terça-feira, 25 de março de 2025

TEXTO: IS 12.1-6

TEMA: VAMOS CANTAR LOUVARES AO NOSSO DEUS!

Este texto de Isaias é um cântico de agradecimento e louvor. Ele foi entoado quando o povo de Judá vivia no pecado e praticava maldade perante Deus. Diante desta triste realidade, o povo não era abençoado. Ao contrário, Deus lhes trouxe calamidade, castigo, miséria e sofrimento. No entanto, o profeta anuncia uma mensagem de esperança e de conforto ao povo que vivia nesta situação no cativeiro babilônico. Deus haveria de libertar seu povo de uma situação de opressão e conduzi-lo de volta para casa, para junto de si. Sendo assim, ele anuncia a restauração, pois a ira do Senhor foi retirada, o perdão foi oferecido e o Messias foi anunciado. Agora, o povo é convidado a cantar louvores ao Senhor. Cantar louvores ao Senhor, foi a forma expressiva do povo ao agradecer a Deus pela restauração. 

Também somos convidados a cantar louvores ao nossos Deus. Mas por que devemos cantar louvores? O profeta enumera os motivos pelos quais o povo deveria cantar louvores ao Senhor.Sendo assim, ressalto dois motivos: primeiro, porque o Senhor é o Deus da salvação. Era justamente no Senhor que o povo podia buscar ajuda, socorro, salvação e força. Uma vez que Deus é salvação, o povo estava seguro e aprendeu a confiar. Segundo, porque Deus fez coisas grandiosas ao seu povo. Na Bíblia há diversas narrativas de como Deus agiu de forma maravilhosa em benefício de seu povo e de outras pessoas individualmente. Tudo foi registrado para que o povo pudesse sempre lembrar o que Deus fez.  Da mesma forma, Deus tem feito muitas coisas nas nossas vidas, na vida das nossas famílias, na vida dos nossos amigos, no nosso trabalho. Deus sempre fez, faz e fará grandes coisas por nós.

Isaias inicia o cântico com a expressão: Naquele dia. É uma época ou período determinado para a ação de Deus dentro da história, que possui um significado escatológico e se refere ao grande dia da manifestação final da justiça de Deus. Esta expressão, o profeta já havia mencionado no capítulo anterior, referindo-se o tempo do Messias, quando os efeitos de seu reinado serão vistos em toda parte. “Naquele dia” também aponta para o futuro quando Deus cumprirá a Sua promessa de salvação, e haverá grande alegria. Isto significa que o Senhor salvaria Seu povo, não pela espada e guerra, mas por meio do sofrimento de Seu Filho na cruz. Este será o momento em que todos louvarão a Deus pelo o que Ele fará pelo seu povo. E, por ocasião “daquele dia”, o povo estará confiando não em homens, mas em Deus, na ajuda que virá: salvação, libertação, ajuda, bênção e restauração.

O profeta Isaias havia anunciado ao povo sobre a restauração, pois a ira do Senhor foi retirada, houve arrependimento e o perdão foi oferecido. E ao ser restaurado, o povo recebe o consolo: “E tu me consolaste” (v.1c). Também precisamos de consolo, pois nos sentimos abandonados em que a tristeza tem ocupado a nossa vida, gerando dor, desolação, dificultando uma vida de paz. É gratificante saber que Deus sempre nos consola e nos conforta em meio às tormentas, nos consola diante dos mais variados tipos de sofrimentos: perdas, incontáveis, decepções, frustrações, separações e dores.  Diante desta triste realidade, temos o consolo: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Sl 34.19). Também nos lembram o texto de Isaías 40: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados.” (vv.1 e 2). Por isso, havia motivos para cantar louvores a Deus.

Com a ira de Deus retirada, todo o louvor, o cantar, o exaltar, o jubilar, a imensa alegria do povo se resume nas palavras: “Eis que Deus é a minha salvação”. (v.2a). O termo salvação significa um grito, um clamor por socorro, ajuda, ou seja, eis que Deus é o meu socorro. Ele tornou o meu socorro.  Ele é a salvação, ajuda e força. Uma vez que Deus é salvação, o povo estava seguro, e aprendeu a confiar. A confiança em Deus era fator imprescindível para alcançar tantas vitórias e celebrar com alegria: “confiarei e não temerei no Senhor.” (v.2b). A primeira certeza que o povo de Deus tinha sobre a salvação era confiança. O confiar denota o que é firme, uma segurança em Deus. A segunda certeza, não ter medo. Havendo confiança em Deus. não havia motivos para temer a ira de Deus. O próprio Isaias afirma: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”. (Is 41.10). Confiando no Senhor não havia mais espaços para murmuração, críticas, medos, blasfêmias, brigas, discórdias. Tudo isto era motivo de alegria, regozijo e cântico.

No entanto, uma vida de alegria na presença do Senhor, sempre estará condicionada à disposição diária em firmar aliança com Deus. Por isso, o povo precisava renovar constantemente esta aliança, buscar força e viver na esperança da vinda do Messias. Mas onde buscar esta renovação. O profeta Isaías declara: “Vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação.” (v.3). As “fontes da salvação” não são poços comuns, mas fontes que nunca secam. Isaías comparou a salvação de Deus a uma fonte da qual pode ser tirada a mais refrescante de todas as águas. E quem é a fonte de salvação? É Deus. Deus oferece ao seu povo água cristalina, porque anteriormente Israel havia abandonado Deus, e passou cavar suas próprias cisternas, tentando saciar sua sede em outros lugares. Esta promessa do Senhor, para um povo arrependido de seus pecados, é da mais rica e gloriosa na vida do povo. Agora, o povo não precisaria mais buscar águas em fontes vazias e secas, mas na verdadeira fonte: Deus.

Muitos, porém, não estão tirando mais águas das fontes da salvação. Estão tirando de fontes de águas paradas, águas sujas, poluídas. Israel, como povo de Deus, havia abandonado o Senhor Deus, andando em rebelião, em vaidade e em leviandade para cavar suas próprias cisternas, tentando saciar sua sede em outros lugares (Jr 2.13). Devemos sempre ter o cuidado para ir à fonte certa. Por isso, precisamos conhecer a verdadeira fonte que brota a água que vai saciar a nossa sede. Aquela de onde brota um só tipo de água: águas de salvação. Jesus é a fonte da salvação que sacia a sede de todos aqueles que o buscam sedentos e cansados. Quando lemos nas páginas dos evangelhos, notamos a confirmação das promessas de Deus: Em João 4.13,14, Jesus, referindo-se a uma fonte, disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”. E ainda: “Aquele que tem sede venha a mim e beba”. (João 7.37).                                                                          

Todas as nações, agora, precisam saber o que Deus tem feito em salvar e resgatar o seu povo. O povo não deve manter as bênçãos de Deus para si mesmos. Por isso, todos juntos “aquele dia” devem, primeiro: “dar graças ao Senhor”. (v.4a). Dar graças ao Senhor significa agradecer pelas bênçãos recebidas. Vejamos a recomendação do Apóstolo Paulo: “Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Tessalonicenses 5.18). Em segundo, invocar nome do Senhor. (v.4b). O que é invocar? A palavra hebraica usada para invocar significa: “bradar, clamar, gritar”. Em grego, a palavra invocar refere-se a “invocar uma pessoa”, “chamar uma pessoa pelo nome”. Esta deveria ser atitude, porque não há outro nome na face da terra, no qual podia encontrar salvação. Em Atos 4.12 diz “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.

Em terceiro, “manifestar os seus feitos do Senhor” (v.4b) entre as nações. Na Bíblia há diversas narrativas de como Deus agiu de forma maravilhosa em benefício de seu povo e de outras pessoas individualmente. Tudo foi registrado para que o povo pudesse sempre lembrar o que Deus fez. Vejam a atitude do salmista: “Recordarei os feitos do Senhor; recordarei os teus antigos milagres.” (Salmo 77.11). Por fim, o povo deveria declarar que “excelso é o seu nome”, (v.4c). Deveriam relembrar que seu nome é admirável, deveriam honram pelo tipo de Deus que Ele é. Isto significa que o caráter de Deus deve ser exaltado perante o mundo, para que as pessoas em todos os lugares percebam que Ele cumpre Suas promessas. Portanto, todas a nações deveriam conhecer o Senhor que concedeu salvação ao povo.

Temos uma ordem missionário dado por Jesus, para que todos manifestem os seus feitos e proclamem o seu nome a todas as nações: “Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8). A ordem de Jesus Cristo é muito clara. Significa que cada cristão deve ser uma testemunha das obras de Deus neste mundo. Ocorre que a manifestação dos feitos, e a proclamação do nome de Deus, não podem ser confinadas às paredes dos nossos templos. Isto significa que cada cristão deve ser uma testemunha das obras de Deus em todos os lugares, vivendo e anunciando a mensagem de nosso Senhor. Esta é a nossa missão. Sermos testemunhas de Jesus onde for possível. Vamos testemunhar com alegria  o nome do Senhor! Que o Senhor Jesus nos ajude! Não esqueçamos, no entanto, que para que nosso testemunho seja eficaz, precisamos do poder do Espírito Santo. Que ele venha ao nosso socorro e nos impulsione para que sejamos verdadeiras testemunhas.

Há um outro motivo que levou o povo a cantar louvores com alegria ao Senhor, um modo maravilhoso para espalhar as boas novas do poder e da graça de Deus em um mundo escuro e sombrio: “porque fez coisas grandiosas” (v.5b). As “coisas grandiosas” que Deus fez na sua majestade divina clamam por cânticos de louvor acompanhados por instrumentos musicais. Estas canções não devem ser cantadas em particular, mas em público, de modo que o mundo inteiro saiba, que o Senhor fez coisas grandiosas na vida do povo. Ele devastou o Egito com as dez pragas para libertar o seu povo; abriu o Mar Vermelho para o seu povo passar e fechou o para destruir o exército de Faraó.  Mandou o maná para alimentar o seu povo no deserto e fez sair água da rocha para saciá-lo. Este é o Deus que o povo deveria cantar louvores. O Deus que salva, livra e cuida.

Da mesma forma, Deus tem feito muitas coisas nas nossas vidas, na vida das nossas famílias, na vida dos nossos amigos, no nosso trabalho. Deus sempre fez, faz e fará grandes coisas por nós. Ele nos salvou, foi uma grande coisa que Deus fez por nós. O seu amor e cuidado em todas as situações dramáticas das nossas vidas, situações que tiraram noites de sono e, muitas vezes, nos deixaram sem esperança para continuar com nossos sonhos e projetos, ou seja, no casamento em crise, nas crises financeiras sem fim, crises na saúde – e o Senhor nos resgatou de todos eles. Temos um Deus maravilhoso, que não mede esforços para nos ajudar. Que coisas você gostaria que Deus fizesse por você? Quais são as coisas grandiosas que Deus tem realizado em sua vida?

Portanto, a grandeza do “Santo de Israel”, que está no meio do povo, requer exultações e cânticos, isto é, um grito de alegria, uma vez que foi restaurado. Mas não era uma alegria comum e tão fugaz que o povo sentia. Mas era um sentimento muito especial, pois provém do Senhor, dando a firmeza e convicção do encontro com Deus. Por isso, o povo deveria gritar, cantar para que o mundo ouvisse Deus e a sua salvação. Ele estava irado conosco, mas,agora, não está mais. Ele perdoou os nossos pecados. Ele, gora, habita em nosso meio. É a presença de Deus junto ao Israel restaurado. Somente Deus poderia ter realizado a obra da restauração de seu povo.

Estimados irmãos! Vamos cantar louvores ao Senhor! Ele é o Deus da nossa salvação. Ele fez coisas grandiosas. Por isso, estamos alegres. Amém!

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