TEXTO: SL 123
TEMA: CLAMEMOS POR MISERICÓRDIA AO SENHOR!
Somos desprezados em diversas ocasiões da vida. Somos desprezados pela vizinhança, pelos colegas de trabalho e de escola, pela mídia e por todos os que não amam ao Senhor. Somos zombados e ridicularizados. Somente quem já viveu essa forma de desprezo, rejeição ou discriminação sabe como é uma experiência tão dolorosa.
O salmista viveu esta situação junto com o seu povo. Ele e sua comunidade recorrem ao Senhor que os ajudem contra seus opositores. Realiza uma oração intensa em busca de ajuda, devido o desprezo causado pelos soberbos. Ele eleva os olhos, esperando uma manifestação da misericórdia do Senhor.
Quem de nós não precisa de misericórdia, e não tem clamado por ela? Se nos sentimos desprezados, rejeitados, discriminados, olhemos para o Senhor e clamemos por misericórdia. Esperamos, pacientemente, que Senhor nos ofereça o socorro. Esse é o exemplo que devemos carregar sempre conosco. Por isso, mantermos os olhos fixos na misericórdia do Senhor. Só a misericórdia do Senhor nos garante paz em meio a tanto desprezo, pois Ele é amoroso, gracioso e fiel para com seu povo.
I
O salmo 123 faz parte dos cânticos de degraus ou de peregrinação. Era entoado nas caminhadas das famílias quando subiam para adorar em Jerusalém, que aconteciam três vezes ao ano. A jornada passa por lugares sombrios e profundos. O solo é rochoso. Muito quente durante o dia e muito frio à noite. Os peregrinos precisavam de disposição para caminhar. Segundo a sequência dos “cânticos de romagem”, este provavelmente era cantado depois que os viajantes já tinham cruzado as portas de Jerusalém (Sl 122) e agora contemplavam não apenas a cidade, mas sua real condição.
O salmista inicia, dizendo: “A ti que habitas nos céus, elevo os meus olhos.” (v.1a). Ele busca ajuda no Senhor, pois as circunstâncias em que viviam os israelitas eram terríveis. A cidade fora destruída. Não havia proteção. Os israelitas sofriam humilhações de toda sorte, sobretudo a dor da saudade do antigo esplendor do reino de Davi e Salomão. O salmista se vê impotente, sem segurança, sem força para lutar. Por isso, ele busca ajuda através do Senhor. Ele dirige-se àquele que habita nos céus em busca de seu auxílio, socorro e proteção. No salmo 121, no segundo salmo de degraus, ele olhava para os montes e clamava por socorro a Deus. O fato de o salmista ter olhado para "os montes", pensava num possível socorro, numa possível solução para seus problemas. Pode ser que o salmista estava procurando nos montes, quem pudesse oferecer o socorro. Assim, o Deus poderoso que vem do alto, de cima dos montes, seria de onde viria à ajuda.
Neste salmo, o salmista está olhando para Deus na mesma expectativa. Ele elevou os olhos dele para o alto e para Deus, porque já imaginava que sozinho não teria condições de vencer as dificuldades. Sendo assim, ao se deparar diante dos perigos e dificuldades, olhou para dentro de si e chegou a uma conclusão importante: ajuda vem Daquele que habita nos céus. O salmista não encontra socorro nos montes. Não é dos montes que ele espera o auxilio. Não seria nos montes que os peregrinos encontrariam ajuda, diante das dificuldades que estavam enfrentado. Por mais elevado que fosse um monte, dele não poderia vir o esperado socorro, mas somente do Senhor que habita nos céus. É com fé verdadeira que o olhar do salmista se eleva a ele, pois sabe que somente no seu poder há solução para os seus problemas.
Para onde você tem olhado? Olhamos para os montes, para a situação difícil que vivemos, para os problemas da vida e nossos enigmáticos caminhos. Deixamos, muitas vezes, de olhar para o nosso Deus de onde vem o socorro nos momentos mais duro e cruéis da nossa vida. Deixamos de olhar para Aquele que habita nos céus. Hoje, somos convidados a olhar para o céu onde habita o Senhor. Ele nos dará o socorro esperado. Somente o Senhor é capaz de nos tirar das situações difíceis e atender ao nosso pedido de socorro. Foi o que fez o salmista. Depois de pensar coerentemente nas possíveis soluções para os seus problemas, o salmista chega a uma conclusão magnífica. Ele encontrou uma resposta: ajuda vem Daquele que habita nos céus
II
O cristão sofre muito com o desprezo neste mundo. Esta é a mentalidade do mundo, desprezar todos os que vivem para Deus. Do passado ao presente, ainda vivemos esta realidade. Somos desprezados em diversas ocasiões da vida. Somos desprezados pela vizinhança, pelos colegas de trabalho e de escola, pela mídia e por todos os que não amam ao Senhor. Somos zombados e ridicularizados. Somente quem já viveu essa forma de desprezo, rejeição ou discriminação sabe como é uma experiência tão dolorosa.
O salmista viveu este desprezo. Mas, ele olha para o Senhor. O único que habita nos céus. Ele consegue levantar os olhos para o único que pode salvá-lo. E ,assim, aguardava com paciência e esperança a atuação graciosa de Deus. Esta expressão revela a confiança e esperança do salmista na graça de Deus: “Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia.” (v.3a). O desprezo faz o salmista clamar por misericórdia. Portanto, confiava nas misericórdias do Senhor, pois elas expressam bênçãos, revelam o sentimento de compaixão para com Seu povo. Deus está sempre disposto a dar uma nova chance, a começar de novo. Foi nesta confiança que o salmista, em meio à angústia, ele invocou ao Senhor. Ele creu que só havia uma escapatória diante de sua angústia: confiar na misericórdia do Senhor.
Também somos convidados a reconhecer as misericórdias do Senhor. Somos conclamados a continuar no mesmo espirito de oração e louvor, reconhecimento e súplica pelas misericórdias. Quem de nós não precisa de misericórdia, e não tem clamado por ela? Se nos sentimos desprezados, rejeitados, discriminados, olhemos para o Senhor e clamemos por misericórdia. Esperamos, pacientemente, Deus nos oferece o socorro. Esse é o exemplo que devemos carregar sempre conosco. Mantermos os olhos fixos na misericórdia do Senhor. Só a misericórdia do Senhor nos garante paz em meio a tanto desprezo. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário