sexta-feira, 25 de novembro de 2022

 

 

TEXTO: MT 21.1-11

TEMA: SAUDEMOS O NOSSO REI JESUS!

Em muitos lugares na antiguidade, era costume cobrir com ramos o caminho à frente de alguém que merecesse grandes honras. Essa era a maneira comum que os súditos prestavam honra a um rei quando se aproximava de uma cidade montado num cavalo.

Em nosso texto, acontece algo idêntico. Jesus entra em Jerusalém onde é aclamado pelo povo ao saudar com vestes estendidas em seu caminho e ramos que lhes eram lançados como saudação. Ele entra triunfalmente em Jerusalém, não como um rei guerreiro.  Não como os grandes reis e conquistadores triunfantes depois de uma batalha, ou de um cortejo real cheio de luxo mostrando seus escravos e conquistas. Não como um conquistador militar ou libertador político. Mas como um rei humilde que veio para reinar sobre a sua igreja. Como um monarca que vem em paz, como príncipe da paz. Aquele que veio libertar a humanidade do pecado, da morte e condenação eterna. Todos estes aspectos demonstram que o seu reino não é terreno, mas espiritual. 

Estimados irmãos! Neste domingo, estaremos comemorando o dia denominado de “Domingo de Ramos”. É o momento em que estaremos recordando a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, saudando o nosso Rei Jesus. Temos dois motivos para saudar o nosso Rei Jesus: Primeiro, porque Ele é o nosso verdadeiro Rei e merece toda a nossa honra, glória e louvor. Segundo, porque Ele veio nos salvar como verdadeiro Rei.

Era domingo, Jesus estava a caminho rumo à grande cidade de Jerusalém. Não era a primeira vez que Ele ia a esta cidade. A Escritura registra seis visitas que Jesus fizera antes de sua entrada em Jerusalém, pela última vez. Entretanto, esta entrada em Jerusalém, era uma ocasião especial. Jesus entraria para iniciar o seu sofrimento, a finalidade principal de seu reino. Entraria para salvar a cidade e seus moradores, chamando-os ao arrependimento. Por esta razão, Jesus faz sua entrada publicamente na cidade, fazendo com que o povo aclamasse e falasse da grande missão que o levava até ali. 

De acordo com a finalidade e a importância de sua presença em Jerusalém, ao contrário das vezes anteriores, cogita de preparativos especiais para sua entrada. Ele se aproxima com seus discípulos de Jerusalém. Eles estavam no monte das Oliveiras, e dali contemplavam Betfage e Betânia, duas pequenas aldeias antes de Jerusalém. Betânia fica na encosta Sul do monte das Oliveiras, ao passo que Betfagé se localizava provavelmente na encosta Ocidental do monte das Oliveiras, logo do outro lado do ribeiro de Cedrom em Jerusalém. Era praticamente uma extensão da própria Jerusalém.

Antes de chegar a Jerusalém, Jesus escolhe dois discípulos para enviá-los a Betfage. Neste lugar os discípulos encontrariam uma jumenta e com ela, um jumentinho. O Senhor não disse que precisava de qualquer animal, mas mostrou um específico, e disse que precisava daquele animal; nenhum outro serviria. E a ordem de Jesus era muito simples: “Desprendei-a e trazei-mos” (v.2). Jesus dá uma demonstração, uma ideia de seu inesgotável poder de realizar qualquer coisa aos olhos humanos. Ele não hesita em mostrar aos discípulos quem Ele era. Ele mostra através de suas palavras grande autoridade, pois é o Senhor quem fala e autoriza. Por isso, não há qualquer questionamento da parte dos discípulos. Eles simplesmente obedecem à ordem do Senhor. Mas algumas pessoas questionaram: O evangelista Mateus descreve de forma enfática: “O Senhor precisa deles.” (v.3) Literalmente: “O senhor necessita deles”. Marcos afirma: “Que fazeis, soltando a jumentinha? Os discípulos responderam: conforme as instruções de Jesus (11.6). E de fato, tudo ocorreu como Jesus tinha dito. 

Os discípulos encontraram os animais e, sem problemas os trouxeram. Colocaram em cima dele as suas vestes e Jesus montou. Jesus se prepara para entrar em Jerusalém de forma humilde, manso, brando, pacifico. Esta foi a maneira como Jesus entrou em Jerusalém.  Não como os grandes reis e conquistadores triunfantes depois de uma batalha, ou de um cortejo real cheio de luxo mostrando seus escravos e conquistas. Não como um conquistador militar ou libertador político. Mas como um rei humilde que veio para reinar sobre a sua igreja. Como um monarca que vem em paz, como príncipe da paz. Todos estes aspectos demonstram que o seu reino não é terreno, mas espiritual. 

Aquela entrada triunfal era um momento de jubilo, alegria e de louvor ao Senhor. Os discípulos e numerosa multidão rendiam homenagens espontâneas a Jesus, que se encaminhavam triunfalmente a Jerusalém, preparando-lhe uma passagem ou caminho com as próprias vestes e com ramos que cortavam de árvores e espalhavam pelo caminho. Era o delírio do povo gritando, clamando em alta voz: Hosana! A palavra Hosana em hebraico é אהושענ (hoshana) significa salve-nos, por favor, ou salve-nos agora, te imploramos. Esta expressão encontra-se na Salmo 118.

 No período pós-exílio, este Salmo foi incorporado à liturgia de dias festivos. Por ocasião das principais festas judaicas, os peregrinos que chegavam a Jerusalém podiam ser saudados com esse Salmo. O povo clamava um pedido de socorro a Deus. A libertação orquestrada por alguém que viria da parte de Deus: “Bendito é o que vem em nome do Senhor!” (v.26a). Parece que tanto o salmista como os judeus em geral tinham a esperança da chegada de um rei eterno (Mq 5.2) que promoveria restauração plena para Israel (Mq 5.3,4) e para o mundo (Mq 4.1-4). Sendo assim, o salmista convida o povo a celebrar este momento adornando a festa: “O Senhor é Deus, ele é a nossa luz; adornai a festa com ramos até as pontas do altar.” (v.27). Essa festa era um tipo de parada ou procissão festiva, quando as pessoas se reuniam e caminhavam pelas ruas dirigindo-se ao templo, onde finalmente começariam as celebrações religiosas relativas à Páscoa, momento em que afirmavam enfaticamente seu relacionamento pessoal com seu salvador: “Tu és meu Deus! Queremos te exaltar porque a sua misericórdia dura para sempre!”

Em nosso texto, a palavra Hosana ὡσαννά (hosanna) significa grito de exaltação ou adoração entoado em reconhecimento ao messianismo de Jesus em sua entrada em Jerusalém; exclamação de louvor a Deus. Esse é o significado dela também nos tempos atuais. Foi a forma como o povo saudou Jesus. Esta deve ser a nossa atitude: Saudar Jesus com o mesmo entusiasmo, alegria e louvor. Juntar a nossas vocês e cantar: “Bendito o que vem em nome do Senhor!” O Rei dos Reis, que chora para trazer-nos a salvação. É este Rei Jesus que nos convida para acompanharmos todos os seus passos. É a Ele que devemos dar a nossa honra, glória e louvor.

A entrada de Jesus em Jerusalém foi coroada de entusiasmo e empolgação. Jesus montado num jumentinho é recebido com honra como um rei. O povo saudou Jesus com “Hosanas”. Mas à medida que a procissão ia se aproximando, vagarosamente, a cidade alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? (v. 10). Era a pergunta que corria de boca em boca, especialmente entre os peregrinos. Sim, quem é este que hoje entra em Jerusalém em marcha triunfal, aclamado pelo povo numa exaltação como a história da cidade não registra há tempos? Quem este Rei que devemos prestar honra e louvor neste período de advento?

Este é o Reis dos reis, o Senhor dos senhores. É o Rei do poder e da glória, santidade e justiça. É o rei que governa este mundo turbulento em que vivemos. É um Rei que morreu por nós, entregou-se humildemente naquela cruz, suportou toda ignomínia, toda humilhação, todas as chicotadas, blasfêmias, acusações, provocações, traições, abandono, tudo para nos salvar. É um Rei justo. Ele nos justificou ao morrer em nosso lugar, pois não tínhamos como nos justificar de nossos pecados, nosso destino era a condenação eterna no inferno. Sendo assim, Ele tomou o nosso lugar e pagou esse preço.  Ele usou  o próprio sangue que Ele derramou para pagar o preço da nossa justificação. Ele deu a Sua própria vida! Ele padeceu por nós na cruz do Calvário para que fôssemos feitos justiça de Deus. Morreu, ressuscitou, e agora se encontra com o Pai.

Estamos aguardando a Sua vinda, para recebe-lo com o mesmo ardor e entusiasmo com que Jerusalém o recebeu, juntando as nossas vozes: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas. Mas será que estamos preparados para a vinda do Messias neste período de Advento? Pensemos por um momento no que significa Advento, neste período que estamos aguardando a vinda de Cristo, uma vez que muitas pessoas desconhecem o significado deste maravilhoso período que estamos vivendo. Muitos comemoram este período com muitas bebedeiras e comilanças. Quando na verdade é um período de esperança. Tempo de crer e confiar que o Senhor irá realizar suas promessas para nossas vidas. Tempo de iniciar uma nova caminhada, andando nos caminhos do Senhor. Tempo de aguardar a vinda do Senhor.

Estimados irmãos! Precisamos resgatar este verdadeiro sentido. Por isso, vamos nos preparar para receber o Senhor, a fim de escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem. De que forma? vigiando e vivendo uma vida santificada neste mundo. Que Deus conceda a cada um abençoado tempo de Advento e que busquemos cada dia viver na paz que vem daquele que em meio à humildade, nasceu por todos nós. Vamos saudar o Filho de Deus! Ele merece o nosso louvor, honra e gloria. Ele nos salvou. Vamos abrir as portas dos nossos corações para que Cristo entre! Amém!

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