos para louvarmos ao nosso Deus!
Estimados irmãos! Deus
ainda tem preparado muitas bênçãos maravilhosas para seu povo. Enquanto,
vivermos neste mundo, confiamos plenamente nas suas promessas, pois Ele se inclina até ao pó a fim de
levantar ao desprezado, rejeitado e humilhado pela sociedade. Por isso, temos muitas razões para
louvar ao Senhor, em todo tempo da nossa vida. Meus amados, reforço o conselho
do salmista: Louvemos ao Senhor, a todo tempo e por toda a eternidade. Nunca
perca a oportunidade de prestar louvor ao Senhor que é digno de toda honra e
glória. Não só Deus é digno de louvor como, na verdade, somente Ele deve ser
adorado. Seja por agradecimento, por misericórdia ou por alegria, o Senhor é
digno de louvor em todo tempo em nossas vidas. Você tem aproveitado as
oportunidades de louvar a Deus? Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário