TEXTO: SL 31
TEMA: NAS TUAS MÃOS, ENTREGO O MEU ESPÍRITO!
O Salmo 31 é de lamentação. Ele foi escrito, e pode ser dividido em três partes: um pedido de libertação de Deus (versículos 1-13), uma expressão de confiança na fidelidade de Deus (versículos 14-18) e uma declaração de louvor e confiança (versículos 19- 24). Ele é dirigido ao “músico-chefe” ou “mestre de canto.” Mas não sabemos quando foi composto. Alguns intérpretes supõem que foi escrito quando Davi foi perseguido por Saul. Ele estava escondido no deserto de Maon. Naquele local, os homens de Zife, israelitas que pertenciam à tribo de Judá (Js 15.24), aproveitaram a oportunidade e traíram Davi.( 1 Samuel 23.19,20).
É justamente neste contexto que o salmista sente angústia e medo por causa da perseguição de Saul e seu exercito. Nestas circunstâncias , Davi demonstra fé em Deus, o único capaz de oferecer refúgio e proteção. Ele não tinha outro lugar onde pudesse buscar refugio, se não somente em Deus. É justamente nas mãos de Deu que ele busca proteção. Ele explica: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”.
Jesus quando estava na cruz, nos seus últimos momentos, faz uma citação deste salmo. Ele bradou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou. O Senhor havia ficado muitas horas nas mãos de pecadores. No Getsêmani, ele disse aos discípulos: “O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos de pecadores” (Mt 26.45). Jesus sofreu ,horrívelmente, nas mãos de pecadores. Aquelas mãos o agarraram e o prenderam, bateram nele, o despiram, colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça e elas o pregaram na cruz Jesus morreu sendo insultado, com o corpo ferido de morte e totalmente ensanguentado. Contudo, quando chegou ao término de sua missão, Jesus Cristo já não estava mais nas mãos de pecadores. Ele morreu confiante, porque estava nas mãos do Pai. E,assim, pôde dizer: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito!”
Como é maravilhoso entregar a nossa vida nas mãos do Pai. Mesmo que as mãos dos homens venham a nos ferir, o Pai, a seu tempo e a seu modo, vem nos proteger e cuidar de nós com suas próprias mãos. As mãos do Pai não nos deixam entregues às mãos do inimigo. Entregar nossas vidas aos cuidados de Deus é um ato de fé. Significa colocar nossas vidas completamente sob o seu poder, sabedoria e misericórdia, para serem guiadas e preservadas exclusivamente de acordo com a sua vontade. E, se assim o fizermos, o Deus misericordioso promete se responsabilizar totalmente por nós: nos alimentandos, nos vestindo, nos abrigando e guardando os nossos corações de todo o mal. Em circunstâncias como a do salmista, poderíamos nos aproximar de Deus e dizer-lhe com a mesma convicção de Davi: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito.”
No entanto, Davi continua implorando a Deus: “Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa”. (v.2a). O verbo נָטָה (inclinar) significa virar para o lado, curvar-se, abaixar-se. Pela súplica do salmista, a situação não era nada agradável. Por isso, implora ao Senhor por mais atenção em relação ao seu pedido contido na suplica. Ele suplica desta forma, pois o “Senhor é o seu castelo forte, cidadela fortíssima que me salve.”(v.2b). E ainda o Senhor é “uma rocha forte”, isto é, uma casa de rocha (Sl 18.2), e “uma fortaleza” que serve de proteção.(v.3). Isso deixa claro o quanto os inimigos o pressionavam e já estavam tão perto dele.
Como é maravilhoso saber que Deus é o nosso refúgio. Nele encontramos toda força e proteção necessárias quando tudo ao nosso redor parecer ruir. Ele nunca nos abandona, quer chova ou faça sol, quer sopre ventania ou haja calmaria, na doença ou na saúde. Ele também está com seus filhos para lhes fazer justiça, diante dos malfeitores. seja confortando-os no sofrimento, seja livrando-os das suas armadilhas. Como é bom saber e experimentar que ele é a nossa fortaleza; e que estende os seus braços sobre nós, protegendo e preservando nossa vida. Por isso, sempre que estivermos em situação de perigo, vivendo tempos difíceis, antes de perder o ânimo e desfalecer, Deus transforma os nossos desertos num lugar aprazível e o chão ressequido em fontes de água viva. Ele converterá nossa tristeza em alegria.
Davi não tinha outro lugar onde pudesse buscar refugio, se não somente em Deus. É justamente nas mãos de Deu que ele busca proteção. Ele explica: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”.(v.5). A expressão “Nas tuas mãos.” refere-se ao poder, sabedoria de Deus. ou que dá entendimento, que tudo sabe, que tudo pode, pois com suas mãos Deus faz tudo, nem precisa de instrumentos. O verbo פָּקַד (entrego) significa cuidar de, tomar conta, entregar aos cuidados de. E רוּחַ (espirito) significa vento, hálito, mente . Davi foi rejeitado pelos seus inimigos, mas achou conforto e refúgio no Pai. Ele entregou nas mãos de Deus, inteiramente o seu espirito, pois temia as mãos assassinas dos ímpios e perversos.
Ele ainda entrega a Deus com uma fé confiante: “tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade.” O verbo פָּדָה (redimir) significa ser liberto, resgatar, livrar e o conteúdo do termo varia de acordo com a fonte da opressão. O termo hebraico para verdade é אֶמֶת, que significa confiabilidade e fidelidade. Podemos traduzir assim: "Tu és um Deus fiel". Com estas palavras, Davi exprime completa dependência de Deus — sua vida está nas mãos de Deus para que faça o que desejar dela ao entregar o seu espirito a Deus. Quando entrega a Deus, ele confia ,plenamente, na sua ajuda diante de seus inimigo. Isso significa que ele não faz mais planos sozinho, mas os deixa nas mãos de Deus.
Estas palavras do salmista foram proferidas por Jesus, pouco antes de sua morte na cruz (Lc 23.46). Jesus foi rejeitado, traído e negado pelos homens, mas achou conforto e refúgio no Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” Este foi o seu último clamor e, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Na cruz do Calvário, Jesus encarou a morte com tranquilidade, porque confiou naquele que tomaria conta do seu espírito. Entregar seu espírito nas mãos de seu Pai era um ato final de dedicação, de auto-entrega. Ninguém tirou sua vida, seu fôlego de vida. Ele mesmo entrega seu espírito, sua vida, porque recebeu do Pai um mandamento. (João 10.17-18).
Mas o que aconteceu quando o Senhor Jesus entregou seu espirito ao Pai ? E qual o significado dessas palavras para Jesus e para a humanidade? Para Jesus, foi um momento de profundo significado, pois obteve a vitória contra o pecado, o diabo e a morte. Ele veio ao mundo para pagar os nossos pecados, para nos reconduzir a Deus. Somente Ele poderia pagar esse preço em nosso lugar. Agora, há perdão para os pecados, há reconciliação entre o homem e Deus, há uma realidade da vida eterna. Ainda, na sexta-feira da Paixão, Jesus venceu o inimigo que havia nos aprisionado pela sedução do pecado. Derrotou Satanás em nosso favor. Agora, Satanás já está derrotado, juntamente, com todas as suas potestades. Ele, agora, não tem mais poder para nos condenar. Não tem domínio sobre nós, pois estamos vivendo sob a proteção do Senhor.
Quando Jesus ressuscitou, derrotou o último dos inimigos, a morte . Sua ressurreição foi uma verdadeira e total derrota da morte. Ele venceu a morte de uma vez por todas, como Pedro explicou: "Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela" (Atos 2.24). O fato de Cristo ter vencido a morte abriou-se as portas da eternidade, onde estaremos face a face com Deus. Porque sem a ressurreição, não há nenhuma esperança para nós: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados" (1 Coríntios 15.17). Mas Cristo "não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho" (2 Timóteo 1.10). Sua morte foi o meio pelo qual o amor de Deus nos alcançou. Este grande amor está expresso nas palavras de João 3.16: naquele último momento de vida o Senhor entregou-se aos braços do Pai! Ele que sempre esteve amparado pelo Pai neste mundo, que viveu sempre em profunda sintonia com o Pai agora entrega-se confiadamente nos braços do mesmo Pai.
O salmista entregou seu espirito ao Senhor. Ele procede desta forma, porque confia plenamente no Senhor. Ele afirma: “Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no Senhor.” (v.6). O verbo aborrecer significa no hebraico “aquele que odeia”, abomina, detesta, ou seja, aquele que não se entrega a “vaidade mentirosas” (insensatez , tolice). As “vaidades mentirosas” são ,provavelmente, “ídolos”. Alusão para aqueles que participavam da adoração de ídolos. Estes ídolos eram ,frequentemente, representados como falsos – como vãos, ou vaidade, – como uma mentira – em contraste com o que é verdadeiro e real. Detestar os idolos e confiar no Senhor. Este é o pensamento do salmista. É você tem confiado no Senhor ou nos ídolos? Infelizmente, deparamos diante de pessoas que ainda são orietadas pelo romanismo, adoram diretamente a ídolos em suas procissões, e exaltam à virgem Maria como sendo a “mãe de Deus”. A verdade é que muitas pessoas são enganadas por falsos líderes que estimulam essa idolatria de imagens de escultura, talhados em pau e pedra. Elas se esquecem do Deus que os criou, e ignoram as evidências que demonstram que há um Deus de majestade e excelência, que não pode ser adorado por imagens de escultura.
No entanto, o salmista confiava no SENHOR. Além da confiaça, Davi tem grande alegria por causa da benignidade de Deus (v.7). Afinal, Deus conheceu as angustias da alma de Davi, ou seja, Ele não apenas percebeu, mas participou delas. Por isso, Davi agradece a Deus por não tê-lo entregado “na mão do inimigo”, mas, pelo contrário, por ter colocado “os pés em um lugar espaçoso” (v.8). Seria como se salmista estivesse em lugar apertado e Deus lhe tirasse dali, e o colocou em um lugar onde a última coisa que sentisse fosse aperto. Neste sentido, percebemos o quanto o salmista estava sofrendo. E se não fosse a proteção divina, em livrar-lhe de seus inimigos, a consequência seria terrível
No entanto, de forma comovente, Ele suplica ao Senhor, se volta como miserável para a misericórdia e o amor de Deus. Em vez de procurar por “culpados” ou negar seus erros, reconhece que precisa de Deus: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo.” (v.9). Existe uma mudança brusca a partir deste versículo. O salmista passa a demonstrar a situação que estava vivemdo. Ele estava atribulado e triste Passava por um momento de profunda melancolia, no íntimo de sua alma, perdendo suas forças físicas. Sua vida se consumia em gemidos e na fraqueza de seus ossos, sofria as dores mais lancinantes. E ele dá a razão para todo esse estado de sofrmento que estava vivendo: “Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se consomem.” (v.10). Quando afirma, “a minha força, por causa da minha iniquidade,” aqui retrata um sentimento de culpa que contribui para a angústia da mente e do corpo do salmista. E assim, ele não tem mais condições de realizar o seu trabalho, pois “ seus os ossos os consomem.” Ele estava doente. Era um momento de intensa depressão.
E para aumentar os seus sofrimentos, os seus conhecidos, amigos e vizinhos o alienaram, o abandonaram, além de ser ridicularizado e considerado como opróbrio perante os seus adversários. Na verdade, ele foi objeto de escárnio, um horror para os meus conhecidos: uma visão amedrontadora que afasta aqueles que observam a condição do salmista. (v.11). Como esquecido e morto, ou como um caco de um vaso quebrado, o salmista se sente desamparado e rejeitado. (12). Sua angústia só aumenta quando se torna alvo de difamação, cercado por situações de temor, em que conspiram contra ele. ( v.13). Ocorre, que ele não encontrou forças na sua própria alma, e muito menos nas pessoas ao seu redor. Elas rejeitaram, fugiram e conspiraram contra Davi.
Onde Davi encontraria ajuda? Novamente, ele reafirma a sua confiaça no SENHOR: “Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse: tu és o meu Deus.” (v.14). Interessante o pensamento do salmista: demonstra uma fé particular, íntima e pessoal ao confiar plenamente no SENHOR. Davi era um homem de integridade, um adorador, sabia esperar no Senhor e não se desanimava com as lutas do dia a dia (Sl 27.14). Confiava ,inteiramente, no Senhor (Sl 37.3-9). Como está a sua confiança no Senhor? (Sl 37.5). Você tem confiado em Deus com a mesma intensidade do salmista. Tem deixado que Ele resolva os seus problemas? Lembre-se: a confiança gera esperança. Quando confiamos em Deus, temos paz, alegria e coragem. “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.” ( Sl 125.1). Quando demonstramos confiança no Senhor, nada pode abalar a nossa estrutura, pois a confiança no Senhor produz uma firmeza inigualável. É maravilhoso ser protegido!
Davi entendia que seus inimigos podiam tirar tudo que possuia, menos a confiança que tinha em Deus. Além disso, os seus inimigos não podiam afrontá-lo, insultá-lo, ofende-lo, porque ele recebia a proteção do SENHOR: “Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores.” (v.15). Deus através de sua mão o sustentou, levantou, protegeu, livrou, prometeu, conduziu a sua vida. Foram momentos marcados pela mão de Deus, pois sem a mão do Senhor Davi não seria ninguém. Ele sabia de suas fraquezas, por isso, confiava nas mãos de Deus todos os dias. É justamente neste confiança que ele ora e pede livramente das mãos dos seus inimigos e de seus persegudore. Nestas circunstâncias ,Davi demonstra fé em Deus, o único capaz de oferecer o livramento. Ele não tinha outro lugar onde pudesse buscar refugio, se não somente em Deus. É justamente nas mãos de Deu que ele busca proteção. Depender de Deus em tudo, confiar totalmente Nele e ser dirigidos pelas suas mãos deveriam ser os nossos maiores ideais todos os dias da nossa vida.
Da mesma forma, baseado nesta confiança o salmista estava ciente da bondade de Deus. Então, suplica: “Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia.” (v.16). O rosto de Deus voltado em direção a alguém significa sua presença no sentido de um relacionamento próximo e íntimo. Isso só é possível por sua infinita misericórdia. Quando resplandece sobre nós, somos guiados por sua luz. Ele nos mostra o caminho da verdade e nos capacita a viver de acordo com sua vontade. Sua luz dissipa a escuridão do pecado e nos ajuda a discernir o que é certo. A misericórdia de Deus nos sustenta. A misericórdia é o amor compassivo de Deus que nos perdoa e nos restaura mesmo quando não merecemos. Ela é um reflexo de sua graça incondicional. Reconhecer a misericórdia de Deus nos leva a ser misericordiosos com os outros e a viver em humildade diante dEle.
III
No entanto, Davi continua falando da ação de Deus. Ele agradece pela evidência de que Deus o ouviu os seus problemas e lhe respondeu: “Bendito seja o Senhor , que engrandeceu a sua misericórdia para comigo, numa cidade sitiada!” (v.21). O salmista afirma que a bondade do SENHOR se tornou um objeto de admiração e espanto em sua vida, pois SENHOR engrandeceu a sua misericórdia – literalmente, “Ele tornou sua misericórdia maravilhosa.” Tudo o que a passagem necessariamente implica é que Deus lhe deu proteção como se ele tivesse sido colocado em uma cidade fortemente fortificada, onde estaria a salvo do perigo. Isto significa que o SENHOR lhe deu proteção quando suplicou compaixão, perdão dos seus pecados, e ele foi atendido: “ Eu disse na minha pressa: estou excluído da tua presença. Não obstante, ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro.” (v.22). A palavra “pressa” significa apropriadamente correr, fugir, temer, estar aterrorizado. Isto fez com que se sentisse excluído da presença do SENHOR. Mas Deus ouviu a sua súplica quando clamou por socorro. Deus nunca desampara os seus filhos que Lhe pedem a compaixão e o perdão. Se nos aproximarmos dEle com nosso humilde pedido de compaixão, Ele se aproximará de nós com o seu grande amor.
A experiência do salmista mostrou a sabedoria de confiar em Deus em tempos de perigo e angústia, e lançou o fundamento para uma exortação adequada para que outros sigam o seu exemplo. E,assim, ele faz um apelo veemente a todos os que temem a Deus: “Amai o Senhor, vós todos os seus santos.”(v.23a). Este é o maior apelo encontrado na Bíblia: “Amar ao SENHOR.” Amar Aquele que nos amou antes da fundação do mundo. Assim, como Deus nos amou, Ele espera que nós também. Mas como devemos amar a Deus? João nos deixou claro, quando disse: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” (1Jo 5.3). Cristo também afirma: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mt 22.37). A razão aqui atribuída para o amor ao SENHOR é que ele preserva aqueles que são fiéis.(23b).
Entretanto, o salmista parece ter percebido que havia um juiz maior que os homens, que traria à luz à verdade e puniria o que realmente era mal, sem dar ouvidos a acusações infundadas e falsas. Ele preserva os fiéis e pune os orgulhosos, e que este fato constitui uma razão pela qual todo o seu povo deveria confiar nele. Os fiéis são aqueles que colocam sua confiança no SENHOR; aqueles que não desistem em desânimo e desespero em tempo de perigo e dificuldade; aqueles que não o abandonam. Mas aqueles orgulhosos, que usa de arrogância, o SENHOR retribui em abundância o castigo. Portanto, ainda que os ímpios nesse mundo acabem por tirar vantagem dos outros e oprimir os aflitos, o Senhor não permitirá que tal situação seja permanente.
Davi deve ter sentido ação vinda do SENHOR e a proclama aos que estão ao seu redor, dizendo: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração.”(v.24). O salmista encorajou o seu povo. As suas palavras de encorajamento estão além dos conselhos dos livros de auto-ajuda, pois é dito a um grupo bem definido: “vós todos que esperais no Senhor.”(v.24b). Há tantas coisas que esperamos neste mundo, diante do nosso desânimo e cansaço que vivenciamos diriamente. Nestas circunstâncias, muitas pessoas procuram ajuda nas vãs filosofias, no dinheiro e nos vícios; outros olham para dentro de seu interior, e procuram respostas para seus problemas, ao invés de buscar ajuda no próprio Deus .Nesses momentos devemos recorrer ao nosso Senhor e Salvador que Ele nos dará o socorro esperado. Somente o nosso Senhor é capaz de nos tirar das situações difíceis e atender ao nosso pedido de socorro. Foi o que fez Davi. Depois de pensar coerentemente nas possíveis soluções para os seus problemas, Davi chega a uma conclusão magnífica.
Como podemos aplicar este salmo a nossa vida? O salmista expressa sua confiança na proteção de Deus e pede livramento de seus inimigos. Você também pode confiar na proteção de Deus e pedir sua libertação em tempos difíceis. O salmista confessa sua confiança em Deus, dizendo: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Você também pode confessar sua confiança em Deus, sabendo que ele é fiel e o manterá seguro. O salmista pede a misericórdia de Deus e livramento de seus inimigos. Você também pode buscar a misericórdia de Deus e pedir-lhe que o ajude em tempos difíceis. O salmista louva a Deus por sua bondade e fidelidade, dizendo: “Quão grande é a tua bondade, que tens guardado para aqueles que te temem” (versículo 19). Você também pode se alegrar com a bondade de Deus e confiar em sua fidelidade. Enfim, o salmista busca refúgio em Deus, dizendo: “Tu és o meu refúgio, a minha porção na terra dos viventes” (versículo 5). Você também pode encontrar refúgio em Deus, sabendo que ele é um lugar seguro a quem recorrer em tempos difíceis.
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