TEXTO:
LC 15.1-10
TEMA:
JESUS VAI EM BUSCA DOS PECADORES
O que seria de nós sem esta verdade? Estaríamos eternamente perdidos e condenados. Mas Jesus vai em busca do pecador, oferecendo o perdão. Ele deixou claro que "veio buscar e salvar o perdido" (Lucas 19.10). Esta busca pelos pecadores fica evidente nas três parábolas que Jesus conta para os fariseus: Ovelha Perdida, Dracma Perdida e o Filho Pródigo. As parábolas foram proferidas pelo Salvador para revelar a atitude dos "cobradores de impostos e pecadores". Nestas parábolas, Jesus demonstra o seu amor abundante, o qual busca e salva os perdidos.
No entanto, nesta busca
que Jesus faz, é necessário que haja arrependimento. Ninguém pode vir a Cristo,
enquanto não houver o reconhecimento, verdadeiro, como pecador. Quando nos arrependermos dos nossos pecados e tivermos
o firme propósito de corrigir a nossa vida, é que poderemos contar com o grande
amor de Deus e a Sua graça. Sendo assim, Cristo está de braços abertos
esperando você. Está chamando pelo seu nome. Ele quer curar a ferida profunda
que está dentro do seu coração quebrantado. Não rejeite este convite!
I
Aproximavam-se todos os publicanos e pecadores, para ouvirem as Boas Novas proferidas por Jesus. Para ouvirem a mais bela confortadora e consoladora verdade: Jesus recebe o pecador. Mas quem são estas pessoas que se preocuparam tanto em ouvir as palavras de Jesus? Os publicanos eram cobradores de impostos que o império Romano escolhia entre o próprio povo judeu. Eram pessoas marginalizadas, porque colaboravam com o poder opressor romano, e além disso tiravam o seu lucro cobrando a mais, através de extorsão. Com isso, muitos publicanos enriqueciam, explorando seu próprio povo e atraindo o ódio deles para si. Já a expressão “pecadores” era um termo usado na época para designar membros de profissões desprezadas e consideradas pessoas impuras, e que não poderiam receber a bênção prometida por Deus a Abraão. O pastor de ovelhas estava entre as profissões desprezadas pelos fariseus, juntamente com os condutores de camelos, curtidores e cobradores de impostos. Para os fariseus estas pessoas eram consideradas. "impuras", deviam ser evitadas.
Os fariseus em todas as ocasiões
sempre faziam tudo para produzir falsas aparências, buscavam a primazia nas
sinagogas, faziam questão de ser lisonjeados, procuravam honra e glória para
si. Estavam preocupados pela posição religiosa, e não com a salvação do
pecador. Estavam revestidos com a máscara da
hipocrisia, mostrando-se fervorosos praticantes no ensino da Palavra de Deus.
No texto, observavam Jesus, procurando, através de armadilhas, encontrar
motivos de acusação contra o Mestre e condená-lo à morte. Por isso, reclamam e
murmuram, porque Jesus recebe “cobradores de impostos e pecadores”. Na
concepção dos escribas e fariseus, o Filho de Deus, jamais deveria fazer parte
ou se misturar com publicanos e pecadores. Ora comer com publicanos e
pecadores, no conceito dos escribas e fariseus, era algo vergonhoso e imundo.
Portanto, eram homens imorais e desonestos perante a sociedade.
No entanto, Jesus
não estava preocupado com o que os escribas e fariseus pensavam a seu respeito.
A sua preocupação, no momento, era buscar e salvar estas pessoas que eram
desprezados pela sociedade, que viviam uma vida sem orientação, sem rumo, sem
consolo, sem esperança; que viviam na dúvida e desespero; que vivam no pecado. Mas
estas pessoas tinham sentido o desafio. Sabiam o que significava seguir a
Jesus. Sabiam que somente Cristo poderia livrá-los da enfermidade, ou seja, do
pecado. Sabiam que pelo perdão em Jesus Cristo, crendo, entrariam no reino e
receberiam o poder de segui-lo.
II
Jesus não deixa os
fariseus e escribas na dúvida. Ele responde às suas críticas com duas parábolas
que ensinam uma verdade simples: O Senhor ama os pecadores. Ele vai em busca do
pecador,
pois todos os homens são doentes. São portadores de uma doença contagiosa: o
pecado! E o pecado é uma realidade na qual o homem não pode negar a sua
existência. O próprio salmista afirma: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me
concebeu minha mãe.” (Sl 51.5). Logo,
todos os homens são pecadores, “porque
não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque,” (Ec
7.20) e ainda as palavras do apóstolo João: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a
nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós.” (1 João1.8).
Portanto, o pecado existe e não podemos fugir dele, pois nos coloca distante e
impede a verdadeira comunhão com Deus.
No entanto, Jesus ilustra
a sua mensagem através de suas parábolas. Ele apela ao costume da época,
relembrando uma imagem muito popular ao AT e NT. A primeira, o pastor conduziam
suas ovelhas ao pasto verdejante e às águas cristalinas. Ele demostra todo
cuidado com seu rebanho. Sai ao encontro da ovelha perdida. Deixa as 99 que estão salvas e inicia uma
verdadeira jornada em busca daquela que ficou para trás. O Senhor também age
desta forma. Ele busca as suas ovelhas desgarradas a fim de vê-las em sua
presença novamente. De certa forma todos nós já fomos ovelhas perdidas. Já
estivemos longe de Deus e, Ele, amorosamente, nos resgatou e nos trouxe de
volta à sua presença através de seu Filho, Jesus Cristo.
Este também deve ser o nosso
procedimento: buscar as ovelhas perdidas
que estão por esse mundo afora, e falar que
Jesus não rejeita um coração quebrantado. Talvez, você seja uma ovelha
perdida, desgarrada. Esteja fora do rebanho. Mas lembre-se que o Bom Pastor,
Ele não lhe rejeita. Ao contrário, Ele não desiste de lhe amar. A misericórdia
de Deus é infinita. Não tem medida. Vai muito além de tudo que podemos pensar e
imaginar. Ele mostra que há alegria, que há uma festa no céu, quando um pecador
consegue compreender esse amor e arrependido volta para o Pai. Sendo assim, Ele
estende os seus braços e te chama “Vinde a mim, todos os que estão cansados e
sobrecarregados e eu vos aliviarei”. É consolador saber que Deus esquece os
nossos pecados e lança-os no mais profundo mar.
Na segunda parábola, Jesus afirma que uma mulher tinha dez dracmas. Eram
pequenas moedas de origem grega que representava o salário pago a um
trabalhador, por um dia de serviço. Ela havia perdido uma moeda. E uma vez
perdendo a sua moeda, também demostra todo cuidado: acende a candeia, varre a
casa, procura-a com determinação até encontrá-la. Em sua felicidade transbordante, a
mulher reúne outros para compartilhar da alegria, por ter encontrado algo que
foi perdido de grande valor.
Assim como a mulher se preocupou
muito com uma dracma, apesar de ter outras nove, Deus se preocupa com cada
pessoa individualmente.
Ele busca aqueles a quem o mundo despreza. Ele trata com amor e carinho, pois cada pessoa
tem valor para Deus. Todos, inclusive os perdidos e desprezados. E quando estes
se arrependem e voltam para Deus, Ele também fica muito feliz. Ele comemora
diante de seus anjos quando se redimem. Isso é motivo de grande alegria no céu.
Por isso, precisamos varrer o nosso egoísmo, inveja, tristeza, amargura,
mentira do nosso coração, e dar lugar à harmonia, à alegria, aos sonhos, à
comunhão com Deus. Portanto, faça como aquela mulher e compartilhe com as
pessoas a bênção, de que, hoje, você é alguém que estava perdido e foi achado. Estava
morto e reviveu.
III
Como é maravilhoso saber que Jesus
busca o pecador. No entanto, nesta busca que Jesus faz, é necessário que haja
arrependimento. Ninguém pode vir a Cristo, enquanto não houver o
reconhecimento, verdadeiro, como pecador. O próprio salmista afirma: “Eu nasci
na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51.5). Quando nos arrependermos dos nossos
pecados e tivermos o firme propósito de corrigir a nossa vida, é que poderemos
contar com o grande amor de Deus e a Sua graça. E o Senhor quer que façamos
isto urgente: “Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos 1.15). Quando
isto ocorrer, então, a nossa vida passa a ter sentido. Somos transformadas, e
recebemos as novas vestes, e como prêmio temos nossos nomes escritos no Livro
da Vida do Cordeiro. Sendo assim, haverá festa no céu quando alguém se
converte, quando alguém se arrepende. O céu se mobiliza para tamanha comemoração.
Há júbilo diante dos anjos de Deus (v.10).
No entanto, não
era este o pensamento dos fariseus e escribas. Eles acreditavam que bastava ser
descendente de Abraão para o homem ter acesso ao reino dos céus. E, por isso,
sentiam que não necessitavam de arrependimento. Mas, independente, do que os
fariseus e escribas pensavam sobre os pecadores, temos urgência em buscar as
“ovelhas desgarradas” e encontrar a “moeda perdida”. Mas será que estamos
empenhados na busca dos perdidos? Como
nós temos desempenhado a nossa função de resgatar vidas? As nossas congregações
procuram levar a mensagem da salvação para aqueles que ainda não a conhecem?
Ou, a exemplo dos fariseus e dos escribas, somos daqueles que acham que não
deveríamos nos misturar com este tipo de gente?
Lembre-se: Jesus
está de braços abertos esperando você. Está chamando pelo seu nome. Ele quer
curar a ferida profunda que está dentro do seu coração quebrantado. Não rejeite
este convite! Amém!
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