TEXTO: SL 91
TEMA: A NOSSA A
PROTEÇÃO VEM DO SENHOR!
O salmo 91 é considerado um dos
salmos mais conhecido nas Sagradas Escrituras.
Ele é messiânico, ou seja, é uma profecia que
descreve o ministério de Cristo, o seu sofrimento, morte e ressurreição, aquele
que antes de ser introduzido no mundo dos homens estava no esconderijo do Altíssimo.
É anônimo, ou seja, não se sabe quem foi o seu autor. Ele fala da segurança e
proteção que Deus oferece, em meio as aflições, para aqueles que confiam nas
promessas do Senhor. No contexto do salmo há diversos termos que o salmista usa,
como abrigo, sombra, refúgio, fortaleza, cobrir, escudo e assim por diante, que
demostram que Deus é fiel e cuida de seus seguidores. Somos ensinados a
entender que a nossa segurança vem do Senhor, e que Ele jamais nos abandona diante
dos perigos.
Sempre vamos passar por aflições durante
todo o tempo da nossa vida. São aflições que surgem
através de uma doença, desemprego, problemas conjugais, acidentes, mortes,
conflitos, ou qualquer outra coisa que nos venham entristecer. São tantas aflições
que, muitas vezes, sentimos que jamais conseguiremos vencê-las, pois temos a
sensação de que Deus está tão distante. Não está atento aos dramas da nossa
vida. Parece que se esqueceu de nós, ou até mesmo não nos ouve mais. Mas saibam
que o próprio Jesus também sentiu aflições. Ele
soube o que é sofrer. Experimentou,
em vida, o que todos os humanos experimentam. Ele aconselhou os discípulos sobre
as aflições: “neste mundo vocês terão aflições.” (João 16.33). De fato, enfrentaram tantas aflições que foram perseguidos, maltratados, crucificados
e condenas à morte. Mas nunca deixaram de buscar no Senhor a proteção.
Confiaram nas promessas de Deus.
O salmista também viveu momentos de aflições. Ele não ficou preocupado. Não precisou temer "o pavor da noite", nem medo, nem perigo, pois tinha certeza de que Deus poderia fornecer uma habitação segura. Ele teve esta convicção ao afirmar: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo descansa à sombra do Onipotente”. (v.1). O salmista não está falando de qualquer esconderijo. Não se trata de um lugar físico. Não se trata de esconder-se num esconderijo, onde as pessoas não nos vejam. Mas um lugar que transmite a ideia de segurança e abrigo, longe das ameaças. Um lugar “secreto” na presença do Senhor onde há comunhão entre Deus e seu povo, um momento quando buscamos verdadeiramente a Deus em oração. Enfim, o salmista ainda tem esta certeza quando reconhece a grandeza de Deus ao buscar no Senhor o verdadeiro descanso espiritual. Ele diz: “Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.” (v.2). Baluarte traz a ideia de “apoio, de firmeza, de proteção”.
Em que esconderijo
você está? Do desânimo? Da
incredulidade? Do medo? Onde você se
esconde? E suas próprias riquezas, na sua força, fama e prestígio social? A
verdade é que, quando as pessoas seguem este caminho, elas vivem iludidas e
desfrutam de uma falsa segurança, porque estes tipos de esconderijos não são seguros.
Mas somente aqueles que descansam no “esconderijo do Altíssimo”, na “sombra do
Onipotente” encontram alivio, proteção e segurança diante das aflições. Estarão
protegidos contra as armadilhas e doenças mortais. Esta é a conclusão do
salmista: “Ele livrará do laço do passarinheiro, e da peste
perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás
seguro; a sua verdade é pavês e escudo.” (vv. 3 e 4). Deus mostra que livrará os seus
filhos de todo e qualquer mal: da doença, dos perigos do mundo, e ainda irá nos
proteger debaixo de suas asas, como fazem os pássaros com seus filhotes.
Mas quando falamos de armadilha, é
preciso lembrar que todos os dias, desde quando levantamos até dormir, o diabo
arma laço. Usa os mais diversos tipos de armadilhas nesse mundo para nos
destruir, para nos tirar de Deus, para nos trazer infelicidade, para destruir
nossa família. Coloca a nossa disposição coisas atraentes, iscas que realmente
são agradáveis aos nossos olhos. São armadilhas mortais e muito bem camufladas.
E muitos têm caído nestas armadilhas, tornando-se presas de suas artimanhas e
cilada enganosas. Como consequência, a comunhão com Deus é afetada.
Neste sentido, é fundamental
ficar atento, tomando sempre o cuidado necessário para evitar cair nestas
armadilhas. Jesus usou a Palavra de Deus para se defender contra as armadilhas
do diabo. É a Palavra de Deus que nos dá a força para enfrentar as realidades e
dificuldades da vida, que nos dá esperança e garantia da assistência e presença
de Deus. Além disso, precisamos vigiar constantemente. Assim como recomendou
Jesus no Getsemani: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o
espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Fujam dos laços do
inimigo!
Mas, não há
motivos para ter medo, pois o Senhor permanece no controle diante de todas as
aflições que os cristãos enfrentam. Na verdade, estão seguros de toda a
tentação e assalto de Satanás. Estão protegidos diante de uma segurança
constante e contínua de Deus. Situação que ocorre durante à noite quando nos
causam sensações de medo e angustia, quando não conseguimos dormir em paz. Da
mesma forma, a flecha que é lançada durante o dia e nos causa muitos danos,
sofrimentos e perdas. Também estão seguros quando sobrevêm todo o tipo de males
e pestes. (vv.5 e 6). Seja qual for o tipo de calamidade que nos assola, somos protegidos
pelo Senhor, e por isso, não há motivo para temer.
É importante
lembrar que não há nenhum tipo de calamidade que o Altíssimo não possa repelir.
Isto demonstra que Deus é poderoso para nos guardar e livrar de todo perigo que
nos cerca! O salmista fala deste cuidado protetor que Senhor tem para com aqueles
que são seus: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás
atingido” (v.7). Com estas palavras, o salmista demonstra que, ainda que ocorra
infelicidades, calamidades, dor, angústia, cansaço, desilusão, nada disso será
atingido, Além disso, aquele que tem Deus como refúgio, caminha sempre sob a
proteção do Altíssimo. É o próprio salmista quem afirma: “O Senhor é o meu
refúgio”. (v.9a). Apenas Deus deve ser nosso refúgio, e fazer de Deus nosso
refúgio é saber que toda a bênção e toda a ajuda vêm do Senhor. Sendo assim, se
fizermos do Senhor o nosso refúgio, nenhum mal nos sucederá porque estamos
habitando em um lugar de proteção, onde há um relacionamento seguro com o
Senhor. Portanto, fazer do Altíssimo a sua habitação e permanecer na presença
de Deus, dentro de sua casa, era o que o salmista desejava, onde “nem o mal e a
praga chegariam a sua tenda” (v.9b).
No entanto, ainda
há outro cuidado em meio as tribulações e perigos do mundo em que vivemos.
Agora, o salmista revela as ordens de Deus em benefício daqueles que lhe
pertencem. O mal e nem a praga atingirão a nossa casa, porque Deus dá ordem aos
anjos para nos proteger e sustentar. Deus coloca seus anjos para cuidar dos
justos, protegendo-os cuidadosamente em meio a tanta violência, desastres e catástrofes
que o povo de Deus tem enfrentado. É desta forma que salmista se expressa: “Porque
aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus
caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma
pedra”. (vv.11 e 12). O resultado desse cuidado amoroso é o livramento até
mesmo diante dos maiores perigos: “Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés
o leãozinho e a serpente”. (v.13). O Senhor está acampado aonde estivermos,
independente das tribulações e perigos do mundo em que vivemos: “O anjo do
Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra” (Salmos 34.7).
Ao encerrar o salmo o salmista afirma que a sua proteção provém de um relacionamento
que se baseia no amor de Deus. Deus age com amor para com aqueles que o amam. Ele
descreve este amor através de determinados verbos, um modo como se Deus
estivesse falando com o salmista: “livrarei, protegerei, responderei, estarei
(com ele), resgatarei, darei (honra), recompensarei e, de novo, darei (minha
salvação)”. Isso gera um
relacionamento entre Deus e seu servo, dando acesso para que clame ao Senhor e
seja atendido. Revela um relacionamento amoroso que é ir além de simplesmente
dar aquilo que falta, mas também abençoar além do esperado. Mas essas promessas
maravilhosas são para os que o amam (v. 14), confiam em seu nome (v. 14) e
clamam por ele (v. 15).
Estimados irmãos! Diariamente enfrentamos tantas aflições
neste mundo. São as dificuldades, os problemas, os sofrimentos que enfrentamos.
Mas não estamos sozinhos. Deus está conosco. Ele é O Senhor dos Exércitos que
peleja pelo seu povo. É Ele que nos fortalece e nos concede força para
vencermos as nossas aflições. Ele coloca à disposição toda a “força do Seu
poder”. Só o poder de Deus é que nos sustenta diante das dificuldades da vida. E
para ficarmos firmes é preciso nos fortalecer no Senhor, pois o mundo não nos
oferece proteção verdadeira. Somente Deus pode nos dar verdadeira proteção. Amém.
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