segunda-feira, 22 de julho de 2024

TEMA: A NOSSA ATITUDE DIANTE AS TEMPESTADES DA VIDA

TEXTO:MC 6.45-52

 Acredito que a maioria das pessoas já se defrontou na vida com alguma tempestade. Sempre é possível ser surpreendido por uma tempestade. Em qualquer viagem, de carro, navio, avião, trem ou outro meio de transporte estamos sujeitos ao enfrentamento de tempestade que nos causa medo, terror, pânico. 

Os discipulos enfretaram esta realidade, e ,consequetemente, sentiram o desespero, o medo e angustia. Mas, a causa do desespero dos discípulos não era a fúria da tempestade, mas a falta de fé, a incredulidade dentro deles. Afinal, “não haviam compreendido nada a respeito dos pães” (v. 52). Isto significa que  não haviam entendido ainda quem era Jesus, o Messias profetizado nas Escrituras. Marcos os chama de “coração endurecido”. E Jesus, logo após acalmar a tempestade os questiona: “Porque sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?” (Marcos 4.40).

Essa falta de entendimento dos discípulos é também, muitas vezes, a nossa falta de compreensão, falta de fé diante do que Jesus tem realizado em nossas vidas. Aquilo que era certeza para nós começa a se tornar em dúvida,E qual deve ser a nossa atitude e a nossa postura para enfrentarmos as tempestades?

O texto apresenta duas atitudes e que servem de reflexão para a nossa meditação: Primeiro, precisamos crer que o Senhor é fiel às suas promessas e jamais permitirá que sejamos vencidos pela tempestade. Segundo, precisamos crer que o nosso socorro vem do Senhor e não permitirá que a tempestade venha a nos destruir. Não importa, se tempestade que você está enfrentando é pequena ou grande, o que importa é que o Senhor está com você e não permitirá que você seja vencido pela tempestade

O milagre que Jesus havia realizado, ao alimentar milhares de pessoas, impressionou o povo. Eles concluem que Jesus “é realmente o Profeta que devia vir ao mundo”. (Jo 6.14). Sendo assim, o povo queria transformá-lo num rei. Mas Jesus percebe tal situação, dispensa a multidão, convida os seus discípulos a embarcar num barco, envia a Betsaida e se retira para as montanhas a fim de orar sozinho.(vv.45 e 46).

Os discípulos obedeceram a ordem de Jesus, e entraram no barco. Ao cair da tarde, o barco estava no meio do mar, e Jesus estava sozinho em terra.(v.47).   É justamente neste momento que os discipulo  se deparam diante de uma violenta tempestade durante a viagem. Não era a primeira vez que os discípulos enfrentavam uma tempestade no meio do mar. Em Mt 14.22-33, lemos que as violentas ondas, daquele mesmo mar já haviam dado com ímpeto contra o barco deles. Mas naquela ocasião Jesus estava com eles. Agora, eles estavam sozinhos. E neste momento, o barco era açoitado pelo vento,e aqueles homens mesmo sendo experientes pescadores e acostumados as variações do mar, chegaram a um momento que pensaram não ter mais solução para eles.

Teria Jesus abandonado os seus discípulos? Aquela tempestade estava oculta aos olhos de Jesus? Afinal, os discípulos remaram por volta da “quarta vigília da noite”, ou seja, de 6h da noite, às 3h da madrugada.   Além disso, o vento soprava contra os discípulos, e insistentemente dificultava o remar daqueles homens. Há um outro detalhe: Jesus passa e parece não ter a intenção de parar para ajudá-los: “e queria tomar-lhes a dianteira” (v.48). Dá nos entender que não havia mais solução. Mas, porque estavam perecendo? Poderiam clamar ao Senhor, recorrer a Jesus com toda a confiança dizendo: Senhor, salva-nos, estamos perecendo!

Diante desta situação, precisamos clamar ao nosso Deus, A grande questão é: até quando vamos continuar remando contra o vento, sem clamar ao Senhor? Na realidade, um clamor é uma súplica, um pedido, com fervor, com sentimento de piedade e compaixão. Quem clama por algo, pede ardentemente. Deus nos convida a usar esta forma de oração para comunicarmos que precisamos desesperadamente da Sua misericórdia. A Palavra de Deus nos assegura que nosso Pai escuta nossos gritos e responde. Assim diz o salmista: Elevo os meus olhos para os montes, de onde me vem o socorro? Meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra.” (Salmos 121.1-2). “Eu estava chorando ao Senhor com minha voz, e ele respondeu de Seu santo monte.” (Salmo 3.4). Jeremias: Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei, coisas grandes e firmes que ainda não sabes.” (Jeremias 33.3). Precisamos ser como Jacó, insistir com o Senhor, ele não saiu da presença do Senhor sem a bênção nas mãos. (Gn 32.22-32). Clamando ao Senhor com urgência, deixamos de lado o nosso orgulho ou qualquer atitude de autossuficiência, e cremos que o Senhor é fiel às suas promessas e jamais permitirá que sejamos vencidos pela tempestade.

Quando parecia que Jesus não viria livra-los, quando não havia mais solução, Ele aparece para acalmar a tempestade. Ele foi ao encontro e exerce todo o Seu poder sobre a natureza. Ele não só controla a tempestade, mas anda sobre as águas agitadas pelo forte vento:  ... “veio ter com ele, andando por sobre o mar; e queria toma-lhes a dianteira.” (v.48). Quando os discípulos acreditaram que foram salvos do naufrágio, aumentou o medo. Neste momento, os discípulos viram Jesus andando sobre o mar, mas se assustaram, pensavam que ele era um fantasma. (v.49). E,assim, perderam todo o equilíbrio necessário diante daquela situação. Não bastasse o cansaço dos braços remando contra a fúria do vento, agora, eles veem diante si a visão de um fantasma andando pelo mar. Mas não há motivo para isso. Se tivessem entendido “o significado dos pães”, o milagre que Jesus realizou algumas horas antes quando alimentou milhares de pessoas, eles não teriam ficado surpresos ao ver Jesus andar sobre a água e acalmar o vento.

Jesus, porém, percebendo a reação deles, os acalmou dizendo: “Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!(v.50).Sua voz ecoou no meio do vendaval e chegou de forma nítida ao coração dos discípulos.Foram justamente estas palavras que os discípulos precisavam no momento diante do medo e angustia, provocada pelo vendaval em pleno mar. Ele precisavam ouvir: “Eu sou”. Ao dizer esta expressão,Jesus se identifica. Deste modo, os discípulos podiam conhecer que, quem lhes falava, era o mesmo que falou com Moisés nestes termos: “Eis como responderás aos israelitas: EU SOU envia-me junto de vós.” (Ex 3.14). É assim que Deus normalmente se apresenta no Antigo Testamento. “Eu sou” o Deus Criador, Consolador e Sustentador (Is 43.25; 48.12; 51.12). Esse nome revela que o Senhor é o Deus que intervém na história de Israel, libertando-o das amarras da escravidão do Egito. É o Deus que se revela através de seu Filho, que morreu na cruz para nos salvar. Então, a expressão dita por Jesus,pode ser entendida,como um “não temam, sou Jesus, tenham confiança em mim, porque Eu sou Deus e estou com vocês”.

Ele também contempla nossas lutas, sofrimentos e angustias, bem como também vem ao nosso encontro em meio as tempestades e lutas da vida. Nós não estamos sozinhos durante as lutas, ele está conosco. Se estamos passando por tempestades, devemos aguardar com paciência ajuda do Senhor. Ele não se esqueceu de nós, mas ele virá ao nosso encontro, ainda que seja pela quarta vigília da noite. Ele disse: “tende bom ânimo”!  Como manter o bom ânimo em meio às muitas lutas, adversidades e desafios que a vida moderna nos impõe? Onde é comum encontrarmos pessoas desanimadas? Para mantermos o “bom ânimo" precisamos esperar no Senhor. Durante e depois da tempestade a presença de Cristo deve ser a razão do nosso ânimo e da nossa alegria. Qual tem sido a razão do seu ânimo, da sua alegria e da sua euforia? Não se deixe entregar aos problemas, mas tenha ânimo em Jesus! Lembre-se as palavras de Jesus: “No mundo tereis todo o tipo aflições: desgosto, mágoas preocupações, inquietudes, ansiedades, torturas, mas tende bom ânimo porque Eu venci o mundo”. (Jo 16.33).

Como os discípulos reagiram mediante a ação do “Eu sou”? A expressão identifica-o imediatamente com o Senhor. Naquele momento ele se revelava aos discípulos de uma maneira como eles ainda não o conheciam. Diz o texto que após a calmaria os discípulos se encheram de temor: “ficaram entre si  atônitos” (v.51). Ficaram encantados com a pessoa de Jesus A tempestade vem para nos revelar quão grandioso é o Deus que nós temos, o Deus que nos livra, que nos liberta, nos salva; o Deus que socorre e que guarda aquele que é Dele. A tempestade é uma ocasião para a adoração. Em vez de questionamentos, murmurações, precisamos aprender a adorar a Deus. Reconhecê-lo como objeto de nosso louvor e devoção. A tempestade é uma ocasião para o crescimento. Parece ter sido essa a ideia que Jesus tinha em mente quando os compeliu a entrar no barco e cruzar o lago. Eles precisavam crescer, amadurecer. Jesus então criou a situação ideal para isso. Colocou-os diante de uma tempestade.

Não importa, se tempestade que você está enfrentando é pequena ou grande, o que importa é que o Senhor está com você e não permitirá que você seja vencido pela tempestade. Tome uma atitude sabia: creia que o Senhor é fiel às suas promessas e jamais permitirá que seja vencido pela tempestade.Amém!

sexta-feira, 12 de julho de 2024

TEXTO: Mc 6.30-44

TEMA: SEJAMOS SEMPRE AGRADECIDOS A DEUS!

No mundo de hoje, parece-nos faltar o exercício constante do que significa agradecer. Ser grato, agradecido, parece não estar mais "na moda" entre as pessoas. Mas quando recebemos diariamente ricas bênçãos de Deus, tanto para nosso corpo como para nossa alma, é justo darmos graças a Deus por tudo quanto Ele nos tem concedido diariamente e reconhecermos a generosidade, o amor, a graça do Senhor para conosco.

O texto nos mostra que Jesus não deixou de atender as necessidades materiais da multidão. Procurou ajudar aquelas pessoas diante de suas necessidades corporais. No entanto, Jesus não está apenas interessado em satisfazer as necessidades corporais das pessoas, mas orienta a todos no sentido de buscar o Salvador para receber o “Pão da vida”, o alimento necessário para alma. (Jo 6.24-35). Por isso, convidamos os irmãos para refletirmos sobre o tema: “Sejamos sempre agradecidos a Deus”.

Marcos nos relata um episódio extremamente interessante sobre o agradecimento. Primeiro, afirma que  os discipulos voltaram de um jornada missionária que Jesus havia designado.Eles voltaram e relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. Neste momento, Jesus os convida: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham,” (v.31). Então, retiram-se dali num barco, para um lugar solitário.No entanto, “muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles.” (v.33). Afinal, o que esperava essa gente de Jesus? Por que tanto interesse em seguir-lhes os passos, abandonado suas casas, suas oficinas, enfim, suas atividades costumeiras? O evangelista João afirma com mais detalhes: “... porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.” (6.2).

Quando Jesus desembarcou, ele vê esta realidade diante de si: “Viu  uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.” (v.34). Mas o que fazer com aquela multidão? Afinal, a noite já estava chegando, o lugar era deserto, e todas aquelas pessoas precisavam comer. Havia cerca de cinco mil homens ali. Se estas pessoas não alimentassem, desfaleceriam pelo caminho. Onde conseguir alimento para toda esta gente? Os discípulos acham uma solução:  É deserto este lugar, e já avançada a hora;  despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer.” (vv.35 e 36). Para os discipulos o povo mesmo deveria procurar um meio de sobreviver. Eles não tinham  condições de ajudar a todos. Além disso, já é tarde, o lugar é deserto. O que devemos fazer é mandar embora essa gente. A solução é dispensá-la a fim de que procurasse alimento. Na verdade, eles estavam tentando passar o problema adiante, uma vez que se a multidão ficasse com eles até a noite, seriam os responsáveis em alimentá-la. E eles não tinham condições viáveis para isso.

Qual é a nossa atitude? Será que não agimos da mesma forma como os discípulos? Estamos prontos a sacrificar a nossa própria vida, e oferecer o nosso grande amor em beneficio de nosso irmão? Quais são as nossas desculpas? Será que estamos amando nosso próximo como nós amamos? Na verdade, somos egoístas. Olhamos somente para nós mesmos.  Olhamos o lado negativo das pessoas ao nosso redor! Vivemos o nosso mundo e já nos damos por satisfeitos. Falta o verdadeiro amor para com as pessoas necessitadas. O apóstolo Pedro ressalta: “Tende amor intenso uns para com os outros”. (I Pe 4.7) Amor intenso na hospitalidade,na compreensão,no  apoio e ajuda diante da  situação que vivem as pessoas em nossa sociedade.Este deve ser o nosso proceder.Jesus procedeu assim: Ele teve compaixão daquela multidão;compaixão significa amor,misericórdia e bondade.

Jesus sabia que o lugar era deserto, que a hora era avançada e que a multidão estava faminta, mas ele tinha um plano especial para alimentá-la. Ele tinha outra solução. No entanto, tal foi à surpresa dos discípulos, quando o Senhor Jesus lhes disse que não havia necessidade daquela multidão sair à procura de alimento, mas que eles mesmos deveriam (e podiam) dar-lhes de comer. A resposta foi inesperada e direta:   Dai-lhes vós mesmos de comer.” (v.37a). Os discípulos não conseguiram entender as palavras de Jesus. Entre desapontados e assustados, retrucaram: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (v.37b). Jesus novamente questiona os discipulos: Quantos pães tendes? Ide ver! E os discipulos responderam: Cinco pães e dois peixes.” (v.38). Segundo os discipulos era impossível alimentar aquela multidão com cinco pães e dois peixinhos. Somente um milagre poderia saciar a fome desta gente.

Quantas dúvidas na mente dos discipulos!Contudo,  Jesus não os censura, não argumenta com eles, não discute sobre a dureza de seus corações, deixando de lado a fé e confiança no seu Senhor, apenas dá-lhes uma ordem.Mesmo não sabendo ainda o porquê da ordem, obedecem a Jesus:  “ordena que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde.” (v.39). E assim o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta.”(v.40).   Ao invés de mandar este povo embora, como era a ideia dos discípulos, Jesus se compadece deles, e algo haveria de acontecer naquele momento.

Jesus toma os pães e os peixinhos. Milhares de pessoas olham para Jesus. Ele agradece ao Pai celestial, antes da refeição. O texto nos diz:   Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou.” (v.41a). Que magnífico exemplo nos dá o próprio Filho de Deus diante de todo o povo, Ele ergue os olhos ao céu. Seu exemplo nos ensina a olharmos constantemente ao alto, em oração e agradecimento pela alimentação que recebemos diariamente. Lembrando sempre que dar graça é uma ação que caracteriza os filhos de Deus. Agradecer pelo amparo , o cuidado, proteção que Deus tem concedido cada momento. Em tudo dependemos de Deus. Ele nos deu a vida, o existir, o ar que respiramos a água que bebemos e o alimento que nos sustenta. Tudo nos é dado por sua bondade, onipotência e amor. Que nunca esqueçamos: o pão que vem de cima é dádiva do Pai celeste.

Jesus após orar, pega os pães e peixes, parte e entrega aos discípulos para que fizessem a distribuição ao povo:  e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes.” (v.41b).Os discípulos ao receberem a ordem de Cristo, mesmo sem entender completamente o que estava acontecendo, foram e serviram o povo. E o milagre aconteceu. É impressionante a maneira simples como ocorre. O pão não acaba no cesto, sempre tem mais. Cestos e mais cestos entram em ação. A distribuição segue em ordem. Grupos após grupos, mãos estendidas recebem sua porção de pão e peixe. Talvez os mais distantes reclamassem: Será que chega até nós? Não vai acabar antes? Mas isto não aconteceu. Todos ( cerca decinco mil homens-v.44) foram atendidos. Até podiam repetir, à vontade. A verdade é que “todos comeram e se fartaram;  e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.” (vv.42 e 43).Todos,agora, estavam satisfeitos. Saciaram a sua fome. Agora, podiam voltar aos seus lares. Mas, Jesus nos dá uma lição de agradecimento e mordomia quando ele vê sobras e pedaços de pão e de peixes estendidos pelo chão. Ele ordena aos seus discípulos a recolherem os pedaços para que nada se perca. Como resultado: eles encheram exatamente doze cestos. E, assim, nos ensina que nada deve ser desprezado.

Jesus teve compaixão daquela multidão. Alimentou àquela gente. Da mesma forma, Ele tem nos alimentado diariamente. Desde a criação Deus mantém até hoje a ordem natural para prover o pão necessário.  Somos rodeados de milagres. Milhões de pessoas são alimentados diariamente neste mundo. Jamais sentimos desamparados, pois confiamos no poder e na misericórdia do Pai que estás nos céus.No entanto, Jesus tem algo mais importante a nos oferecer, do que simplesmente comida. Ele nos oferece o verdadeiro alimento, aquele que nos satisfaz plenamente. Ele se apresenta a nós como o pão da vida, o alimento que nos dá força para caminhar com maior firmeza, ajudando-nos a superar dificuldades e obstáculos, diante da nossa jornada,  até chegarmos à vida plena junto de Deus. Ele afirma: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João 6.35). Jesus, o pão da vida é a única possibilidade do alimento que subsiste para a vida eterna. Aquele que aceitar, jamais terá fome ou sede, pois quem está com Jesus nunca mais terá fome nem sede.

Estimados irmãos! Cristo nos convida diariamente a fazermos uso diário do maná celeste para que a fome não enfraqueça a nossa fé e venha aos poucos destruir tudo o que temos e que perfaz nossa esperança, nossa alegria, nosso único consolo na vida e na morte. Por isso, a nossa preocupação, como filhos de Deus, é antes de tudo a busca do alimento para a nossa alma. Resta saber, qual será a nossa posição, que tomaremos com relação a este convite, pois sabemos perfeitamente, o quanto o ser humano tem rejeitado Jesus, o pão da vida.

Que nós saibamos agradecer pela alimentação do corpo e da alma que recebemos diariamente. Amém!

quinta-feira, 11 de julho de 2024

TEXTO:JR 23.1-6

TEMA:O CUIDADO COM AS OVELHAS DO SENHOR!

No exercício de nossa vocação precisamos refletir sobre a grande responsabilidade do cuidado do rebanho do Senhor. O ministério pastoral exige, senso de responsabilidade, amor e paciência, alegria e abnegação, ordem e humildade ao conduzir as ovelhas. Ao apascentar o povo de Deus, os pastores devem garantir o suprimento de alimento, conduzindo as suas ovelhas em direção de bons pastos e de água fresca.

No entanto, que se tem visto são alguns pastores conduzindo as suas ovelhas para o abismo, e que não tem nada para agregar em relação ao verdadeiro conhecimento de Cristo descrito nas Escrituras Sagradas. São mercenários pelo qual trabalham para si e em função dos seus próprios interesses. Não pensam em duas vezes em querer abandonar o rebanho. Estão mais ligados às coisas do que às pessoas, infelizmente essa é a verdade que temos visto nas igrejas de hoje.

A mesma situação estava ocorrendo no tempo de Jeremias. Havia pastores infiéis que não apascentavam suas ovelhas. Foram acusados por Deus de destruírem e espalharem as ovelhas. Mas os negligentes não ficariam sem o devido castigo de sua iniquidade, de sua falta de responsabilidade. Por isso, o Senhor diz que Ele mesmo pastoreará suas ovelhas, haveria de enviar o supremo Pastor, o Grande Rei, o Renovo Justo, que reinaria com sabedoria e justiça. O Seu reinado seria grandioso e jamais teria fim. Ele sofreria por amor às ovelhas, para dar a elas o perdão dos pecados e a nova vida. Por meio desse Rei, as ovelhas seriam regeneradas, justificadas e capacitadas com o auxílio do Espírito Santo.

O texto começa com uma severa acusação feita pelo próprio Deus contra os pastores de Judá: Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor”. (v.1). As palavras proferidas são direcionadas a todos os maus pastores de Judá. A todos os que possuíam alguma função diretiva entre o povo de Deus: reis, sacerdotes e profetas, de modo geral à liderança de Judá. Esses pastores não conduziam sabiamente o rebanho de Deus. Havia pastores infiéis que não apascentavam suas ovelhas. Foram acusados por Deus de destruírem e espalharem as ovelhas.

Diante dessa falta de responsabilidade do cuidado do rebanho, as palavras que são dirigidas aos líderes de Israel, são de condenação absoluta: “Ai dos pastores”. A expressão ai geralmente introduz uma mensagem de julgamento. Eles serão julgados pelas suas atitudes. Serão castigados por causa da maldade, pois o Senhor não está satisfeito com a atitude dos pastores que não respeitam as ovelhas que lhe foram confiadas. Eles não alimentavam as suas ovelhas com os pastos verdejantes. Dispersavam as suas ovelhas(v.1a). Afugentavam e não cuidavam. (v.2). Não as respeitavam. Não as amavam, achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica.

As palavras do Senhor, também vale para os pastores na atualidade. Encontramos muitos pastores que agem da mesma forma: dispersam, afugentam e não cuidam de suas ovelhas. Há pastores que estão mais interessados no dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Há pastores que mudam a mensagem para obter lucros. Pregam prosperidade e enganam o povo com mensagens tendenciosas para abastecer a si mesmos. Há pastores fraudulentos, gananciosos, avarentos e enganadores. Deus, certamente, tratará com firmeza aqueles que não vivem, não assumem a responsabilidade como pastor e servo a serviço do rebanho do Senhor.

Após advertir e prometer punir os líderes infiéis, o Senhor se comprometeu a prover várias bênçãos às suas ovelhas. Demostrou a sua misericordiosa, compaixão e cuidado por Suas ovelhas. Não as abandonou! “Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras” (v.3a). O fracasso dos pastores requer que o Senhor, pessoalmente, assuma o controle de uma nova maneira, pois os líderes não amavam o povo. ¨Sendo assim, o Senhor garantiu que reuniria novamente o remanescente e cuidaria pessoalmente do seu povo. O Senhor afirma que haveria de recolher “o restante” das ovelhas e elas seriam “fecundas” “multiplicadas”. O recolhimento do remanescente mostra os cuidados contínuos do Senhor por seu povo e a sua determinação em cumprir seus propósitos quanto à aliança. O resgate do povo judeu aqui revelado não se refere somente à terra onde o povo possuiria e habitaria, mas o Senhor fala de uma glória perpétua, uma felicidade total do povo judeu no relacionamento com o Senhor. Outra coisa marcante, do amor de Deus ao seu povo, é a maneira como Ele descreve o rebanho: “o meu povo”“as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”.

Na verdade, as ovelhas do Senhor devem ser bem cuidadas, adequadamente alimentadas e diligentemente protegidas. Elas foram compradas com o próprio sangue de Cristo. Desta feita, elas são de imensurável valor, e não podem ficar expostas a nenhuns descuidos de quem quer que seja. O apóstolo Paulo adverte a todos os pastores que lideram o rebanho do Senhor: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (Atos 20.28). Jesus nos deixou um grande exemplo. O seu cuidado pastoral é extremo, a ponto de dar a sua vida por nós. Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). A passagem paralela em Jeremias 3.15 nos conta: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência”. Pastores irão liderar o povo alimentando-o com conhecimento e com entendimento dos caminhos e da Palavra de Deus.

Jeremias profetiza que o próprio Deus irá estabelecer novos pastores que cuidem de seu povo. Deus levantaria uma nova geração  que defenderia o bem-estar do povo e a vontade do Senhor, acima de seus próprios desejos: “Levantarei sobre elas, pastores que as apascentem, e elas ( ovelhas) jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará, diz o Senhor.” (v. 4). Esses pastores não temerão os tempos, as circunstâncias de um mundo cada vez mais em trevas; não temerão nem mesmo a morte, porque conhecem o Senhor. Conhecerão melhor os tempos, as épocas, os modos de um mundo em confusão e graves crises, que caminha para o seu final. Naquele dia, nenhuma delas(ovelha) faltará. Ela sentirá bem sabendo que o Senhor – o Bom Pastor – a acompanha diariamente. Que maravilha e  confortante esta segurança plena!

Além de prometer restauração ao povo, o Senhor prometeu que levantaria um “Renovo” justo. Apresenta o Renovo de Davi, conhecido posteriormente como o Bom Pastor (João 10.11). Esse grande rei governaria com juízo e justiça, pois Deus vê que os pastores não são confiáveis. Pelo contrário, vão contra os seus desígnios. Ele precisa vir pessoalmente à terra através de Jesus, seu Filho, para que este ensine o caminho da paz e da justiça:  Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra”. (v.5).  As qualidades do Messias, destacadas neste trecho, identificam um pastor totalmente diferente daqueles corruptos em Judá. Este descendente de Davi é um Rei justo e sábio, que executa a justiça. Sua sabedoria seria completa, bem como seus planos e a forma correta de agir. Ele estaria ligado ao Pai em todos os momentos, seu reinado consistiria em fazer a vontade daquele que o enviou (Jo 6.38). Ele seria o único Rei completamente justo. E essa justiça consistiria em, primeiramente, viver de forma perfeita, sem pecado, a fim de estar apto a pagar os pecados de suas ovelhas e dar a elas uma nova vida. O Rei justo se sacrificaria pelos seus para salvá-los da condenação divina.

Enquanto os nomes dos infiéis cairiam em podridão (Provérbios 10.7), o nome deste Pastor é o mais exaltado de todos: “...será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa (v 6). Os dias do reinado do Messias iriam trazer salvação. Tanto Judá como Israel seriam restaurados. O nome que caracteriza esse rei ideal é o Senhor, Justiça Nossa.

Estimados irmãos! Cuidar das ovelhas do Senhor é um grande privilégio, mas ao mesmo tempo um dever de responsabilidade enorme, pois tratamos com vidas, com pessoas. Portanto, não sejamos negligentes com nenhum dos aspectos mencionados nesta mensagem, mas em tudo busquemos. Amém! 

 TEXTO: SL 85

 TEMA: MOSTRA-NOS SENHOR A TUA MISERICÓRDIA!

O salmo 85 é uma oração de pedido de socorro, de restauração, de livramento, súplica de retorno ao Senhor. Em sua oração, em espirito e humildade, o salmista súplica às misericórdias de Deus. Ele traz à memória os grandes feitos do Senhor, realizados ao longo da história de Israel sobre as misericórdias de Deus. Foram bênçãos indizíveis que Deus concedeu ao povo arrependido. No presente, o salmista também súplica às misericórdias de Deus: “Mostra-nos Senhor, a tua misericórdia e concede-nos a tua Salvação”. Deus concede as misericórdias e salvação, mas a partir do momento em que houvesse contrição e arrependimento. Este pedido do salmista se concretiza. Deus abençoou ricamente seu povo. Agora, ele exalta ao Senhor e descreve as bênçãos recebidas.

Precisamos também diariamente dizer: “Mostra-nos Senhor a tua misericórdia!” O que seria de nós se o Senhor não fosse benigno e misericordioso para conosco? Se não nos perdoássemos cada dia? Por isso, é necessário lembrarmos das inúmeras vezes que Deus manifestou as suas misericórdias por nós. A começar por ter enviado seu filho para morrer por nós. Além disso, Deus realizou muitas intervenções em nossas vidas, conduzindo cada um de nós à salvação, proporcionando livramento, suprimento, cura, bem-estar, entre muitas outras coisas. E como é maravilhoso saber que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã.

Mostra-nos Senhor a tua misericórdia! Primeiro, porque todos nós precisamos das misericórdias do Senhor. Somos dependentes em cada momento de nossa vida, sem as misericórdias, nada seriamos, nada poderíamos fazer, nada conseguiríamos realizar, e vencer as batalhas que travamos diariamente contra as hostes do mal. Enfim, porque as misericórdias são inesgotáveis. Elas se renovam cada manhã. Podemos iniciar um novo dia por causa do amor, misericórdia, compaixão e fidelidade que o Senhor renova sobre nossas vidas todas as manhãs.

O salmista percebe o quanto Deus demostrou a sua bondade ao povo. Esta bondade de Deus se manifestou na história de Israel. Foram muitas bênçãos extraordinárias concedidas ao povo, trazendo-lhe a correta direção por meio da contrição e, também, a esperança de ser perdoado e restaurado. Tal bondade se percebe nos primeiros versículos. Havia fartura na terra. (v.1). Deus havia concedido o perdão. (v.2). Deus havia concedido o livramento. (v.3). Diante desta bondade, o povo de Deus pode regozijar-se, pois a iniquidade fora perdoada e os pecados cobertos. A indignação de Deus fora removida e o ardor da sua ira afastado. Favorecimento, restauração, perdão, encobrimento dos pecados, retenção da ira divina, desvio de furor, foram ações tomadas por Deus em favor de seu povo. Sendo assim, o salmista se alegra, porque Deus perdoou o Seu povo, cancelou os seus pecados, e cessou a Sua ira.

Ao mesmo tempo em que o salmista orava, agradecendo a Deus pelas ações da bondade de Deus realizadas no passado, no presente, ele pede ao Senhor que restabelecesse completamente e retirasse a Sua ira sobre o povo: “Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação e retira de sobre nós a tua ira”. (v.4). Estarás para sempre irado contra nós? Prolongarás a tua ira por todas as gerações? (v.5). Neste pedido, a sensação do salmista é que a dor do sofrimento decorrente da ira divina dura por muito tempo. O povo já havia sentido esta ira antes da sua reconciliação. Agora, ela ainda era evidente e parecia não ter fim. Da entender que Deus continuava julgando o seu povo. Além disso, o povo não tinha forças para mudar a situação que estava vivendo, pois quando o povo voltou do exílio da Babilônia para Jerusalém, era um período de sofrimento e tribulação. Voltaram e encontraram uma cidade arruinada, sem estrutura, um desolamento total. Esta situação causou a morte espiritual, incredulidade e falta de esperança na vida povo. E, para manter uma vida renovada, o salmista, reconhecendo o grande amor de Deus, confiando no Senhor, sabendo que será atendido pela misericórdia e fidelidade de Deus, o salmista faz um pedido: “Mostra-nos Senhor, a tua misericórdia e concede-nos a tua Salvação”. (v.7).

Todos nós temos recebido muitas bênçãos de Deus em nossas vidas. São as misericórdias de Deus que se renovam cada manhã. Deus tem realizado coisas grandiosas. Aliás, a nossa vida é constituída de coisas grandiosas. Deus enviou Seu Filho Jesus Cristo, morreu na cruz para nos salvar; as nossas lágrimas, a nossa dor, todo o sofrimento, Deus realiza coisas grandiosas.  Por isso, nosso louvor e nossa alegria são motivados por estas grandes obras que Deus realiza. Precisamos aprender na vida que Deus fez, faz e fará coisas grandiosas por nós. Que coisas você gostaria que Deus fizesse por você? Quais são as coisas grandiosas que Deus tem realizado em sua vida?

Ao mesmo tempo em que o salmista orava, agradecendo a Deus pela restauração, pelas ações da bondade de Deus realizadas no passado, ele pede a Deus que restabelecesse completamente e retirasse a Sua ira sobre o povo. (v.4). O motivo principal da ira de Deus, era que seu próprio povo, constantemente, quebrava a aliança que ele fez com eles. Eles adoravam a ídolos, misturavam falsos deuses com a adoração ao Senhor. Diante desta situação, o salmista apresenta uma pergunta retórica visto que Deus se prontificou, na aliança mosaica, a retribuir a confissão de pecados com o desvio da sua ira e com a renovação das bênçãos (Lv 26.40-45): Estarás para sempre irado contra nós? Prolongarás a tua ira por todas as gerações? (v.5). Para o salmista a dor do sofrimento é decorrente da ira divina. A ira de Deus ainda é evidente e parece não ter fim.  

No entanto, Deus sempre demostrou paciência, amor e prontidão em perdoar o seu povo. Por isso, reconhecendo o grande amor de Deus, confiando no Senhor, sabendo que será atendido pela misericórdia e fidelidade de Deus, o salmista faz um pedido.  Não orava como quem duvida, pois tinha a plena certeza de que o Senhor ouviria as orações de Seu povo e que voltaria a lhes falar de paz. Uma oração de quem confia por ter visto a libertação; uma oração de quem reconhece que precisa de Deus; uma oração de quem olha para o seu problema e vê a solução que Deus providencia como já fez no passado: Mostra-nos Senhor, a tua misericórdia e concede-nos a tua Salvação. (v. 7). O salmista clama a Deus por restauração. Que Deus se lembre novamente de sua bondade ao povo. Este pedido lembra o poder e a soberania de Deus. Esse pedido para que Deus se lembre é uma renovação da aliança de Deus com seu povo.

 Diante de seu pedido a Deus, o salmista ouve a mensagem divina em resposta a oração do povo. (v.8a). Ele entendeu que Deus não é cruel. Ele é justo e se preocupa com a situação de seu povo. Entende que Deus tem uma mensagem de paz ao povo, pois Deus é misericordioso e perdoa as transgressões. A misericórdia divina, que Deus mostrou ao longo da história, resplandece-se na vida de Jesus. Em sua infinita bondade, Deus enviou o seu Filho e habitou entre nós. Ele morreu e perdoou os nossos pecados. O salmista vislumbra esta verdade, Ele profetisa, de forma maravilhosa, a respeito do Salvador. Esta mensagem torna-se transparente quando o salmista afirma: Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (v.10). Parecia haver um afastamento entre justiça e misericórdia, entre justiça e perdão, mas na cruz de Cristo é cenário onde houve esse bendito encontro da justiça e da paz Elas se beijaram, isto é, a justiça e a paz deram as mãos, selando a nossa eterna redenção. A justiça foi feita, pois Deus puniu nosso pecado em seu Filho. E, assim, podemos dizer que a paz e justiça se encontraram no amor de Deus revelado na obra de Cristo,

Todos nós precisamos das misericórdias do Senhor. Somos dependentes dessas misericórdias em todo momento da nossa vida. Nada poderíamos realizar sem as misericórdias de Deus. Imaginem, sem as misericórdias, como venceríamos o pecado? Como vencíamos as batalhas que travamos diariamente contra as hostes do mal? Contra o nosso inimigo que está ao nosso derredor rugindo como um leão, e pronto para nos atacar? Por isso, precisamos também em nossas orações, suplicar ao Senhor: Mostra-nos Senhor a tua misericórdia! O profeta Jeremias orou muitas vezes e suplicou ao Senhor por misericórdia. Lembrou que as misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos, porque elas não têm fim. Elas renovam-se cada manhã. Estas palavras nos encorajam e nos alegram, pois, o Senhor renova a Sua misericórdia sobre nossas vidas todas as manhãs. Deus nos dá diariamente, mais uma oportunidade para que possamos declarar o nosso amor, gratidão e temor a Ele.

O salmista ao encerrar a sua oração, ao descrever a circunstância maravilhosa depois da reconciliação do povo arrependido com seu Deus misericordioso, ele exalta ao Senhor. Ele lança mão das qualidades advindas da comunhão, mescla-as ao efeito físico que terão na agricultura de Israel: “Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar.”  (v.11): A fidelidade brotará da terra e a justiça dirigirá o olhar desde os céus. O salmista associa o desfrute dessas bênçãos ao retorno da comunhão pelo perdão dos pecados. Feita essa conexão de ideias, o salmista deixa claro qual será o resultado agrário, mostrando, por meio da palavra “também”, a íntima ligação que há entre o perdão e o retorno da provisão divina (v.12): “Também o Senhor dará o que é bom, de modo que a nossa terra dará sua colheita”. Esse não seria o único benefício a ser desfrutado pelos arrependidos. O Senhor restabeleceria sua caminhada junto com o povo como um desbravador que abre um caminho seguro, do mesmo modo que fez no deserto ao guiar a multidão até Canaã: “A justiça irá à sua frente e suas pegadas abrirão caminho”. (v.13).  

Estimados irmãos! Todos nós temos recebido muitas bênçãos de Deus em nossas vidas. São as misericórdias de Deus que se renovam cada manhã. São coisas grandiosas! Se vocês se sentirem fracos ou desanimados, lembrem-se das misericórdias do Senhor que duram para sempre e se renovam a cada amanhecer. Lembrem-se que Ele é aquele que estende graça e bondade. Que o Senhor nos abençoe com Sua bondade, fidelidade e misericórdia a cada manhã, a fim de que sejamos dignos de receber as bênçãos maravilhosas que Ele tem preparado para mim e para você. Amém!

 TEXTO: SL 23

TEMAO SENHOR É O BOM PASTOR!

Composto por Davi, o Salmo 23 tem sido um dos mais famosos textos da Bíblia através dos tempos. Nele encontramos conforto e encorajamento diante das adversidades; crises materiais, medo e angustia; consolo, proteção e orientação. Ao descrever este Salmo, Davi conhecia todas as implicações e realidades do trabalho pastoril. Ele apresenta as realidades que eram vividas no cotidiano de seu trabalho e as aplica ao contexto espiritual. Davi olha para Deus e vê que, assim como lidava e tratava suas ovelhas, era também cuidado e tratado por Deus que era o seu pastor. Ao chamar o SENHOR de pastor, Davi se coloca na posição de ovelha, um animal frágil, limitado e totalmente dependente do pastor para se manter segura e viva.

O SENHOR também é o nosso pastor, diante da nossa jornada. Hoje, vamos aprender quatro características que o Salmo 23 nos ensina sobre o SENHOR é o bom pastor. Primeira, assim como o pastor está ciente das necessidades das suas ovelhas e as conduz aos pastos verdes e águas tranquilas, o SENHOR também está ciente de nossas necessidades. Ele supre  e conhece cada coisa que precisamos e está pronto para entrar em ação em nossa vida. Por isso, não precisamos nos preocupar com nossas necessidades. Segunda, o pastor renova as forças e guia suas ovelhas por caminhos certos. Da mesma forma,  SENHOR também nos guia. Só o SENHOR pode nos mostrar o verdadeiro caminho ,pois Ele é o nosso guia.

Terceira, o pastor é a fonte da segurança. Ele sempre está presente ao lado das suas ovelhas. O SENHOR também está sempre está ao nosso lado. Não precisamos ter medo de nada, porque Deus está conosco. Ele é a nossa segurança. Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo.

Quarta, o pastor cuida das suas ovelhasO SENHOR também cuida e protege as suas ovelhas diariamente. O seu objetivo é fortalecer a nossa fé e um dia habitar na Casa do SENHOR para sempre: “Certamente a bondade e misericórdia me seguirão todos os dias de minha vida, e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.” (v.6).

                                                              I

Davi sabia o que era ser pastor, pois exercera esta atividade quando jovem.  Sua tarefa como pastor era conduzir o rebanho de um pasto para outro a fim de providenciar alimento para as ovelhas. Ele sabia dos perigos que as ovelhas haveriam de enfrentar. Baseado neste contexto, Davi inicia o salmo com uma declaração, reconhecendo que o SENHOR é o pastor que supre suas ovelhas em quaisquer circunstâncias. Para descrever estes acontecimentos, ele toma emprestada a figura de um bondoso pastor de ovelhas para falar do SENHOR como sendo O pastor, e compara o cuidado que Deus tem conosco, ao afirmar: “O SENHIOR é o meu Pastor; nada me faltará.” (v.1). O “SENHOR é”. Ele nunca foi, e nunca será. Ele é Deus Ele é nosso Salvador, nosso Redentor, nosso Mestre, nosso Guia, nossa Luz, nosso Pai. Precisamos entender que Deus nunca deixará de ser. Portanto, Ele é o nosso Pastor e, por isso, deve ser respeitado, reverenciado, e, acima de tudo, obedecido!

Ao reconhecer que o SENHOR é seu pastor, Davi deposita toda a sua confiança, pois entendia que o SENHOR supre todas as suas necessidades. Ele afirma: “nada me faltará”. A expressão traduzida como “faltar” ou “faltará”, vem do verbo hebraico  חָסַר  que significa faltar; diminuir; não ter. Junto com a partícula de negação לא, que significa “não, sem, nenhum, nada”, também poder ser traduzido como: “nada sentirei falta”. Mas, afinal, o que Davi tinha em mente ao escrever "nada me faltará"? Tendo o SENHOR como nosso Pastor, porventura não nos faltará nada? Imunes aos problemas da vida? Livres de todos os perigos? Não é isto que Davi está ensinando com as palavras “nada me faltará"? O salmista quer nos transmitir algo muito mais rico, mais profundo e mais sublime do que meros bem materiais  ou status deste mundo. Não são “coisas” efêmeras, passageiras,  transitórias, de curta duração desta vida, mas aquilo que o SENHOR dá graciosamente, por sua bondade e por seu amor. O cristão sabe contentar-se com o que Deus lhe concede por sua infinita bondade (Fp 4.11-13)

Davi sabia que nem o seu poder, nem as suas riquezas, e muito menos suas próprias forças, poderiam suprir suas necessidades. Somente o SENHOR é quem poderia lhe fazer descansar em pastos verdejantes e conduzi-lo às águas tranquilas (v.2).A palavra pasto vem do original דָּשָׁא que significa campinas, relva, grama. São pastos caracterizados como "exuberante”, ou seja, rica em vegetação, e o termo מְנֻחוֹת caracteriza a água refrescante; tranquilas, descanso. Neste contexto, observa-se que o pastor demonstra o cuidado especial, oferecendo “pastos verdejantes” e o “descanso” às ovelhas. A região da Palestina em determinadas épocas do ano carecia de pastos verdejantes e águas cristalinas. Isto obrigava os pastores seguirem em uma cansativa peregrinação em busca de pastos verdes. Uma vez encontrando o alimento para o rebanho, as ovelhas tinham descanso e tranquilidade, pois pastos “verdejantes” e “águas tranquilas” são tudo o que uma ovelha necessita.

O bom pastor conhece melhor as necessidades particulares de  todas as suas ovelhas. Sabe qual é mais forte e a mais fraca. Compreende que os cordeirinhos não podem andar tão depressa com as ovelhas mais velhas, e, por isso, muitas vezes, as toma nos braços porque sabe que algumas necessitam de mais atenção do que outras. Como é maravilhoso saber que o SENHOR, o bom pastor  cuida de cada uma de suas ovelhas e não deixa faltar nada, mesmo em meio aos desertos da vida. Ele nos tira dos campos secos e nos leva em segurança para os pastos verdejantes, onde há mesa farta no deserto. Deste modo podemos suportar as provações e inquietações da vida, com o auxílio e a graça de Deus. Hoje, a principal missão do pastor é cuidar das ovelhas de Cristo, que lhe são confiadas. Cabe a ele, apascentar as ovelhas, dando-lhes o alimento espiritual, através do ensino fundamentado (doutrina) da Palavra de Deus. O verdadeiro pastor cuida bem das ovelhas. Leva as ovelhas de Jesus a alimentar-se do “pasto verde”, que nutre a alma e o espírito, fortalecendo-as, para que cresçam na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (2 Pe 3.18).

                                                                   II

O SENHOR é o nosso pastor porque renova as nossas forças e nos guia por caminhos certos, como ele mesmo prometeu. Algumas pessoas acreditam que a sua força vem da família, outras do dinheiro e outras ainda dizem que são fortes por causa de sua personalidade ou do seu temperamento. No entanto, todas essas motivações são limitadas em comparação ao SENHOR,  que é o nosso guia que conhece e ama as suas ovelhas, e que não faltará descanso e justiça aqueles que lhe pertencem: “Refrigera-me a alma, guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.” (v.3). O verbo שׁוֹבֵב significa restaurar a força, trazer de volta, refrescar, refrigerar. O termo alma נַפְשִׁי, para este caso específico, refere-se a vida, mente, pensamentos e emoções. Este era o trabalho do pastor: restaurar o vigor ,voltar a vida e proporcionar descanso às ovelhas, pois em vários momentos de perigo, o rebanho era atacado por animais ferozes e deixava as ovelhas estressadas e cansadas, Elas precisavam de cuidados e descanso, bem como também o pastor precisava descansar. Por isso, o rebanho é conduzido  aos pastos verdejantes e ao descanso das águas tranquilas.

Outra tarefa era conduzir as ovelhas pelas “veredas da justiça”. A expressão “vereda” significa uma trilha estreita, sinuosa. Então, podemos entender que “veredas da justiça”. refere-se ao que é “aprumado”. Na verdade, o Senhor nos conduz pelo caminho reto, aprumado. Não nos permite andar em caminhos que levam à ruína. Essa certeza de ser guiado por vereda plana, por vereda de justiça, consola nosso coração. Por isso, eu pergunto: Quer andar nos caminhos aprumados? Quer deixar de viver uma vida injusta? Quer andar nos caminhos de integridade, de obediência? Quer fazer a vontade de Deus?  Só existe um caminho: siga o Pastor. Ele jamais nos conduzirá no caminho da injustiça. Jamais será injusto, pois age com retidão, revelando seu amor a todos nós.

O SENHOR é a nossa fonte da segurança neste mundo. Vivemos dias de insegurança em diferentes áreas da vida. O medo da violência, das doenças, de perder o emprego ou de perder alguém que se ama, tem mexido com o emocional de muitas pessoas. Contudo, não é isso que Deus tem para nós. Não precisamos ter medo de nada, porque Deus está conosco. Ele é a nossa segurança. Há uma declaração de absoluta confiança ao andar pelo vale da sobra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo. (v.4a). Esta é a maneira de atravessar o vale sem medo, pois andar pelo vale da sobra da morte era perigoso para o pastor que conduzia as suas ovelhas.

Você está passando pelo vale da sombra da morte? Não fique amedrontado. Confie no SENHOR. Ele é contigo por onde quer que andares. Por que temer o vale da sombra da morte? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem poderá nos separar do seu amor e da sua presença? Os perigos e males desta vida? Nossas tribulações? O diabo? A morte? Não!  Ninguém poderá separar-nos do amor e da presença do SENHOR.  Não importa quão escuro seja o vale no qual estamos peregrinando, não temeremos mal nenhum, pois o bom Pastor está sempre conosco guiando-nos em nossa caminhada e consolando-nos com Sua Palavra.

Ao atravessar o vale da sombra da morte, e também em outras ocasiões, o pastor leva consigo dois instrumentos : “ o  bordão e o cajado.”(v.4a). A palavra “vara” traduz o hebraico שֵׁבֶט  que nesse contexto significa “bordão”, “cetro” ou “bastão”. Isso quer dizer que na frase o salmista se refere ao bastão usado pelos pastores de rebanhos para combater animais selvagens. Nesse sentido, a vara era o principal instrumento de proteção. Já o termo  מִשׁעֵנָה (cajado) significa “apoio” ou “suporte” e se refere ao cajado usado pelo pastor como auxílio para caminhar e também como instrumento para orientar as ovelhas. É um costume antigo no Oriente Médio, quando o pastor sai para o pasto carrega apenas uma vara e um cajado. Esta é sua “arma” de poder, defesa. força, segurança e autoridade, pois com ela afastava os predadores, e também servia como instrumento para disciplinar e corrigir ovelhas rebeldes que insistiam em se afastar do grupo. Já  o cajado é utilizado para dirigir as ovelhas. Várias vezes o pastor precisava conduzi-la para entrar em um portão ou ao longo de uma estrada, e ele o faz encostando levemente a ponta longa da vara no flanco do animal, e assim guia a ovelha ao caminho que deseja. É uma demonstração de amor e da dedicação do seu pastor por ela.

Este é cuidado que o SENHOR tem para com suas ovelhas. Ele nos protege  com sua vara e nos orienta com  o seu cajado, e acima de tudo nos consola.(v.4c).O verbo נָחַם (consolar) significa confortar, ter compaixão, aliviar, arrependimento. Então, as ovelhas do bom Pastor podem se juntar ao salmista e dizer: “a tua vara e o teu cajado me consolam," Ele  também quer consolar o seu povo do presente século. Apenas Ele pode nos oferecer consolo, pois Ele é um Deus de amor. A sua Palavra garante que Deus está perto de todos os que o invocam, e ouvirá seu clamor por ajuda. Ele busca os aflitos, abatidos, desanimados. Este consolo é plenamente eficaz, renova as nossas esperanças e nos fornece alivio e paz. Este verdadeiro consolo, encontramos somente na Bíblia. Ela nos revela através de inúmeros exemplos de que Deus é o verdadeiro consolador. O maior de todos os consolos, Ele nos deu através de seu Filho, Jesus, que morreu na cruz para nos salvar, oferecendo assim o verdadeiro consolo à humanidade. Sem dúvida podemos dizer que todas essas coisas apontam para Cristo. Ele é o Pastor capaz de nos proteger e nos orientar.  Ele é o Pastor que dá a vida por suas ovelhas (João 10:11-15). Com sua vara Ele afugenta todos os predadores que buscam tragar aqueles que lhe pertencem, de modo que ninguém é capaz de destruir o seu rebanho.

Depois de passar pelo vale da sombra da morte, agora, as ovelhas estão seguras, e já podem fazer uma alimentação sadia e o descanso necessário. Este momento é tão sublime, quando o pastor oferece pastos verdejantes e águas cristalinas para suas ovelhas.  É maravilhoso, quando o pastor prepara uma “mesa de pasto” que sirva de alimento para seu rebanho.  Davi diz que o SENHOR prepara uma mesa para ele na presença de seus inimigos. (v.5a).  A expressão mesa שֻׁלְחָן  é o lugar de intimidade de nossa casa. Nela nos sentamos, reunimos a família , nos alimentamos, conversamos com nossos filhos. Quando gostamos muito de alguém, nós convidamos esta pessoa para nossa casa e a levamos a este lugar de intimidade, que é a nossa mesa. Nós nos alegramos em servi-la, em proporcionar prazer e conforto, e  compartilhar com ela o que temos de melhor, fazendo com que se sinta à vontade em nossa casa.

No entender do salmista Deus fornece o sustento de sua parte, mesmo havendo muitos inimigos se levantando para lhe fazer mal, Deus nunca desiste de fazer o bem para seus servos. Isto não é apenas no sentido espiritual, mas também no sentido físico. Portanto, Ele continua a pôr diante de qualquer que O teme e O ama uma mesa preparada, um banquete. No entanto, para sentar à mesa do Senhor precisamos estar preparados.  Ele quer que os seus sejam bem servidos e sejam bem acomodados à sua mesa. Como poderei eu estar preparado para aproveitar tudo de bom que esta mesa oferece? Como estarei preparado para sentar à mesa do SENHOR e aproveitar das bênçãos maravilhosas que proveem de sua bondade e misericórdia?

O SENHOR não somente prepara, mas também unges-me a cabeça com óleo. (v.5b). A palavra ungir vem do hebraico. דָּשֹׁן  que significa ser gordo, deixar gorduroso, cinzas gordurosas. Na época de Davi os pastores acompanhavam diariamente a saúde de todas as suas ovelhas. Procuravam feridas que infeccionavam e causavam danos maiores. Diante das enfermidades, usavam gordura para tratar das feridas das ovelhas, principalmente na cabeça. Este era o cuidado que pastor demonstrava em relação às suas ovelhas quando estavam enfermas. Da mesma forma, o SENHOR, também cuida das suas ovelhas. Ele chama pelo nome, está disposto a tirar os carrapichos de nossa lã, derrama bálsamo em nossas feridas e nos defende dos lobos com a própria vida. Somos ovelhas do seu rebanho e Nele temos provisão de bom alimento, aconchego e a segurança dos seus braços. Nele temos segurança e paz, carinho e refúgio, alimento e cura. Podemos confiar no consolo da vara e cajado do Senhor. Podemos confiar nas promessas e bênçãos, pois assim diz o Senhor: “O meu cálice transborda.” (v.5c).

                                                          III

 Na cena final deste salmo, vemos que as ovelhas obedientes vão morar com o SENHOR. O  Pastor  promete nos guiar e nos proteger ao longo da nossa vida, para nos levar  e morar com Ele, para sempre. Ele disse: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.” (v.6). Esta é a verdadeira situação da ovelha que segue o SENHOR. É uma situação privilegiada. É uma situação onde ela pode estar sempre, perfeitamente, em paz, porque a bondade e misericórdia estarão sempre presentes.

Neste versículo, três coisas merecem nossa ponderação: Primeiro, a expressão “certamente”. A expressão confirma que Davi acreditava em um Deus seguro, que faz promessas seguras e oferece uma base segura. Também confirma a promessa de Deus que será cumprida na terra através da bondade e misericórdia. A sua bondade se manifesta no sustento, na preservação e em várias bênçãos sobre toda a humanidade. Ela é manifestada na misericórdia. A misericórdia jamais acaba não tem fim, ou seja, Deus está sempre disposto a dar uma nova chance, a começar de novo. Ele sempre se renova. A compaixão divina renova a nossa esperança, o nosso ânimo, a nossa disposição no dia a dia da vida. Sua misericórdia manifesta sua grandeza: grande é a tua fidelidade. Temos um Deus fiel. Suas promessas serão cumpridas.

A segunda é a duração do cumprimento da promessa de Deus na terra: “Todos os dias da minha vida”. A terceira é a extensão do cumprimento da promessa de Deus na eternidade: “E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.” Quem entrava nos palácios de um rei estava seguro, a segurança de um palácio era inviolável, esse é o seu lugar! Tendo estas certezas o salmista desejava com muita ansiedade, o prazer de habitar na Casa do SENHOR. Não só nos dias desta vida, mas também depois. A vida aqui não é a nossa casa. Nossa pátria está no céu diz o apóstolo Paulo (Fp. 3.20).

Portanto, depositamos a nossa confiança no SENHOR. Ele é o nosso Pastor, cuida de cada um de maneira pessoal, pois sem seus cuidados, sem sua proteção estaremos vulneráveis aos ataques dos lobos ferozes, sem seu cajado para nos guiar não encontraremos caminho seguro  neste mundo. Ele é o nosso Pastor! Amém.