TEXTO: MT 1.18-25
TEMA: DEUS ESTÁ CONOSCO!
Hoje, estamos
comemorando o quarto Domingo no Advento. Foram quatro semanas de preparação
para celebrarmos a vinda do Messias, ou seja, é o momento quando a Igreja se
prepara para o nascimento de Jesus Cristo, partilhando a fé e a esperança nas
promessas de Deus, e ao mesmo tempo aguardando o Seu retorno. Logo mais, vamos
celebrar o Natal. E a mensagem para este quarto Domingo no Advento são as
palavras do evangelho de Mateus 1.18-24, que nos assegura que a promessa fora
cumprida.
O natal está se
aproximando e certamente concordamos que estamos vivendo numa época de cidades
enfeitadas com luzinhas de todas as cores. De lojas enfeitadas, de propagandas
de produtos nos jornais, nos rádios e nas televisões, de intenso comércio, de
bebedeiras e comilanças. Mas alguém pergunta: isso tudo por um acaso não
representa, não recorda, não lembra o natal? Sim, lembra e pode até
representar, mas não é o natal! E por quê? Porque o verdadeiro Natal é uma algo
bem diferente, mais bonito, mais sublime e importante. O verdadeiro Natal
significa e deve significar que Deus está conosco: no seu Filho que Ele nos deu
e no seu Filho que nos leva a Ele.
Ao relatar o
nascimento de Jesus, Mateus conta que José esteve preocupado com sua esposa,
quando percebeu que ela estava grávida e que o filho esperado não era seu. Foi
um momento dramático em sua vida. Respaldado pela lei judaica, conforme
Deuteronômio 24.1, ele poderia divorciar-se formalmente de Maria, alegando a infidelidade
dela, uma vez que eles já tinham feito uma aliança matrimonial. Embora ainda
não tivessem consumado o casamento, ele poderia ter tomado público o divórcio,
ou ter feito isso de uma forma mais discreta na presença de testemunhas.
No entanto, José
não teve este procedimento. Ele era justo e piedoso. Em toda a narração
bíblica, ele é visto como alguém submisso, tranquilo, diligente em silêncio,
fazendo a sua parte com dedicação e eficiência.
Esta sua característica humilde e discreta está registrada, conforme
lemos no versículo 19: “E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar,
intentou deixá-la secretamente.” Ele não quis expor ou prejudicar Maria, por
isso, preferiu deixá-la. Resolveu
deixá-la para que não fosse acusada de adultério. Ele entendia que aquela
mulher era muito especial. Portanto, soube discernir a situação e a tomou como
esposa.
Enquanto refletia
sobres estas questões, José foi avisado em sonho, sobre o que estava lhe
perturbando: Assim diz o anjo do Senhor: “José, filho de Davi, não temas
receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu
povo dos pecados deles.” (vv. 20 e 21). A ordem do anjo do Senhor é para que
ele entendesse que a profecia do Messias se cumpria na sua vida e na vida de
sua esposa: “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito
pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz
um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus
conosco).” (vv.22 e 23).
Esta profecia fora
dita pelo profeta Isaías cerca de 700 anos. E Deus prometera e a promessa se
cumpriu no dia de Natal. Ele nos amou tanto que nos deu Seu único Filho! Mas
por que veio? Para que veio? Antes de
Deus nos visitar, entrar e ficar conosco, nós não podíamos chegar até Deus e
estar com Ele. Havia uma barreira intransponível. Uma ponte quebrada. O homem
pecou e se afastou de Deus. Separou-se de Deus. Andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos (Is. 53.6). Estávamos trilhando o caminho errado. O
caminho da perdição. Se não fosse o próprio Deus intervir em sua graciosa obra
redentora em Cristo, jamais poderíamos qualquer dia de nossa vida, chegar a
Deus. Não existiria o natal. Não estaríamos hoje aqui reunidos para orar,
louvar e cantar ao nosso Deus.
As Escrituras nos
revelam o motivo da sua vinda. O evangelista João responde com incrível
clareza: “porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto
Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para o mundo
fosse salvo por Ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está
julgado...” (Jo 3.16-18). Eis a resposta: Ele veio para nos salvar, para nos
redimir, para nos libertar dos nossos pecados. Ele veio para nos reconciliar
com Deus e nos dar a vida eterna. Portanto, na presença de Jesus, as cadeias
que nos prendem são despedaçadas, os grilhões quebrados, toda dominação das
trevas cai por terra, toda arma forjada contra nós não prospera. Na presença de
Jesus nossa iniquidade é arrancada de dentro e nossas transgressões são
transformadas em novas bênçãos. Quem está em Cristo é definitivamente uma nova
criação.
Esta é a grande
mensagem do Natal. Mas uma visita que o homem não valorizou e nem valoriza
hoje. Os homens procuram por todos os meios esquecer, negligenciar, deturpar a
visita de Deus e o seu profundo significado.
Procuram esquecer em festejos materiais. Em afirmar que Deus “morreu”.
Em construir o céu aqui na terra. Aonde chegará o homem com tudo isso? Por
isso, hoje somente há Natal nos corações de quem totalmente creem que Deus está
conosco, pois o “verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
De fato, o Deus conosco habitou entre nós. Ele
chegou a este mundo. Neste mesmo lugar em que moramos, plantamos, construímos
nossas casas e esta Igreja. Ele esteve presente entre nós, encarnado na
natureza humana através de seu Filho. Nele Deus se revelou como aquele mesmo
Deus fiel que acompanhou Abraão, Isaque e Jacó: um Deus solidário, que foi ao
encontro das necessidades dos seus para lhes tirar as amarras do medo, da
opressão, da escravidão e para conduzi-los nos caminhos da liberdade. Ele veio
e cumpriu com sua missão. Agora, por meio de Jesus temos acesso a Deus.
Bíblia nos ensina
que não há outro caminho que nos leva ao Pai, a não ser através de Cristo.
Jesus diz em João 14.6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai senão por mim.” Jesus é o único caminho para se chegar a Deus. Somente
através de Jesus Cristo alguém consegue ter um encontro com o Pai. Portanto,
Cristo é o caminho para Deus. Não nasceu nem nascerá outro redentor. Ele é a
única esperança. Ele mesmo diz: Sem mim nada podeis fazer. (João 15.5). E é o
próprio Cristo que testificou esta verdade em João 12.44-46: E Jesus chamou
dizendo: “Quem crê em mim, crê não em mim, mas naquele que me enviou. Eu vim
como luz para todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”
Deus está conosco.
Em sua companhia podemos caminhar confiantes e esperançosos, ainda que as
muitas circunstâncias da vida queiram nos obrigar a desanimar e desistir do
caminho que nos conduz à sua presença. Ele está conosco no seu Filho que nos
leva a Ele. Esta é a verdadeira mensagem que devemos proclamar. Deve ser o
nosso Natal. O Natal não deve apenas representar para nós uma bela história,
mas também um momento para refletirmos acerca da nossa comunhão com o Deus conosco,
pois Deus é o centro de toda a nossa vida. Sendo assim, celebrar o Natal é
celebrar que Deus está conosco, na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Esta deve ser a nossa verdadeira alegria, pois o anjo disse aos
pastores em Belém: Não temais: “Eis aqui vos trago boa nova de grande alegria,
que o será para todo o povo.” (Lc 2.10).
Portanto, deixemos
de lado as celebrações materiais e louvemos neste Natal e em todos os momentos
da nossa vida, o Emanuel, o Deus conosco, o Deus Salvador. Que possamos nos
alegrar mais uma vez com o nascimento de Jesus e a salvação que ele trouxe e
oferece ao mundo para todas as pessoas. Que possamos recebê-lo em nossas vidas,
aceitando a proximidade do Deus Conosco que virá com todo esplendor. Amém
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