TEXTO: LC. 16.19-31
TEMA: ONDE PASSARÁ A ETERNIDADE?
Onde você passará o Natal e o Reveillon? Onde passará suas férias ou aquele feriado prolongado? Perguntas como estas são feitas constantemente. Faz parte da nossa cultura ter o interesse em saber onde as pessoas passarão os bons momentos de suas vidas ou as datas mais importantes de nossos dias. Para estas perguntas sempre há uma resposta empolgante, alegre e muito animadora. Sempre há muita preparação, análises para ter certeza de que a viagem de férias vai ser boa mesmo, que a festa do Natal seja marcante ou que um simples final de semana seja prazeroso.
Entretanto, há uma pergunta que está acima de todos estes questionamentos: Onde passará a eternidade? Esta é a pergunta que o homem sempre tentou desvendar, mas nunca foi possível compreender plenamente no que consiste a eternidade – pelo menos não no presente momento. Além disso, ele pergunta: O que há na eternidade? Onde fica? Estarei na eternidade após a morte?
Somente nas Escrituras Sagradas encontramos as respostas. Elas afirmam que marchamos para a eternidade. E é com a morte temporal que a porta se abre para a vida na eternidade, que se decide de imediato o destino eterno do homem. É algo que acontece fatalmente com cada homem. E por mais que ele se rebele, procure afastar de seus pensamentos a ideia da morte, esta terá seu encontro com o homem, na hora precisa que Deus determinar. As Escrituras Sagradas também afirmam que, na eternidade com Deus, receberemos a coroa da vitória. Então, nossa luta terá chegado ao fim, e a dor, o luto, as lágrimas jamais existirão. Não sentiremos fome ou sede. Jamais teremos cansaço ou seremos assolados pela doença, pois estaremos para sempre com o Senhor.
Por esse motivo, devemos nos perguntar: Onde passaremos a eternidade? No céu? No inferno? Esta deve ser a nossa maior preocupação. Lázaro, o mendigo temente a Deus, está passando a eternidade junto de Jesus, em perfeita felicidade. Porém, o rico, que vestia de púrpura e de linho finíssimo, e que rejeitou a graça de Deus, está passando a eternidade junto do diabo, em horríveis chamas no inferna.
O que buscava o homem rico? Qual o alvo, o objetivo de sua vida? Simplesmente o de bem viver, isto porque, era rico, se vestia de púrpura e linho finíssimo. Era um homem que vivia em todo luxo e todos os dias se regalava esplendidamente. Era um homem que desfrutava os bens que possuía. Isto em si não consistia em erro algum. Não é pecado. Afinal, Abraão, Jó, Davi, Salomão também foram ricos. A condenação do rico não lhe foi atribuída porque era rico, mas porque o mesmo não buscava Deus em sua vida. Era avarento, egoísta, apegava-se a si mesmo e ao dinheiro, preocupava com seus próprios interesses, pouco se importava com o pobre Lázaro que vivia na soleira de sua porta. Seu duro coração não sentia nenhuma compaixão. E, assim, havia esquecido de deixar que Deus guiasse a sua vida.
Todavia, não devemos ignorar que a riqueza constitui uma ameaça à vida espiritual do cristão. Endurece o coração para as necessidades espirituais e desvia a mente do homem, colocando em primeiro lugar as suas ansiedades materiais. Com certeza, os bens materiais acabam se tornando um grande impedimento para aqueles que desejam a vida eterna. No dizer de Jesus não há como servir a Deus e ao mesmo tempo amar e servir as riquezas: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a riqueza" (Mt 6.24).
O rico também não levava a sério a sua vida com Deus. Conhecia os ensinamentos do “Pai Abraão”. Pertencia ao povo escolhido de Deus, a nação eleita, tinha a Lei de Deus, os Mandamentos, era filho legítimo de Abraão, mas não viveu os ensinamentos de Abraão, Moisés e os profetas. Ele falhou com respeito ao pobre Lázaro. Fechou sua porta ao faminto e enfermo mendigo. Apenas lhe deu “migalhas”. Faltou compaixão para com o pobre Lázaro. Igualmente falhou com respeito aos cinco irmãos em casa. Não lhes foi bom conselheiro. Não lhes serviu de exemplo. Fê-los trilhar o caminho errado. Por isso, os irmãos que ficaram atrás corriam o perigo de virem para o mesmo lugar.
O rico, agora, se encontrava no inferno no lugar dos tormentos. Aqui, neste mundo tivera lindo enterro, homenagens, encomendas de estilo, nada faltava. Viveu para o mundo, e o mundo solenizou a despedida. E agora? Agora, com a sua morte aumentaram os seus sofrimentos, porque desprezou a mensagem da salvação. Agora, o homem está só diante do tribunal divino, só com Deus a quem havia desprezado. Agora, no inferno, estando em tormentos, revela a grandeza do horror do lugar onde ele estava, e suplica uma gota de água que já seria suficiente para aplacar o seu terrível tormento: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta de seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nessa chama.” (v.24).
Entretanto, Abraão é forçado a dar as más notícias para o rico. Não será possível: “Está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para nó.” (v.26). A resposta de Abraão ao rico é que Lázaro não poderia sair do lugar onde se encontra (Seio de Abraão) para ir até o local onde o rico está (Lugar de Tormento). A verdade é que havia um abismo intransponível entre aqueles dois mundos, impedindo um de adentrar no território do outro. No entanto, quando as palavras de Abraão fazem o homem rico reconhecer a realidade da sua situação, ele pensa nas outras pessoas e diz: “tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” (v.28).
Ocorre que, essa mesma solicitação altruísta não pode ser atendida, pois Abraão diz que os irmãos têm os ensinamentos de Moisés e dos profetas. Mas o homem rico insistiu: “Não, pai Abraão, mas, se algum dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão”. (v 30). O rico reforça os argumentos sobre o pedido que fizera anteriormente. Ele está determinado a salvar os seus familiares de qualquer maneira. O rico entendia que, segundo ele, seria mais eficaz o testemunho de Lázaro se este ressuscitasse e fosse ter com os seus irmãos, do que o de Moisés e dos profetas. Mas Abraão lhe diz a dura verdade: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” (v.31). Se não queriam ouvir Moisés e os profetas, não se deixariam persuadir a abandonar os seus maus caminhos, tampouco pelo testemunho de um morto regressado à vida.
A história desse homem é tão triste. Quantas vezes o rico não deve ter sentido, dentro de si, a voz da consciência, recriminando - lhe o apego desregrado pelas roupas, pelos prazeres excessivos da mesa e, sobretudo, pelo dinheiro. A história desse homem é tão funesta, que deveria estremecer todos aqueles que possuem tanta riqueza, bens, poder, e outras coisas mais que os fazem destacar-se de seus semelhantes, e que nada fazem para ajudar o seu próximo. Cuidado, pois o inferno é uma realidade. É o lugar da separação completa do amor de Deus. É um lugar de dores, martírio, desespero, onde o verme da consciência nunca morre. É o lugar onde há pranto e ranger de dentes, onde o rico exclama: estou atormentado nesta chama! O rico está passando a eternidade junto do diabo em horríveis chamas.
O que buscava o homem rico? Qual o alvo, o objetivo de sua vida? Buscava o bem viver, isto porque, era rico, se vestia de púrpura e linho finíssimo. Era um homem que vivia no luxo. Desfrutava os bens que possuía, e todos os dias se regalava esplendidamente. Isto em si não consistia em erro algum. Não é pecado. Afinal, Abraão, Jó, Davi, Salomão também foram ricos. A condenação do rico não lhe foi atribuída porque era rico, mas porque o mesmo não buscava Deus em sua vida. Era avarento, egoísta, apegava-se a si mesmo e ao dinheiro. Preocupava-se com seus próprios interesses, e pouco se importava com o pobre Lázaro, que vivia na soleira de sua porta. Seu duro coração não sentia nenhuma compaixão. E, assim, havia esquecido de deixar que Deus guiasse a sua vida.
O que buscava o pobre Lázaro? Nada para esta vida, mas tudo para a eternidade. Era um pobre miserável mendigo e esmoleiro, um adoentado, com o corpo coberto de chagas e úlceras. Era um senhor que jazia defronte ao palacete do rico, e que se alimentava das migalhas, dos restos que caíam da mesa do rico. Tamanho era a situação que até os cachorros vinham lamber suas feridas. Não teve enterro pomposo. Teve, sim, morte miserável, como fora miserável a vida que levou, segundo o conceito do mundo. Morreu no desamparo, sem que alguém lhe houvesse prestado assistência ou proporcionado um pouco de conforto.
O que podemos aprender desta parábola? Podemos aprender algumas lições importantes com a parábola do rico e Lázaro. A primeira é que, ao morrer, ambos os homens foram para seus destinos eternos. Eles receberam as consequências de como viveram a vida.O homem rico sofreu as consequências de seu egoísmo e falta de fé. Já o homem pobre, Lázaro, recebeu de Deus o que havia sido prometido em Sua Palavra aos que confiam n’Ele.Essa parábola nos ensina que as escolhas que fazemos em vida têm consequências eternas. Não há como reverter esta situação. Não há mudança ou alteração no além. Aprendemos que o destino eterno de cada pessoa é decidido nesta vida, e jamais poderá ser revertido na era vindoura, nem mesmo pela intervenção de Abraão. Aprendemos ainda que para obter vida eterna, o ser humano precisa viver em plena conformidade com a vontade de Deus revelada através das Escrituras.
Olhando a situação destes dois senhores, eu pergunto: Onde passarás a eternidade? No céu? No inferno? Um dos dois lugares te espera. Tu poderás passar no céu, junto de Deus, dos santos anjos e de todos aqueles que estão com o Senhor. Não precisas ir para o lugar dos tormentos. Deus te espera no céu! Isto só é possível no meditar, no crer da Palavra de Deus. Sabemos que não é fácil nesta vida conservar o rumo para o alto. Dentro de nós e fora de nós há lutas, entre o material e o espiritual, entre o terreno e o celestial, entre o tempo e a eternidade. Porém, Jesus nos mostra o caminho rumo a eternidade. Naquela cruz no Calvário, o Filho de Deus morreu pelos nossos pecados, e depois de três dias no túmulo, Jesus Cristo ressuscitou, e apareceu a mais de quinhentas pessoas diferentes durante um período de quarenta dias! Tudo isto, o Filho de Deus realizou para que não tenhamos de passar nossa eternidade no inferno.
Estimados irmãos! O que Deus fez por nós, através de Cristo, agora, Ele nos dá o privilégio de entrar nos portais eternos de sua glória e contemplar um lugar onde não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Todo nosso sofrimento de hoje não existirá mais, e será transformado em uma glória jamais comparada. É um lugar totalmente puro e santo, pois lá não haverá nada que nos contamine. Estaremos num corpo glorificado e para sempre livres do pecado e da presença dele.
Portanto, cabe a nós responder a pergunta às pessoas e darmos a elas o conhecimento da salvação em Jesus Cristo. Mostrar que só encontramos a resposta nas Escrituras. Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário