TEXTO: TG 5.7-11
TEMA: SEJAMOS
PACIENTES ATÉ A VINDA DE JESUS!
Diante destas situações, que geram tanto
sofrimento, vamos entender o que é paciência. Paciência
é a virtude de permanecer firme diante da dificuldade. É esperar, suportar,
manter o ânimo otimista em meio ao colapso. É ter disposição que não se abater
nem mesmo diante das piores catástrofes da vida. Suportar com paciência,
esta é a recomendação de Tiago! Mas até quando? Por quanto tempo? Ele responde:
até a vinda do Senhor! O que Tiago está dizendo é que a vinda do Senhor porá um
fim a tudo isso. Já que Deus irá intervir para trazer solução às injustiças
sofridas pelos justos. Sendo assim, ao sofredor cabe a prática da paciência.
Ele deve exercer a paciência sem desanimar, isto é, não importa o quanto a
situação perdure, deve ter paciência até a vinda do Senhor.
No entanto, já se passaram muitos anos
depois que a vinda do Senhor foi anunciada. E diante desta demora alguns
duvidam da validade das palavras de Jesus acerca de sua volta. Mas qual deve
ser a atitude do cristão com respeito a esta demora? Tiago nos alerta a não
desanimarmos, vivendo sempre na expectativa de que o Senhor irá se manifestar a
qualquer momento. Enquanto aguardamos, devemos fortalecer o nosso coração.
Perseverar na fé em Cristo em toda e qualquer situação. Por isso, sejamos
pacientes até a vinda de Jesus!
Tiago exorta seus irmãos a terem paciência diante dos sofrimentos, humilhações injustiças e opressões impostas pelos ricos que os maltratavam. (Tg 5.1-6). Ele afirma: “Sede, pois, pacientes, até a vinda do Senhor.” (v.7a). Neste versículo, Tiago usa o termo grego μακροθυμέω para definir sobre a paciência. Significa esperar, suportar, manter o ânimo otimista em meio ao colapso. É ter disposição, não se abater nem mesmo diante das piores catástrofes da vida. Essa é uma virtude que todos aqueles que se declaram cristãos verdadeiros, devem manifestar em suas vidas. O apóstolo Paulo repetidamente ordenou aos cristãos a terem paciência uns para com os outros. Ele instruiu os cristãos de Éfeso a que andassem de modo “digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade (paciência), suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.” (Ef 4.1-3). Escrevendo a Timóteo, Paulo mostrou o exemplo: “e ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente; corrigindo com mansidão os que resistem”. (2Tm 2.24,25).
Tiago exorta os cristãos
a serem pacientes. Ao analisarmos o contexto, ele está reprovando aqueles
ricos, provavelmente são descrentes, que estavam adquirindo suas riquezas por
meio de fraude. Eles estavam se enriquecendo de uma maneira ilícita. Diante desta
situação, alguns fiéis começaram a duvidar da volta do Senhor. Ficaram
impacientes ao esperar esta vinda, pois para eles, parecia uma eternidade. É
evidente que isto não deveria servir de desculpas para possíveis desesperanças,
uma vez que Cristo está às portas para julgá-los. (v.9b). Por isso, deveriam se
preocupar com a vinda do Senhor. Ela é o momento mais esperado pelos cristãos
de todas as partes do mundo. Todos os crentes fiéis desejam muito que o Senhor
Jesus Cristo volte logo e os leve para o lar Celestial, a morada de Deus.
Enquanto aguardamos a volta do
Senhor, Tiago admoesta os cristãos a manterem uma atitude de paciência. Ele nos
ensina que a demora no aparecimento de Cristo, pode levar os homens a duvidarem,
e que Jesus jamais voltará. Por isso, o apóstolo Pedro sentiu a necessidade de
escrever aos crentes a respeito deste assunto. Ele diz na sua segunda carta
3.8: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o
Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia”. Pedro exorta os fiéis
a entenderem os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos dos homens. E
afirma que mil anos para Deus é como um dia. Para nós talvez possa parecer
muito demorada a volta de Cristo.
Diante da admoestação de manter uma
atitude de paciência, Tiago escreve para aqueles fiéis a não desanimar, não
perder as esperanças na volta do Senhor. Para exemplificar esta paciência,
Tiago se utiliza de uma figura bastante comum em sua época, o lavrador: “Eis
que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as
primeiras e as últimas chuvas.” (v.7b). O que o lavrador faz em seu trabalho?
Ele prepara a terra para o plantio. Há todo um preparo e um esforço por parte
do lavrador. Depois de lavrar a terra, ele começa a semeá-la. Então, ele fica
esperando com paciência que a terra produza o precioso fruto do qual depende a
sua vida aqui na terra. Ele espera as primeiras e as últimas chuvas. As
primeiras chuvas eram ansiosamente aguardadas para fazer germinar as sementes
plantadas. As últimas chuvas serviam para amadurecer o fruto precioso.
Para o lavrador, era o seu trabalho um
momento de paciência ao receber o precioso fruto da terra. Ele aguardava,
pacientemente, e não se deixava desanimar. É através desta paciência que Tiago
compara a nossa espera pela vinda de Cristo. Mas de que forma? Tiago afirma:
“Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor
está próxima.” (v.8). Ele recomenda que devemos nos manter firmes, sermos
pacientes e aguardarmos com calma a sua vinda, pois Ele não tardará, voltará, e
tudo será transformado. Enquanto, aguardamos, é preciso aprender a esperar e a
perseverar em fé. Por isso, devemos fortalecer o nosso coração. O termo στηρίζω
(fortalecer) no grego significa tornar firme, estável, apoiar, permanecer. Isso
significa que a paciência é aperfeiçoada numa vida que se fortalece. E como
ocorre isto? Colocando o coração nas mãos do Senhor. E Ele quem fortalece a
nossa vida para suportarmos as batalhas. O Escritor aos Hebreus diz: “É bom que
o nosso coração seja fortalecido pela graça” (Hb. 13.9).
Tiago exorta os irmãos, aqueles pobres que sofriam a extorsão por parte dos ricos. Eles estavam se queixando dos mesmos. Tiago já havia falado sobre este assunto, no verso 11 do capítulo 4. Ele agora, fala novamente: “Irmãos, não vos queixeis uns dos outros…”. (v.9a)”. O verbo queixar, no grego, carrega o sentido de gemer, suspirar, lamentar e murmurar. Desta forma, a frase “não vos queixeis”, indica um momento quando se perde a paciência, e começam as queixas e murmurações contra o irmão. Mas, por que não devemos nos queixar uns dos outros, perguntariam os justos a Tiago? Tiago responde no mesmo verso 9b: “para não serdes julgados.” Sendo assim, quem se queixa, julga as atitudes de outros. Neste sentido, Tiago assevera que tal pessoa não pode esperar outra coisa senão o juízo, haja vista ter assumido a condição de juiz.
Vamos refletir sobre
este assunto! O ato de viver murmurando. queixando, reclamando, contra os
nossos irmãos, também pode nos condenar. E para que não sejamos julgados e
condenados na volta de Cristo, preparemo-nos! De que forma? Examinando o nosso
comportamento, pois Cristo está se aproximando.
Como se Ele estivesse em frente da porta de uma casa, preste a bater:
“Eis que o juiz está às portas.” (v.9c). O versículo expressa o sentido de
chegada a qualquer momento. E aqui se refere a Jesus, a quem, pela vontade do
Pai, foi constituído como único Juiz (João 5.22). De fato, Cristo está se
aproximando.
Enquanto, aguardamos vamos colocar em prática
o nosso relacionamento com os irmãos! Ao invés de murmurarmos, lamentarmos e de nos
queixarmos contra nossos irmãos, devemos suportá-los em amor e ajuda-los a
levar a carga uns dos outros, conforme (Gálatas 6.2). Lembre-se que o nosso
modo de viver como cristão, em qualquer situação, deve ser sempre aquele que
demonstre o amor fraternal, o qual impede a manifestação de queixa contra os
irmãos. Se
o cristão não vive como Jesus ensinou em sua Palavra, mas vive desprezando o
seu irmão, consequentemente, não demonstra o amor de Jesus em sua vida. Por
isso, vivamos como filhos de Deus. Aguardando com paciência a volta de nosso
Senhor e suportando uns aos outros sem se queixar. Suportando em amor conforme
a vontade de Jesus Cristo.
Após esta advertência, Tiago lembra o exemplo dos profetas: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor.” (v.10). Ele nos exorta, nesta caminhada de paciência pela volta do Senhor Jesus Cristo, a olhar para as Escrituras Sagradas. Mais, precisamente, o Antigo Testamento. Ele cita dois exemplos para a nossa vida. O primeiro exemplo são os profetas. Ele diz aos seus irmãos que eles deveriam observar sofrimento e paciência dos profetas. Homens que foram ungidos por Deus para falar ao povo sobre a aliança. Eles enfrentaram os mais diversos tipos de sofrimentos. Profetas, como Elias desenvolveu seu trabalho sob perseguições, sofrimentos, martírio e rejeição. Jeremias foi chicoteado, lançado em uma cisterna. Porém, todos eles têm algo em comum. É que em meio ao sofrimento não abandonaram a sua fé no Senhor. Mas com paciência perseveraram até o fim. Este é o modelo que o Senhor quer que imitemos nos profetas.
Tiago também usa o exemplo de Jó: “Eis
que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de
Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o
Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.” (v.11). Jó foi um exemplo
de firmeza na tribulação. Mesmo reclamando amargamente do tratamento que Deus
lhe dispensava, ele nunca abandonou a sua fé. No meio da incompreensão, ele se
apagou em Deus e continuou a esperar. Ele lutou e questionou, e, algumas vezes,
até desafiou, mas a chama da fé nunca se apagou em seu coração. A firmeza de Jó
foi recompensada. Tiago lembrou seus ouvintes dizendo: “e vistes que fim o
Senhor lhe deu.” Aqui o apóstolo lembra a restauração da sua família e fortuna
(Jó 42.13). Por trás dos sofrimentos havia um propósito divino (Jó 42.5,6). Da mesma forma
que Deus recompensou a fidelidade dos profetas e do próprio Jó. Assim, também
promete recompensar aqueles que permanecem firmes nas tribulações. Tiago diz
que felizes são os perseveram. O objetivo de Tiago é incentivar nos cristãos
uma firmeza fiel e paciente na aflição.
Estimados irmãos! Como é
bom saber que em Cristo é possível ser paciente. Como é bom saber que Ele
fortalece os nossos corações. Como é bom saber que Ele nos dá condições de
perseverar. Como é bom saber que o nosso Deus é um Deus cheio de compaixão e de
misericórdia! Por isso precisamos aprender a esperar e ser pacientes para
vencer cada batalha em nossas vidas. Amém!
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