TEXTO: Sl 2
TEMA: O REINADO DO UNGIDO DO SENHOR
No tempo de Jesus, o povo de Israel esperava ansiosamente pelo Ungido do SENHOR. Os judeus acreditavam que seria uma figura política e religiosa que iria restaurar a independência e a glória de Israel. Mas o Ungido não veio com esse propósito. Ele veio ao mundo para salvar os homens de seus pecados. Esse salvador seria Jesus, verdadeiro Rei, que governaria neste mundo. Ele veio! Na noite em que Jesus nasceu, os anjos celebraram ! E mais: eles convidaram os pastores de ovelhas nos campos também a celebrar. O grande plano de Deus para salvar a humanidade estava entrando em ação e isso era motivo de alegria.
O Natal é um convite para preparar os nossos corações para receber o Ungido do SENHOR. E lembrar que o nascimento de Jesus é o cumprimento de uma promessa. Antes de Jesus nascer, o profeta Isaías já havia profetizado a respeito da vinda do Messias. Era uma promessa para todos os tempos. (Isaías 9.6), que traria esperança para a humanidade, num contexto marcado pela angústia, dor, sofrimento, opressão, desesperança, escravidão e escuridão. É justamente neste contexto que ocorre o nascimento do Salvador que viria para salvar a humanidade do pecado, pois o mundo se encomtrava nas trevas, corrompido, megulhado no caos. Por isso, é de grande importância que todos os cristãos se preparem para participarem do Natal que se aproxima. Também é de suma importância que a Igreja tenha a grande tarefa de testemunhar sobre o Ungido para o mundo sobre o verdadeiro sentido do Natal.
Enquanto os piedosos meditam na Palavra de Deus, os reis e príncipes, autoridades das nações gentílicas meditam em como conspirar, derrubar, aniquilar o Ungido. O homem expõe planeja e imagina coisas vazias, sem valor neste mundo, pois vive sua natureza caída e distante de Deus. O versículo 3 descreve muito bem a atitude dos homens rebeldes: “Rompamos os seus laços.”(3a). Ocorre que essas autoridades com suas mentes cauterizadas pelo pecado, enxergam o cuidado de Deus como um jugo. Por isso, propõem tirar, arrancar, quebrar os seus laços, ou seja, aquilo que estava preso. Para eles, os laços de amor do Senhor são algemas. E ainda afirma: “sacudamos de nós as suas algemas.”(3.b). O verbo שָׁלַךְ (sacudir) no Hebraico significa lançar, jogar fora soltar, lançar ao chão. E o termo עֲבֹת (algema) significa corda, cabo, folhagem entrelaçada, cabo, corrente. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras, a suas cordas, os ferrolhos que o prendiam. E assim poderiam dizer: "Lance fora o seu jugo.” Trata-se de um grito de liberdade e independência.
A rebelião dos reis e povos contra Deus é uma constante na História. Desde os primórdios, os homens sempre tentaram impor sua vontade contra Deus. E ainda é uma realidade. Os homem se rebelam contra Deus. Eles se unem para tentar destronar Deus e estabelecer seu próprio governo. E ainda tornar-se senhor de suas próprias vidas, e de ter uma vida independente de Cristo quando querem outras explicações para a vida que não seja a revelação divina. A rebelião é um convite para refletirmos sobre nossa própria relação com Deus. É um convite para analisarmos se estamos vivendo de acordo com a sua vontade, ou se estamos tentando impor nossa vontade sobre Deus. É um convite para nos submetermos a Deus e aceitarmos Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Enquanto tais povos se uniam e conspiravam contra o salmista, aquilo que era um risco real para Israel era motivo de risos para Deus: “Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.” (v.4). A força do homem não apresenta nenhuma ameaça para Deus. Ele ri da estupidez humana. Ri daquele que planeja de alguma forma destruir os seus eternos propósitos. Ri e zomba desses homens arrogantes e mortais que se exaltam diante do Eterno. É horrível para esses que se opõem contra Deus. Há momentos que Deus ri da nossa ignorância que insiste em rebelar-se contra aquele que é onisciente e onipotente. Diante do poder de Deus e de sua inegável vitória sobre toda oposição e conspiração contra Deus, Ele não se surpreende, nem se abala, com a revolta da criatura. Ele, sendo o Criador, sabe que a revolta da humanidade os leva à própria destruição. A forma de Deus agir, não tem significado de ridicularizar, apenas demonstra a soberana segurança do Senhor, que conhece todas as coisas, que nada foge de seu controle. Ele sabe que o dia, daqueles que não o amam, que conspiram contra Ele, está chegando ao fim. Eles serão julgados e receberão a divina ira do Rei, Senhor dos senhores.
No entanto, quando desprezamos a Deus, a sua ira será manifestada no tempo determinado contra todo homem rebelde: “Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.” (v.5). A palavra חָרֹון (furor) no Hebraico significa ira, ardor, ardente. Sempre se refere a ira de Deus. Isto significa que qualquer tentativa, mesmo dos mais poderosos da terra, de frustrar o propósito de Deus, resulta na ira divina. Por isso, precisamos sempre lembrar que “Deus é abundante em amor e tardio em irar-se” (Êxodo 34.6), mas chegará o tempo em que Ele chamará os rebeldes para prestar contas. Ele age desta forma, porque não aprova aquilo que não esteja em conformidade com a sua vontade. Ele detesta de forma absoluta o pecado. Há um limite para sua paciência.
No entanto, Deus tinha outros planos contra aqueles que planejavam, meditavam em como conspirar, derrubar, aniquilar o Ungido: “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. (v.6). É evidente que o salmista e seus herdeiros receberam uma promessa divina de que reinariam sobre os israelitas com a bênção do Senhor. Mas, agora, o plano é outro. Ele haveria de נָסַךְ (constituir), ou seja, derramar, consagrar solenemente o Messias, como Rei. É enfático ao afirmar: “eu vou consagrar o meu Rei.” As palavras “meu Rei” se referem, é claro, ao Ungido, o Messias. Mas não seria um rei político que viesse governar Jerusalém. Ele seria diferente dos reis que eram eleitos pelo povo, ou através de sucessão, mas seria pela designação especial e extraordinária do Senhor. E ainda governaria “sobre o meu santo Monte em Sião”, diz o Senhor. Sião é outro nome para Jerusalém, ou seja, o Senhor colocaria seu Rei em seu trono na “colina sagrada de Sião” (Jerusalém). Sede da teocracia, ou a residência de Deus, o lugar onde o povo deveria adorá-lo. (Jo 4.20).
O Filho agora entra em cena interagindo com o Pai e as nações.Agora, não é o poeta quem fala. Não é o salmista, nem qualquer outro rei histórico de Israel, mas é o Ungido do SENHOR: “Proclamarei o decreto do Senhor.” (v.7a). O verbo סָפַר (proclamar) significa contar, declarar, relatar. Este verbo traz uma declaração que o Ungido proclama a razão pela qual o Senhor havia decidido estabelecer o seu Filho como rei em Sião. O Ungido proclama o decreto do Senhor. Segundo a palavra חֹק (decreto) significa apropriadamente algo decretado, prescrito, nomeado, estatuto. Este termo carrega um significado importante na cultura hebraica. Trata-se de um dos sinônimos de Torah, o ensino por excelência. Assim, o decreto constitui que o Ungido virá ao mundo para que todos os povos e nações fossem salvos; reconciliados com Deus. E que voltará para estabelecer seu reino por toda a eternidade.
Terceiro conselho: “Beijai o Filho, para que não se irrite e pereçais no caminho.”(v.12). Neste versículo há a necessidade de analisar alguns termos. Então, vejamos: a expressão נָשַׁק בַּר no Hebraico traduzida como “beijai o filho,” é uma palavra diferente para “Filho” daquela empregada no verso 7. Aqui é usado o termo בַּר que significa filho, herdeiro. E o verbo נָשַׁק (beijar) literalmente significa “tocar levemente”. O verbo “beijai,” usado aqui refere-se ao costume antigo de beijar pés e mãos dos reis como forma de mostrar reverência, uma prestação de homenagem. Nos tempos bíblicos, o ato de beijar alguém, tocar com seus lábios e nos lábios de outrem (Pd 24.26), a face de outra pessoa, ou, em caso excepcional, até mesmo seus pés (Lc 7.37, 38, 44, 45), servia como sinal de afeto ou de respeito. Portanto, beijar era um gesto de afeição, respeito, amor, lealdade, lamento entre as pessoas achegadas. Momentos que ocorrem no círculo familiar, na adoração, na devoção religiosa, nos relacionamentos, no amor entre os cônjuges, mas também na hora da traição.
Diante do que foi exposto, entende-se que a expressão “beijai o filho,” significa prestar tributo, prestar homenagem, saudar o rei da maneira costumeira (1 Sam. 10.1). Sendo assim, todos os reis e povos são convidados a prestar homenagem ao Ungido. Mas quando havia certa omissão, isto causava insulto ao rei, naturalmente o irritava. (Et. 3.5).Também somo convidados a prestar tributo ao Senhor por tudo que o Ele tem feito e ainda irá realizar.Tributar por causa da sua grandeza, majestade e glória, porque Ele é o Deus Santo, Imutável, Criador dos céus e da terra e de tudo que nele há (Sl 24).
Neste sentido, o salmista mostra que todos os reis e povos recebem duas opções: primeiro uma advertência: “Por que dentro em pouco se lhe inflamará a ira." (v.12a). Literalmente significa: "Porque a sua ira pode se inflamar rapidamente.” Quando reis e governantes não demonstarem lealdade a Jesus Cristo, o Filho de Deus, a ira do Senhor se acenderá. A justiça de Deus não deixará a pecaminosidade humana impune. Dentro de pouco tempo a ira do Senhor se ascenderá para aqueles que se recusarem a prestar homenagem ao Ungido. Isto será quando o dia do juízo de Deus chegar. Então, ninguém poderá escapar (Apocalipse 6.16,17). Segundo, há uma promessa de bênção para os que optarem em obedecer e submeter ao Filho: Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.”(v.12b). Aqueles que creem no Filho são “bem-aventurados”, porque não serão consumidos pela ira do Filho, antes, Nele encontrarão refúgio. Refúgio é um ‘abrigo’, um lugar de segurança e proteção no Ungido. Ele é o refúgio em quem o salmista confia.
Estimados ormãos! Quando falamos sobre o Ungido do SENHOR. nos lembra a amravilhosa história do nacimento de Jesus. Após muitos anos de espera, Jesus nasceu em Belém. Mas antes de Jesus nascer, o profeta Isaías já havia profetizado a respeito da sua vinda. Era uma promessa para todos os tempos. O Ungido do SENHOR prometido no Antigo Testamento, e que o salmista atesta com muita clareza, nasceu numa humilde estrebaria. Ele é o Messias tão esperado pelo seu povo. Quando nasceu foi grande a expctativa. Os anjos cantaram:“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2.14). Os pastores que viviam no campo também se alegram quando ouviram falar sobre o nascimento de Jesus atravé do anjo. Foram e viram Jesus. E quando voltaram glorificarama e louvarama a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.(Lucas 2.20). Simeão foi ao templo e tomou o menino nos braços e louvou a Deus.(Lucas 2. 27 e 28). E a profetisa Ana, “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2.38).
Não é possivel entender o Natal desta forma! Afinal, esta expectiva comsumista não representa o verdadeiro Natal. O Natal é o momento em que Deus vem a nós, nos visita e nos ama. Esta é a mensagem do Natal: a visita do próprio Deus, o criador dos céus e da terra. O verdadeiro Natal significa e deve significar que Deus está conosco. Por isso, Natal é um convite para preparar os nossos corações para receber o Ungido do SENHOR. Ele traz esperança para a humanidade, num contexto marcado pela angústia, dor, sofrimento, opressão, desesperança, escravidão e escuridão. Portanto, somos convidados a tributar, homenager, dar toda glória e honra ao Ungido do SENHOR, reconhecendo sua autoridade e soberania sobre nossas vidas. Amém!
O autor deste salmo é anônimo, mas os apóstolos, no Novo Testamento, atribuem-no a Davi (At 4.24-26). Ele pertence à classe dos salmos conhecidos como "reais" ou "messiânicos", ou seja, destaca a supremacia do Ungido.Consiste em quatro estrofes de três versículos cada. Três oradores estão representados: o próprio salmista, o Senhor e o rei. Quanto o conteúdo,este salmo se divide em quatro partes principais: (1) A rebeldia dos homens (vv. 1-3); (2) A reação do Pai (vv. 4-6); (3) A resposta do Filho (vv. 7-9); (4) O apelo aos homens (vv. 10-12).
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