TEXTO: Fp 3.17- 4.1
TEMA: PERMANECEI FIRMES NO SENHOR!
Diariamente, deparamos diante de tantas situações adversas e turbulentas neste mundo. Situações que nos levam a desistir dos nossos objetivos. Mas como filhos de Deus, somos aconselhados a não desistir dos nossos planos e permanecermos firmes no Senhor. Permanecer implica manter-se sempre fiel aos ensinamentos do Senhor. A Palavra de Deus nos tem revelado esta grande importância de permanecermos no Senhor. Ela nos dá força para enfrentar as realidades e dificuldades da vida, conforto e tranquilidade nos momentos de dor e aflição, esperança e garantia da assistência e presença de Deus.
Como é importante, permanecermos firmes no Senhor. Escutar sua voz e procurar pôr em prática seus ensinamentos! Quão importante é nos aderirmos a Ele e buscar forças para que possamos dar frutos! O apóstolo Paulo é um exemplo do que é permanecer firme no Senhor. Ele, certamente, entendeu a importância desta permanência. Por isso, ele convida os filipenses a “permanecerem firmes no Senhor.” (4.1).
Permanecemos firmes no SENHOR. Este é o tema da nossa meditação. Mas como permanecer firme no Senhor? Primeiro, precisamos seguir o exemplo de Cristo. Ele é um modelo a ser seguido e não somente apreciado. Para seguirmos o exemplo de Jesus, para sermos imitadores de Paulo, como ele foi de Jesus, é necessário permanecermos firmes no Senhor. Enquanto atender os nossos interesses, ou seja, a nossa vontade, de forma alguma iremos viver segundo o exemplo e modelo que temos em Jesus Cristo.
Segundo, não se transformar em inimigo da cruz. Paulo exorta quanto aos perigos daqueles a quem denomina-se de “inimigos da cruz de Cristo”. Ele afirma que “muitos andam entre nós”, ou seja, estão no nosso meio, caminham conosco, parecem amigos, mas são inimigos. Isso é um alerta para que não sigamos seus caminhos, pois as consequências são dolorosas. Jesus afirma que os ramos que impedem a permanência unida a Cristo, que não produzem frutos, serão cortados e lançados no fogo. (João 15.1-8).
Enfim, vivendo na esperança da vida eterna. Somos convidados a investir nosso tempo na esperança da eternidade, pois não colocamos nossa esperança nesta vida. Não temos aqui cidade permanente. O nosso alvo é a nossa pátria que estás nos céus. Na pátria celestial há felicidade eterna. Não há pranto, nem luto, nem ranger de dentes. Por isso, avancemos e marchemos para o nosso alvo que é a glória eterna, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Quando o nosso corpo físico, calejado, fraco e corruptível será transformado, para que seja semelhante ao corpo da glória de Cristo.
Filipos era “uma das principais cidades da Macedônia”. Nesta cidade, durante a segunda viagem missionária de Paulo, que chegou por volta do ano 50, acompanhado de Silas e Timóteo, surgiu a primeira comunidade cristã. Paulo ao escrever o texto 3.17- 4.1, para a comunidade, ele convida os irmãos de Filipos para que sigam seu exemplo como servo de Cristo, imitando sua conduta de vida e seguindo como verdadeiro modelo de Cristo. Ele tinha motivos para se considerar um exemplo, pois sofreu tantas dores, perseguições, tribulações, blasfêmias, escárnio, rejeição. Foi arrastado por uma multidão para fora da cidade e apedrejado (Atos 14.19). Foi açoitado, preso e amarrado com os pés em um tronco. (Atos 16.23-24). Foi perseguido pelos próprios judeus. (Atos 17.13-14). Além disso, teve de suportar um espinho na carne (2 Coríntios 12.7). Apesar de todas à suas limitações, era um homem falha e não havia obtido a perfeição, mas nunca abandonou Jesus em nenhum momento de luta. Nunca deixou ser um exemplo, um grande instrumento nas mãos de Deus ao anunciar ao evangelho de Cristo. Continuou sempre encorajando os cristãos a imitar seu comportamento, conduta e atitude.
Seguimos o exemplo de muitas pessoas neste mundo. Uma das coisas que aprendemos rápido na vida é a importância de aprender as experiências de outras pessoas. Imitamos o comportamento e adotamos o estilo de vida destas pessoas. As crianças imitam os pais, pois são exemplos de vida. Os jovens procuram exemplos em jogadores de futebol, cantores e atores para demonstrar o carinho que sentem pelos ídolos. Mas o que é ser imitador? A palavra significa tomar como modelo, como padrão de conduta, referência, exemplo. A verdade é que hoje carecemos de pessoas exemplares. O mundo moderno está adotando padrões equivocados de conduta e maus exemplos. Existe alguém que você conhece, que lhe tenha apresentado um bom exemplo? Imitar alguém, não está errado. O problema está em imitarmos alguém que não deve ser imitado.
Mas quem devemos imitar? Quem é a nossa referência de conduta? Que modelo somos nós? De Cristo ou de nós mesmos? Só temos uma resposta: Cristo. Paulo abre o nosso entendimento para compreender melhor o que significa imitar a Cristo: “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.” (v.17). É muito importante observar que Paulo convida os irmãos de Filipos para que sigam seu exemplo como servo de Cristo, para imitar sua conduta de vida, para que o siga como verdadeiro modelo de Cristo. Quando os filipenses imitavam ou seguiam Paulo como modelo, estavam refletindo o próprio caráter de Cristo. Paulo não só dizia "escutem minhas palavras", mas também "sigam meu exemplo". Façam-se comigo imitadores de Jesus Cristo. Ele já havia apresentado a Cristo como exemplo principal em outras passagens bíblicas. (2.5-8) e (3.12-16).
Assim como o apóstolo Paulo falou às igrejas em Éfeso, Coríntios, Filipos, entre outras, hoje, somos exortados também a sermos imitadores de Cristo. Efésios 5. 1 e 2: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.” Em 1 Coríntios 11.1, Paulo exortou os coríntios a imitá-lo, colocando o bem-estar dos outros em primeiro lugar. Ele disse: “Sede imitadores meus como eu sou de Cristo e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.” Temos que avaliar se somos imitadores de Cristo em todas as áreas da nossa vida. Se a nossa conduta serve de exemplo para muitos cristãos na atualidade, pois precisamos admitir que, muitas vezes, somos movidos a ser reflexo de nós mesmos. Gostamos de receber aplausos das pessoas, fama e glória. Esquecemos que a nossa vida não é nossa, ela é o reflexo de Cristo no mundo. Não estamos nesta vida para aparecer, mas para anunciar quem Cristo é o que Ele faz em nós. Lembre-se: quando não imitamos a Cristo, imitamos a nós mesmos, os nossos interesses.
No entanto, havia pessoas no meio dos irmãos em Filipos que diziam ser cristãs, mas não viviam de acordo com o exemplo de Cristo. Havia corrupção, imoralidade, falsas doutrinas. Buscavam só as coisas materiais e terrenas. Na verdade, o que imperava em Filipos era o paganismo. Falsos mestres, alguns até faziam parte da igreja. Daí o motivo de Paulo chamá-los de inimigos da cruz. Ele dizia estas palavras, chorando. Chorando por que? Porque os inimigos da cruz estavam destruindo a igreja.
Muitos anos, após Paulo ter falado estas palavras, ainda vemos que os inimigos da cruz são muitos. O mais triste disso tudo é verificar que esta realidade não mudou. Ainda convivemos com o paganismo, falsos profetas e práticas de heresias. Fica evidente que os inimigos da cruz, ainda estão presentes na atualidade. Mas quem são os inimigos da cruz? O que precisamos saber a respeito destes inimigos? Precisamos saber que muitos andam entre nós! Eles se infiltram na igreja. Tem cara de ovelha, mas são lobos roubadores e vorazes disfarçados de ovelhas (Mt 7.15; At 20.29). O Paulo em seu ministério muito combateu os falsos ensinos e lutou pela pureza do evangelho, anunciado à Igreja. Ao sentir que a igreja estava sendo ameaçada por falsos mestres, Paulo os identifica como inimigos da cruz de Cristo. Como se tornaram inimigos da cruz de Cristo?
Paulo descreve e apresenta algumas das características dos inimigos da cruz. Descreve a conduta e que muito se assemelham em nossos dias: Primeiro, Paulo fala que o “destino deles é a perdição.” (v.19a). São pessoas perdidas, que permaneciam em sua incredulidade. Não aceitavam, não acreditavam na existência no poder de Deus, na mensagem da salvação eterna e na vinda de Cristo. Vivendo desta forma, estariam investindo na sua própria destruição. Sendo inimigos da cruz recebem a sentença de condenação: seu fim é a perdição. Segundo, Paulo fala que “o deus deles é o ventre” (v.19b). Eles só preocupavam com seu bem-estar físico. Faziam do ventre, das sensações, dos apetites, as coisas pelas quais davam satisfação em viver. Faziam dos seus desejos um deus para si mesmo.
Terceiro, Paulo fala que “glória deles está na sua infâmia.” (v.19c). Não buscavam a glória de Deus que se manifesta na sua bondade, graça e compaixão, que se manifesta em Seus Filho Jesus. Mas glória deles é a infâmia, ou seja, a própria vergonha. Eles viviam na ruína vergonhosa. O fim, o alvo para onde eles se dirigem e onde eles já presumem estar é a perdição, infâmia. E finalmente, Paulo fala que “só se preocupam com as coisas terrenas” (v.19c). Eles falavam a respeito de Deus, mas a preocupação era somente com as coisas terrenas. E por causa desta atitude de amar somente as coisas terrenas, adquiriram um deus, um destino e uma glória.
A grande verdade é ainda encontramos muitos inimigos da cruz de Cristo. Pessoas que buscam seus próprios interesses e insistem em andar conforme o agir do mundo. Pessoas que vivem nas suas paixões, idolatria, avareza ou qualquer coisa semelhante. Pessoas que que "andam entre nós", que participam da comunhão entre os cristãos. mas negam seguir os passos de Jesus até a cruz. Pessoas que têm se preocupado com as coisas terrenas, que são passageiras, que não têm, de fato, relevância, e têm se esquecido dos valores celestiais, que são os mais importantes.
Paulo ainda oferece outra sugestão aos filipenses para que possam permanecer firmes no Senhor: pensar nas coisas lá alta, investir todo tempo na esperança da vida eterna, pois “a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (v.20a). Paulo também afirma: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl. 3.1). É de lá dos céus que “aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, com expectativa. Ele virá com poder e grande glória. E quando Cristo aparecer, “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (v. 21b).
Este o grande consolo para aqueles que permanecem firmes no Senhor. Saber que o nosso corpo físico, calejado, fraco e corruptível será transformado, para que seja semelhante ao corpo da glória de Cristo. Como Paulo dizia que “seremos glorificados” (Romanos 8.17) ou que a “glória será revelada em nós” (Romanos 8.18). Mas, enquanto, vivemos na esperança, aguardando a vinda no SENHOR, não podemos perder de vista a nossa meta, saber que nossa esperança não se limita a esta terra, mas a nossa pátria que está nos céus, de onde aguardamos o Salvador. Vamos conduzir a nossa vida de modo que corresponda ao evangelho de Cristo. Agora é só permanecer firme no Senhor!
Estimados irmãos! Deus almeja que nossa vida seja um exemplo de conduta, um exemplo de vida cristã. Desta forma, a Bíblia nos mostra claramente que permanecer firme é ter uma vida enraizada no evangelho de Jesus Cristo. Que Deus nos encha de esperança e de perseverança mesmo em meio à adversidade, para que permaneçamos firmes na fé e com gratidão no coração. Amém.
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