TEXTO: Sl 2
TEMA: O REINADO DO UNGIDO DO SENHOR
O salmista havia profetizado sobre a vinda do Ungindo do SENHOR. Fala de um “libertador” que viria para reinar. Embora, o texto não mostra o ser como uma pessoa física, a convicção em torno de sua intervenção salvífica, era esperada para qualquer momento. Outro detalhe é que muitos atribuem a Davi, como sendo o Ungido. Lutero entende que Davi fui um profeta que antevê o reinado do Messias, não diz respeito a Davi, mas aplica-se diretamente a Cristo. Agostinho identifica ,claramente, Jesus Cristo, o Messias esperado. Portanto, o Rei apresentado pelo salmista é identificado com o Ungindo do SENHOR. Deus prometeu que iria enviar seu Ungido, para salvar seu povo (Dn 9.25). Portanto, Ele foi ungido por Deus para cumprir a missão de salvar a humanidade e restaurar o relacionamento entre Deus e os homens.
No tempo de Jesus, o povo de Israel esperava ansiosamente pelo Ungido do SENHOR. Os judeus acreditavam que seria uma figura política e religiosa que iria restaurar a independência e a glória de Israel. Mas o Ungido não veio com esse propósito. Ele veio ao mundo para salvar os homens de seus pecados. Esse salvador seria Jesus, verdadeiro Rei, que governaria neste mundo. Ele veio! Na noite em que Jesus nasceu, os anjos celebraram ! E mais: eles convidaram os pastores de ovelhas nos campos também a celebrar. O grande plano de Deus para salvar a humanidade estava entrando em ação e isso era motivo de alegria.
O Natal é um convite para preparar os nossos corações para receber o Ungido do SENHOR. E lembrar que o nascimento de Jesus é o cumprimento de uma promessa. Antes de Jesus nascer, o profeta Isaías já havia profetizado a respeito da vinda do Messias. Era uma promessa para todos os tempos. (Isaías 9.6), que traria esperança para a humanidade, num contexto marcado pela angústia, dor, sofrimento, opressão, desesperança, escravidão e escuridão. É justamente neste contexto que ocorre o nascimento do Salvador que viria para salvar a humanidade do pecado, pois o mundo se encomtrava nas trevas, corrompido, megulhado no caos. Por isso, é de grande importância que todos os cristãos se preparem para participarem do Natal que se aproxima. Também é de suma importância que a Igreja tenha a grande tarefa de testemunhar sobre o Ungido para o mundo sobre o verdadeiro sentido do Natal.
O autor inicia o Salmo, descrevendo uma revolta das nações. Ele afirma que as nações estavam se amotinando com o propósito de organizar uma insurreição para tramar uma ação maléfica. O próprio salmista se expressa desta forma: “enfurecem os gentios.”(v.1a). A posição do salmista fica mais clara quando ele classifica a atitude dos adversários, isto é, nações e povos, como “coisas vãs” (v.1b). Isto demonstra que “os gentios”, “as nações”, ou povos “pagãos. “se aglomeram para tumultuar. Estão planejando algo com objetivo de causar uma revolta, procurando assumir o controle do mundo, procurando tirar a soberania do Ungido do SENHOR, com a finalidade de assumirem o controle político e econômico do mundo. Fica evidente nas palavras do salmista no versiculo 2: “ Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido.” A palavra traduzida como “Ungido” vem do hebraico מָשִׁיחַ (Messiah). Embora, o Ungido, consagrado e comissionado por Deus fosse uma referência imediata ao rei Davi, como muitos atribuem, não diz respeito a Davi, mas aplica-se diretamente a Cristo.
Enquanto os piedosos meditam na Palavra de Deus, os reis e príncipes, autoridades das nações gentílicas meditam em como conspirar, derrubar, aniquilar o Ungido. O homem expõe planeja e imagina coisas vazias, sem valor neste mundo, pois vive sua natureza caída e distante de Deus. O versículo 3 descreve muito bem a atitude dos homens rebeldes: “Rompamos os seus laços.”(3a). Ocorre que essas autoridades com suas mentes cauterizadas pelo pecado, enxergam o cuidado de Deus como um jugo. Por isso, propõem tirar, arrancar, quebrar os seus laços, ou seja, aquilo que estava preso. Para eles, os laços de amor do Senhor são algemas. E ainda afirma: “sacudamos de nós as suas algemas.”(3.b). O verbo שָׁלַךְ (sacudir) no Hebraico significa lançar, jogar fora soltar, lançar ao chão. E o termo עֲבֹת (algema) significa corda, cabo, folhagem entrelaçada, cabo, corrente. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras, a suas cordas, os ferrolhos que o prendiam. E assim poderiam dizer: "Lance fora o seu jugo.” Trata-se de um grito de liberdade e independência.
A rebelião dos reis e povos contra Deus é uma constante na História. Desde os primórdios, os homens sempre tentaram impor sua vontade contra Deus. E ainda é uma realidade. Os homem se rebelam contra Deus. Eles se unem para tentar destronar Deus e estabelecer seu próprio governo. E ainda tornar-se senhor de suas próprias vidas, e de ter uma vida independente de Cristo quando querem outras explicações para a vida que não seja a revelação divina. A rebelião é um convite para refletirmos sobre nossa própria relação com Deus. É um convite para analisarmos se estamos vivendo de acordo com a sua vontade, ou se estamos tentando impor nossa vontade sobre Deus. É um convite para nos submetermos a Deus e aceitarmos Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Enquanto tais povos se uniam e conspiravam contra o salmista, aquilo que era um risco real para Israel era motivo de risos para Deus: “Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.” (v.4). A força do homem não apresenta nenhuma ameaça para Deus. Ele ri da estupidez humana. Ri daquele que planeja de alguma forma destruir os seus eternos propósitos. Ri e zomba desses homens arrogantes e mortais que se exaltam diante do Eterno. É horrível para esses que se opõem contra Deus. Há momentos que Deus ri da nossa ignorância que insiste em rebelar-se contra aquele que é onisciente e onipotente. Diante do poder de Deus e de sua inegável vitória sobre toda oposição e conspiração contra Deus, Ele não se surpreende, nem se abala, com a revolta da criatura. Ele, sendo o Criador, sabe que a revolta da humanidade os leva à própria destruição. A forma de Deus agir, não tem significado de ridicularizar, apenas demonstra a soberana segurança do Senhor, que conhece todas as coisas, que nada foge de seu controle. Ele sabe que o dia, daqueles que não o amam, que conspiram contra Ele, está chegando ao fim. Eles serão julgados e receberão a divina ira do Rei, Senhor dos senhores.
No entanto, quando desprezamos a Deus, a sua ira será manifestada no tempo determinado contra todo homem rebelde: “Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.” (v.5). A palavra חָרֹון (furor) no Hebraico significa ira, ardor, ardente. Sempre se refere a ira de Deus. Isto significa que qualquer tentativa, mesmo dos mais poderosos da terra, de frustrar o propósito de Deus, resulta na ira divina. Por isso, precisamos sempre lembrar que “Deus é abundante em amor e tardio em irar-se” (Êxodo 34.6), mas chegará o tempo em que Ele chamará os rebeldes para prestar contas. Ele age desta forma, porque não aprova aquilo que não esteja em conformidade com a sua vontade. Ele detesta de forma absoluta o pecado. Há um limite para sua paciência.
No entanto, Deus tinha outros planos contra aqueles que planejavam, meditavam em como conspirar, derrubar, aniquilar o Ungido: “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. (v.6). É evidente que o salmista e seus herdeiros receberam uma promessa divina de que reinariam sobre os israelitas com a bênção do Senhor. Mas, agora, o plano é outro. Ele haveria de נָסַךְ (constituir), ou seja, derramar, consagrar solenemente o Messias, como Rei. É enfático ao afirmar: “eu vou consagrar o meu Rei.” As palavras “meu Rei” se referem, é claro, ao Ungido, o Messias. Mas não seria um rei político que viesse governar Jerusalém. Ele seria diferente dos reis que eram eleitos pelo povo, ou através de sucessão, mas seria pela designação especial e extraordinária do Senhor. E ainda governaria “sobre o meu santo Monte em Sião”, diz o Senhor. Sião é outro nome para Jerusalém, ou seja, o Senhor colocaria seu Rei em seu trono na “colina sagrada de Sião” (Jerusalém). Sede da teocracia, ou a residência de Deus, o lugar onde o povo deveria adorá-lo. (Jo 4.20).
O Filho agora entra em cena interagindo com o Pai e as nações.Agora, não é o poeta quem fala. Não é o salmista, nem qualquer outro rei histórico de Israel, mas é o Ungido do SENHOR: “Proclamarei o decreto do Senhor.” (v.7a). O verbo סָפַר (proclamar) significa contar, declarar, relatar. Este verbo traz uma declaração que o Ungido proclama a razão pela qual o Senhor havia decidido estabelecer o seu Filho como rei em Sião. O Ungido proclama o decreto do Senhor. Segundo a palavra חֹק (decreto) significa apropriadamente algo decretado, prescrito, nomeado, estatuto. Este termo carrega um significado importante na cultura hebraica. Trata-se de um dos sinônimos de Torah, o ensino por excelência. Assim, o decreto constitui que o Ungido virá ao mundo para que todos os povos e nações fossem salvos; reconciliados com Deus. E que voltará para estabelecer seu reino por toda a eternidade.
Nessas palavras, dois pontos merecem destaque:, primeiro, “Tu és meu Filho.” (v. 7b). O dia em que foi ungido rei, o Senhor o declarou ser seu Filho: “Tu és o meu Filho.” Isto traz a declaração que implica eternidade e perfeição. Representa também sua posição de autoridade e poder manifestada por sua ressureição, (At 13.30-33) e ascensão. Em dois momentos cruciais do ministério de Jesus, o Pai afirmou seu amor e paternidade a Jesus para que ele fosse fortalecido e pudesse enfrentar o que vinha pela frente. A primeira, ocorre antes da tentação no deserto e a segunda, antes da cruz. Na hora mais escura da história da humanidade, o Pai garante ao Filho o seu amor e governará o mundo a partir de Jerusalém. Segundo, “eu, hoje, te gerei.” (v.7c). Essas palavras traz a ideia é de coroação, e não de concepcão (ser gerado). Ele é gerado como esplendor da glória do Senhor. Esse “filho gerado” e “ungido” é aquele que possui a autoridade, a força, o poder e a verdadeira legitimidade para governar o mundo. Deus gerou Jesus no sentido que o Filho foi coroado rei e colocado acima de todos. Depois de sua ressurreição, Jesus disse: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28.18).
Davi teve o privilégio de ouvir um diálogo divino em que o Pai convida o Filho a interagir, pedindo as nações como sua herança: “Pede-me e eu te darei as nações por herança.” (v.8a). A herança de Jesus é ser rei sobre todas as nações. Ele é em primeiro lugar Rei de Israel, mas também Rei de toda a terra. Todas as nações do mundo pertencem a ele, e é o único digno de governar sobre todas elas. Todas as nações irão honrar e amar Jesus com sua obediência e de maneira prática o servirão para que todos os seus planos para as nações sejam realizados. Ele tomará posse de todas as coisas em todas as esferas da sociedade. A Ele pertencem todas as coisas, as pessoas, a terra e toda sua estrutura natural e material: “e as extremidades da terra por possessão.” (v.8b). Possessão que dizer terra, propriedade.
O Ungindo afirma também que receberá do Senhor a missão de governar com força: “Com vara de ferro as regerás e as despedaçaras com um vaso de oleiro.”(v.9). Ele governaria “com vara de ferro.” Esta expressão representa o cetro da realeza, o ferro simboliza a força. Evidentemente, não é o emblema do poder soberano, mas um instrumento de correção e punição. E os verbos רָעַע (reger), que significa ser ruim, quebrar e נָפַץ (despedaçar) esmagar, quebrar em pedaços, caracterizam bem sua postura de governo. A esta tipologia, deve ser acrescentada ainda os termos usados nos versos 4: “O Senhor ri e zomba deles”. E ainda no verso 5: “A ira e o furor do Senhor.” Portanto, aqueles que não fizerem a vontade de Deus serão destruídos, pois seu governo será absoluto. Mesmo sabendo que Jesus é o Messias, o Cristo escolhido por Deus, muitas pessoas ainda optam por se rebelar e negar sua autoridade. Isso nos desafia a estarmos sempre vigilantes, para que não caiamos na tentação de rejeitar Jesus como nosso Salvador.
Depois desta visão profética, o salmista retoma à palavra e exorta os reis da terra e seus súditos a se submeterem a Deus. E dá cinco conselhos. Primeiro: “Agora, ó reis, sede prudentes deixai-vos advertir, juízes da terra.” (v.10). Deus oferece uma oportunidade de mudança para que voltem à sabedoria, pois seus comportamentos atuais só trarão ira e condenação. Ele ordena que todos os homens sejam sábios e compreendam que Ele é o único Deus verdadeiro e que o seu Filho é o Senhor e Salvador. Ser prudente é uma pessoa capaz de evitar perigos desnecessários agindo de modo cauteloso. Age de modo sensato, com paciência. Via de regra, é ponderado e calmo. Este deveria ser o procedimento dos reis, porque geralmente os reis não se preocupam com prudência diante dos súditos. Até mesmo aqueles que tinham cargos administrativo (juízos) deveriam ser advertidos. Davi orgulhava-se de que seu reino, ainda que despojado por uma multidão de inimigos, seu reino estava protegido pela mão e poder de Deus. Ele ainda acrescenta que seus inimigos viriam o reino do Senhor se estendendo até os confins da terra. Neste sentido, ele exorta a todos os reis, aos governantes a despirem-se de seu orgulho e a receberem, com mentes submissas, o jugo que Deus impôs.
Segundo conselho: “servi ao Senhor, com temor” (v.11). Parece ousadia o salmista mandar aquele tipo de gente rebelde, hostil, servir a Deus. Mas independente de seu estado, Deus chama as nações para se curvar diante do seu Filho e proclamar a sua santidade. Deus também nos chama a adorá-lo com temor, reconhecendo sua majestade e santidade, um momento que deve ser realizado num clima de alegria e obediência ao Senhor.
Terceiro conselho: “Beijai o Filho, para que não se irrite e pereçais no caminho.”(v.12). Neste versículo há a necessidade de analisar alguns termos. Então, vejamos: a expressão נָשַׁק בַּר no Hebraico traduzida como “beijai o filho,” é uma palavra diferente para “Filho” daquela empregada no verso 7. Aqui é usado o termo בַּר que significa filho, herdeiro. E o verbo נָשַׁק (beijar) literalmente significa “tocar levemente”. O verbo “beijai,” usado aqui refere-se ao costume antigo de beijar pés e mãos dos reis como forma de mostrar reverência, uma prestação de homenagem. Nos tempos bíblicos, o ato de beijar alguém, tocar com seus lábios e nos lábios de outrem (Pd 24.26), a face de outra pessoa, ou, em caso excepcional, até mesmo seus pés (Lc 7.37, 38, 44, 45), servia como sinal de afeto ou de respeito. Portanto, beijar era um gesto de afeição, respeito, amor, lealdade, lamento entre as pessoas achegadas. Momentos que ocorrem no círculo familiar, na adoração, na devoção religiosa, nos relacionamentos, no amor entre os cônjuges, mas também na hora da traição.
Diante do que foi exposto, entende-se que a expressão “beijai o filho,” significa prestar tributo, prestar homenagem, saudar o rei da maneira costumeira (1 Sam. 10.1). Sendo assim, todos os reis e povos são convidados a prestar homenagem ao Ungido. Mas quando havia certa omissão, isto causava insulto ao rei, naturalmente o irritava. (Et. 3.5).Também somo convidados a prestar tributo ao Senhor por tudo que o Ele tem feito e ainda irá realizar.Tributar por causa da sua grandeza, majestade e glória, porque Ele é o Deus Santo, Imutável, Criador dos céus e da terra e de tudo que nele há (Sl 24).
Neste sentido, o salmista mostra que todos os reis e povos recebem duas opções: primeiro uma advertência: “Por que dentro em pouco se lhe inflamará a ira." (v.12a). Literalmente significa: "Porque a sua ira pode se inflamar rapidamente.” Quando reis e governantes não demonstarem lealdade a Jesus Cristo, o Filho de Deus, a ira do Senhor se acenderá. A justiça de Deus não deixará a pecaminosidade humana impune. Dentro de pouco tempo a ira do Senhor se ascenderá para aqueles que se recusarem a prestar homenagem ao Ungido. Isto será quando o dia do juízo de Deus chegar. Então, ninguém poderá escapar (Apocalipse 6.16,17). Segundo, há uma promessa de bênção para os que optarem em obedecer e submeter ao Filho: Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.”(v.12b). Aqueles que creem no Filho são “bem-aventurados”, porque não serão consumidos pela ira do Filho, antes, Nele encontrarão refúgio. Refúgio é um ‘abrigo’, um lugar de segurança e proteção no Ungido. Ele é o refúgio em quem o salmista confia.
Estimados ormãos! Quando falamos sobre o Ungido do SENHOR. nos lembra a amravilhosa história do nacimento de Jesus. Após muitos anos de espera, Jesus nasceu em Belém. Mas antes de Jesus nascer, o profeta Isaías já havia profetizado a respeito da sua vinda. Era uma promessa para todos os tempos. O Ungido do SENHOR prometido no Antigo Testamento, e que o salmista atesta com muita clareza, nasceu numa humilde estrebaria. Ele é o Messias tão esperado pelo seu povo. Quando nasceu foi grande a expctativa. Os anjos cantaram:“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2.14). Os pastores que viviam no campo também se alegram quando ouviram falar sobre o nascimento de Jesus atravé do anjo. Foram e viram Jesus. E quando voltaram glorificarama e louvarama a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.(Lucas 2.20). Simeão foi ao templo e tomou o menino nos braços e louvou a Deus.(Lucas 2. 27 e 28). E a profetisa Ana, “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2.38).
Que momento maravilhoso ao vermos muitas pessoas vivendo na expctativa para conhecer o Ungido do SENHOR. Mas se parássemos para pensar um pouco, perceberíamos que não se vive mais a mesma realidade, que viveram estes personagens. Estamos perdendo a cada ano o aspecto encantador e o significado do nascimento de Jesus. Cada vez mais propensos a apreciar o esquema proposto pela sociedade consumista. Admiramos ao ver estradas e praças das cidades enfeitadas com luzes resplandecentes; admiramos, ao acendermos as velas nas igrejas ou a iluminação do presépio e da árvore de natal nas casas e nas igrejas. Enfim, há muita luz e progresso no campo da ciência, da arte, da técnica e da cultura, mas falta a verdadeira luz nos corações das pessoas.
Não é possivel entender o Natal desta forma! Afinal, esta expectiva comsumista não representa o verdadeiro Natal. O Natal é o momento em que Deus vem a nós, nos visita e nos ama. Esta é a mensagem do Natal: a visita do próprio Deus, o criador dos céus e da terra. O verdadeiro Natal significa e deve significar que Deus está conosco. Por isso, Natal é um convite para preparar os nossos corações para receber o Ungido do SENHOR. Ele traz esperança para a humanidade, num contexto marcado pela angústia, dor, sofrimento, opressão, desesperança, escravidão e escuridão. Portanto, somos convidados a tributar, homenager, dar toda glória e honra ao Ungido do SENHOR, reconhecendo sua autoridade e soberania sobre nossas vidas. Amém!
APONTAMENTO:
O autor deste salmo é anônimo, mas os apóstolos, no Novo Testamento, atribuem-no a Davi (At 4.24-26). Ele pertence à classe dos salmos conhecidos como "reais" ou "messiânicos", ou seja, destaca a supremacia do Ungido.Consiste em quatro estrofes de três versículos cada. Três oradores estão representados: o próprio salmista, o Senhor e o rei. Quanto o conteúdo,este salmo se divide em quatro partes principais: (1) A rebeldia dos homens (vv. 1-3); (2) A reação do Pai (vv. 4-6); (3) A resposta do Filho (vv. 7-9); (4) O apelo aos homens (vv. 10-12).