TEXTO:
MT 21.1-11
TEMA:
SAUDEMOS O NOSSO REI JESUS!
Em muitos lugares na
antiguidade, era costume cobrir com ramos o caminho à frente de alguém que
merecesse grandes honras. Essa era a maneira comum que os súditos prestavam
honra a um rei quando se aproximava de uma cidade montado num cavalo.
Em
nosso texto, acontece algo idêntico. Jesus entra em Jerusalém onde é aclamado
pelo povo ao saudar com vestes estendidas em seu caminho e ramos que lhes eram
lançados como saudação. Ele entra triunfalmente em Jerusalém, não como um rei
guerreiro. Não como os grandes reis e conquistadores triunfantes depois
de uma batalha, ou de um cortejo real cheio de luxo mostrando seus escravos e
conquistas. Não como um conquistador militar ou libertador político. Mas como
um rei humilde que veio para reinar sobre a sua igreja. Como um monarca que vem
em paz, como príncipe da paz. Aquele que veio libertar a humanidade do pecado,
da morte e condenação eterna. Todos estes aspectos demonstram que o seu reino
não é terreno, mas espiritual.
Estimados irmãos! Neste
domingo, estaremos comemorando o dia denominado de “Domingo de Ramos”. É o
momento em que estaremos recordando a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém,
saudando o nosso Rei Jesus. Temos dois motivos para saudar o nosso Rei Jesus:
Primeiro, porque Ele é o nosso
verdadeiro Rei e merece toda a nossa honra, glória e louvor. Segundo, porque
Ele veio nos salvar como verdadeiro Rei.
Era
domingo, Jesus estava a caminho rumo à grande cidade de Jerusalém. Não era a
primeira vez que Ele ia a esta cidade. A Escritura registra seis visitas que
Jesus fizera antes de sua entrada em Jerusalém, pela última vez. Entretanto,
esta entrada em Jerusalém, era uma ocasião especial. Jesus entraria para
iniciar o seu sofrimento, a finalidade principal de seu reino. Entraria para
salvar a cidade e seus moradores, chamando-os ao arrependimento. Por esta
razão, Jesus faz sua entrada publicamente na cidade, fazendo com que o povo
aclamasse e falasse da grande missão que o levava até ali.
De
acordo com a finalidade e a importância de sua presença em Jerusalém, ao
contrário das vezes anteriores, cogita de preparativos especiais para sua
entrada. Ele se aproxima com seus discípulos de Jerusalém. Eles estavam no
monte das Oliveiras, e dali contemplavam Betfage e Betânia, duas pequenas
aldeias antes de Jerusalém. Betânia fica na encosta Sul do monte das Oliveiras, ao
passo que Betfagé se localizava provavelmente na encosta Ocidental do monte das
Oliveiras, logo do outro lado do ribeiro de Cedrom em Jerusalém. Era
praticamente uma extensão da própria Jerusalém.
Antes
de chegar a Jerusalém, Jesus escolhe dois discípulos para enviá-los a Betfage.
Neste lugar os discípulos encontrariam uma jumenta e com ela, um
jumentinho. O Senhor não disse que precisava de qualquer animal, mas mostrou um
específico, e disse que precisava daquele animal; nenhum outro serviria. E
a ordem de Jesus era muito simples: “Desprendei-a e trazei-mos” (v.2). Jesus dá
uma demonstração, uma ideia de seu inesgotável poder de realizar qualquer coisa
aos olhos humanos. Ele não hesita em mostrar aos discípulos quem Ele era. Ele
mostra através de suas palavras grande autoridade, pois é o Senhor quem fala e
autoriza. Por isso, não há qualquer questionamento da parte dos discípulos. Eles
simplesmente obedecem à ordem do Senhor. Mas algumas pessoas questionaram: O
evangelista Mateus descreve de forma enfática: “O Senhor precisa deles.”
(v.3) Literalmente: “O senhor necessita deles”. Marcos afirma: “Que
fazeis, soltando a jumentinha? Os discípulos responderam: conforme as
instruções de Jesus (11.6). E de fato, tudo ocorreu como Jesus tinha
dito.
Os
discípulos encontraram os animais e, sem problemas os trouxeram. Colocaram em
cima dele as suas vestes e Jesus montou. Jesus se prepara para entrar em
Jerusalém de forma humilde, manso, brando, pacifico. Esta foi a maneira como
Jesus entrou em Jerusalém. Não como os grandes reis e conquistadores
triunfantes depois de uma batalha, ou de um cortejo real cheio de luxo
mostrando seus escravos e conquistas. Não como um conquistador militar ou
libertador político. Mas como um rei humilde que veio para reinar sobre a sua
igreja. Como um monarca que vem em paz, como príncipe da paz. Todos estes
aspectos demonstram que o seu reino não é terreno, mas espiritual.
Aquela
entrada triunfal era um momento de jubilo, alegria e de louvor ao Senhor. Os
discípulos e numerosa multidão rendiam homenagens espontâneas a Jesus, que se
encaminhavam triunfalmente a Jerusalém, preparando-lhe uma passagem ou caminho
com as próprias vestes e com ramos que cortavam de árvores e espalhavam pelo
caminho. Era o delírio do povo gritando, clamando em alta voz: Hosana! A
palavra Hosana em hebraico é אהושענ (hoshana) significa salve-nos, por
favor, ou salve-nos agora, te imploramos. Esta
expressão encontra-se na Salmo 118.
No
período pós-exílio, este Salmo foi incorporado à liturgia de dias festivos. Por
ocasião das principais festas judaicas, os peregrinos que chegavam a Jerusalém
podiam ser saudados com esse Salmo. O povo clamava um pedido de socorro a Deus.
A libertação orquestrada por alguém que viria da parte de Deus: “Bendito é o
que vem em nome do Senhor!” (v.26a). Parece que tanto o salmista como os judeus
em geral tinham a esperança da chegada de um rei eterno (Mq 5.2) que promoveria
restauração plena para Israel (Mq 5.3,4) e para o mundo (Mq 4.1-4). Sendo
assim, o salmista convida o povo a celebrar este momento adornando a festa: “O
Senhor é Deus, ele é a nossa luz; adornai a festa com ramos até as pontas do
altar.” (v.27). Essa festa era um tipo de parada ou procissão festiva, quando
as pessoas se reuniam e caminhavam pelas ruas dirigindo-se ao templo, onde
finalmente começariam as celebrações religiosas relativas à Páscoa, momento em
que afirmavam enfaticamente seu relacionamento pessoal com seu salvador: “Tu és
meu Deus! Queremos te exaltar porque a sua misericórdia dura para sempre!”
Em
nosso texto, a palavra Hosana ὡσαννά (hosanna) significa grito
de exaltação ou adoração entoado em reconhecimento ao messianismo de Jesus em
sua entrada em Jerusalém; exclamação de louvor a Deus.
Esse é o significado dela também nos tempos atuais. Foi a forma como o povo
saudou Jesus. Esta deve ser a nossa atitude: Saudar Jesus com o mesmo
entusiasmo, alegria e louvor. Juntar a nossas vocês e cantar: “Bendito o
que vem em nome do Senhor!” O Rei dos Reis, que chora para
trazer-nos a salvação. É este Rei Jesus que nos convida para acompanharmos
todos os seus passos. É a Ele que devemos dar a nossa honra, glória e louvor.
A entrada de Jesus em
Jerusalém foi coroada de entusiasmo e empolgação. Jesus montado num jumentinho
é recebido com honra como um rei. O
povo saudou Jesus com “Hosanas”. Mas à medida que a procissão ia se
aproximando, vagarosamente, a cidade alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? (v.
10). Era a pergunta que corria de boca em boca, especialmente entre os
peregrinos. Sim, quem é este que hoje entra em Jerusalém em marcha triunfal,
aclamado pelo povo numa exaltação como a história da cidade não registra há tempos? Quem este Rei
que devemos prestar honra e louvor neste período de advento?
Este
é o Reis dos reis, o Senhor dos senhores. É o Rei do poder e da glória,
santidade e justiça. É o rei que governa este mundo turbulento em que vivemos.
É um Rei que morreu por nós, entregou-se humildemente naquela cruz, suportou
toda ignomínia, toda humilhação, todas as chicotadas, blasfêmias, acusações,
provocações, traições, abandono, tudo para nos salvar. É um Rei justo. Ele nos
justificou ao morrer em nosso lugar, pois não tínhamos como nos
justificar de nossos pecados, nosso destino era a condenação eterna no inferno.
Sendo assim, Ele tomou o nosso lugar e pagou esse preço. Ele usou o próprio
sangue que Ele derramou para pagar o preço da nossa justificação. Ele deu a Sua
própria vida! Ele padeceu por nós na cruz do Calvário para que fôssemos feitos
justiça de Deus. Morreu, ressuscitou, e agora se encontra com o Pai.
Estamos
aguardando a Sua vinda, para recebe-lo com o mesmo ardor e entusiasmo com que
Jerusalém o recebeu, juntando as nossas vozes: “Hosana ao Filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas. Mas será que
estamos preparados para a vinda do Messias neste período de Advento? Pensemos
por um momento no que significa Advento, neste período que estamos aguardando a
vinda de Cristo, uma vez que muitas pessoas desconhecem o significado deste
maravilhoso período que estamos vivendo. Muitos comemoram este período com muitas
bebedeiras e comilanças. Quando na verdade é um período de esperança. Tempo de
crer e confiar que o Senhor irá realizar suas promessas para nossas vidas.
Tempo de iniciar uma nova caminhada, andando nos caminhos do Senhor. Tempo de
aguardar a vinda do Senhor.
Estimados irmãos! Precisamos
resgatar este verdadeiro sentido. Por isso, vamos nos preparar para receber o
Senhor, a fim de escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé
na presença do Filho do homem. De que forma? vigiando e vivendo uma vida
santificada neste mundo. Que Deus conceda a cada um abençoado tempo de Advento
e que busquemos cada dia viver na paz que vem daquele que em meio à humildade,
nasceu por todos nós. Vamos saudar o Filho de Deus! Ele merece o nosso louvor,
honra e gloria. Ele nos salvou. Vamos abrir as portas dos nossos corações para
que Cristo entre! Amém!