TEMA: NÃO REJEITEMOS A CRISTO E NEM OS MENSAGEIROS DE DEUS!
TEXTO: LC 20.9-20
Uma analogia muito utilizada por Jesus em seus
discursos é a que se refere à vida no campo e plantação. Essas figuras eram
muito próprias para ilustrar e tornar claro seu ensino em uma cultura
predominantemente agrária. Aqui, nesta parábola, não é diferente. Usando o
simbolismo de uma vinha e seus agricultores, Jesus narrou, nesta parábola, a
história do relacionamento de Deus com seu povo e sua comunhão. Narra
ainda os mensageiros que foram rejeitados espancados, apedrejados e mortos.
Fala que Deus enviou o Seu Filho amado. Mas os lavradores maus rejeitaram
aquele que é o dono da vinha. Isto significa que os conhecedores da
Lei e os fariseus não aceitaram os ensinamentos de Jesus. Ele foi também
rejeitado pelas multidões que ouviram suas pregações e presenciaram suas obras.
Mas o que fizeram com Jesus? Além de rejeitarem a Sua mensagem, foi açoitado,
desprezado, ridicularizado e o mataram.
Essa atitude revelou
que a nação de Israel precisava ouvir uma mensagem, de um compromisso
permanente com Deus. Também precisamos manter comunhão permanente com o nosso
Deus. Afinal, vivemos em um mundo onde são enviados pregadores,
arautos e mensageiros para anunciarem a mensagem salvadora em todos os tempos e
em todos os lugares. No entanto, o Evangelho de Jesus Cristo continua sendo
rejeitado. Além de ser rejeitada a Palavra de Deus, as pessoas zombam,
desprezam, ridicularizam os mensageiros de Deus. Na verdade, a maioria dos
homens, hoje, tem rejeitado os ensinamentos de Jesus, e resiste ao poder
operador do Espírito Santo. Pensam que não precisam de um Salvador.
Qualquer que seja o motivo pelo qual as
pessoas rejeitam a Jesus Cristo, sua rejeição tem consequências eternas e
desastrosas. Estas pessoas vão ter que enfrentar a eternidade das “trevas” do
inferno onde haverá “pranto e ranger de dentes” Ele dirá: “Lançai-o para fora
nas trevas. Ali haverá pranto e ranger de dentes.” (Mateus 25.30). Jesus é
enfático ao afirmar: “Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem
quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia.”
(João 12.4). Portanto, não rejeitemos a Cristo e nem os mensageiros de Deus!
Estimados irmãos! O texto é enfático ao
afirmar que “certo homem” (v.9), proprietário de muitas terras, plantou uma
vinha e arrendou a lavradores, depois se ausentou do país. Na hora da colheita
enviou seus servos aos lavradores, para receber os frutos que lhes tocava. Mas
os lavradores que haviam arrendado a terra espancaram esses servos enviados
pelo dono. Isso ocorreu sucessivamente, até que o dono das terras enviou seu
próprio filho com a esperança de ser aceito. Na intenção de convencer aqueles maus
lavradores, de que Ele é o dono legítimo da vinha e que lhe devem respeito,
devoção ao seu próprio filho, o legítimo
herdeiro da vinha. Esse filho também foi morto.
O homem aqui mencionado é Deus. Os lavradores representam o povo
judeu, em especial os principais sacerdotes, os líderes religiosos. A "vinha" é comumente usada para descrever a
nação de Israel (Is 5.2), a casa de Israel, a terra da Judéia, a
nação judaica. O filho amado é Jesus. Mateus traz mais detalhes acerca desta
parábola: A cerca (sebe) é a Lei que Deus
deu ao povo, pela qual separou Israel de todos os outros povos. O tanque
(lagar) é a fonte da vida, a promessa da graça de Cristo. A torre de vigia é a
dinastia de Davi. Os servos do rei são os profetas que Deus enviou a Israel
para recolherem os frutos da fé, mas eles foram espancados e mortos.
(21-33-46).
Esta parábola foi contada para os
judeus, e faz lembrar a história do povo de Israel. Um povo que Deus formou
através de Abraão. Que ao longo dos anos, Deus sempre ajudou este povo. Desde a
saída do Egito, Deus demonstrou a sua bondade. Colocou-o em uma terra excelente
chamada Canaã. Expulsou as nações que ali viviam. Deu-lhe leis e ordenanças.
Concedeu-lhe privilégios especiais. Entretanto, o povo de Israel rejeitou esta
bondade de Deus, estes privilégios. E, muitas vezes, se esqueceu de Deus. Não
via o compromisso de servir ao SENHOR e outros povos. Mas Deus sempre teve
paciência. Enviou os profetas, a fim de advertir Israel da sua iniquidade, para
lhe oferecer perdão, para levar o povo ao arrependimento, para chamar atenção à
obrigação assumida. Mas não aceitou a mensagem dos profetas. O que fizeram? Os
israelitas perseguiram e mataram a muitos deles. Tal tratamento é ilustrado nas
vidas de Isaías, Jeremias e Zacarias.
Jesus teve o mesmo
destino que os profetas. Quando, porém, o tempo se cumpriu, Deus enviou o
seu filho. O Filho foi a última oportunidade de Deus: “Enviarei o meu filho
amado, talvez o respeitem” (v.13). O evangelista Marcos assinala ainda mais a
natureza da ação do proprietário: “Restava-lhe ainda o seu filho amado”. (12.6)
Jesus era o Filho único e amado. Deus em seu amor enviou seu Filho unigênito.
Talvez aceitassem a sua mensagem. Mas Jesus veio para o que era seu, e os seus
não o receberam. Foi abandonado pelos que se chamavam os notáveis conhecedores
da Lei. Sendo assim, eles rejeitaram o Messias, o Salvador prometido.
Rejeitaram a pedra angular, que é Cristo Jesus e o mataram.
Embora houvesse fortes
evidências de pessoas que apoiavam a identidade de Jesus como o Messias, a
maioria dos que o viram e ouviram, não acreditou nele. Jesus ficou marcado pelo
sinal da rejeição. Em várias situações, Jesus foi rejeitado pelas multidões que
ouviram suas pregações e presenciaram suas grandes obras. Foi rejeitado desde o início do seu ministério. Encontrou a oposição
das autoridades do seu povo, que quiseram matá-lo (Mc 3.6). Quando
Jesus não correspondeu às expectativas materialistas da multidão, o povo o
abandonou (João 6.66). Em Nazaré foi
rejeitado pelo povo, lugar onde cresceu. (Lc 4-29). Esta rejeição,
o salmista já havia predito: “A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos
olhos” (Salmo 118.22-23).
Diante do exposto, conclui-se que a
nação judaica havia rejeitado o mais importante elemento na construção do
templo espiritual: Jesus Cristo, o Messias. Sobre esta questão, Pedro também
fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém: “Este Jesus é
pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular”
(Atos 4.11). O próprio Senhor Jesus,
na parábola, se identificou como sendo a pedra rejeitada pelo seu
povo. Nesse caso, os líderes judaicos são retratados como construtores da
nação que acabaram por rejeitar a pedra angular. Ele foi rejeitado
pelos governantes de sua época, bem como os construtores de Israel que julgavam
Jesus, como uma pedra inadequada para o tipo de construção que eles queriam.
Jesus deixa claro, qual seria o castigo
para aqueles que rejeitaram a pedra angular. Ele se dirige aos principais
sacerdote e escribas e pergunta: “Que lhes fará, pois, o dono da vinha?”
(v.15). Diz o texto: “Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a
outros”. (v.16a). Marcos: “Ele exterminará aqueles lavradores”. (12.9). Mateus
traz mais detalhes: “Fará perecer horrivelmente a estes malvados e
arrendará a vinha a outros lavradores, o reino de Deus será tirado e será
entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos”. (21.41). Deus tinha
sido longânimo com a nação judaica em sua constante rejeição, mas sua
paciência, agora, tinha-se acabado. E, ainda, lemos no versículo 18 de
Lucas, que todos aqueles que se opõem a
pedra angular, que rejeitam e que continuam impenitentes serão “esmagados” por
Jesus no dia do julgamento e perecerão para sempre: “Todo o que
cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará
reduzido a pó.” Como resultado desta rejeição, o reino de Deus e seu poder são
dados a outros. Àqueles que aceitarem o Evangelho, ou seja, judeus ou gentios.
Assim, pois, Jesus estabeleceria um novo reino, e desenvolveria plenamente a
sua vinha, teria uma grande colheita. Enviaria novos servos, mestres, profetas,
pastores e ministros que produzirão frutos abundantes.
A rejeição continua na atualidade. Deus
designou pregadores, arautos e mensageiros a anunciarem a mensagem salvadora em
todos os tempos e em todos os lugares. Mas o que faz o homem, quando tem a
oportunidade de ouvir a Palavra de Deus? Além de rejeitar a Palavra de Deus,
zombam, desprezam, ridicularizam os mensageiros de Deus. Na verdade, a maioria
dos homens, hoje, tem rejeitado os ensinamentos de Jesus, e resiste ao poder
operador do Espírito Santo. Pensam que não precisam de um
Salvador. Mas Jesus é enfático ao afirmar: “Quem me rejeita, e não
recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado,
essa o julgará no último dia.” (João 12.4). Para outras pessoas, as
coisas que o mundo tem, e oferece são mais importantes e atraentes do que as
coisas eternas. A história do jovem rico é um exemplo. Esse jovem não estava
disposto a perder seus bens terrenos. (Mateus 19.16-23). Qualquer que seja o
motivo pelo qual as pessoas rejeitam a Jesus Cristo, sua rejeição tem
consequências eternas e desastrosas. Estas pessoas vão ter que enfrentar a
eternidade das “trevas” do inferno onde haverá “pranto e ranger de dentes” Ele
dirá: “Lançai-o para fora nas trevas. Ali haverá pranto e ranger de dentes.”
(Mateus 25.30).
Como está a sua vida espiritual? Você
tem aceitado o Filho amado? Tem aceitado a Sua mensagem? Lembrando que Deus nos
chamou para sermos o seu povo amado e eleito que assumiu o compromisso de
entregar os frutos a seu tempo. Como afirma Pedro: “Mas vós sois a geração
eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis
as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz.” (1 Pedro 2.9). Por isso, temos o grande privilégio de sermos
os servos do SENHOR, de sermos o povo de Deus que trabalha na vinha. E por
termos uma relação especial com a pedra angular, devemos viver de maneira
distinta do mundo: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive rejeitada, sim,
pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmas, como
pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo,
a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio
de Jesus Cristo” (1 Pedro 2.4-5).
Estimados irmãos” Não rejeitemos o que
a Escritura Sagrada nos diz de Cristo. Não rejeitemos os servos que são
enviados para anunciar a Palavra de Deus, para não acontecer que venhamos a
rejeitar o amado Filho Deus. E em consequência disso, sermos exterminados e a
vinha, ser passada a outros. Mas prosperemos sua vinha, fazendo isto através da
Sua Palavra e dos sacramentos. Agradeçamos a Deus e mostremos gratidão a ele
pela salvação concedida, através do seu Filho. Amém.