quarta-feira, 10 de agosto de 2022

 

TEXTO: EF 6.4

TEMA: COMO EDUCAR OS FILHOS NO SENHOR?

Hoje é o dia dos pais! Mas o que é ser pai? Ser pai vai além de sustentar e suprir as necessidades materiais dos filhos. É incentivar, mostrar caminhos e ser exemplo. É uma bênção de Deus. É viver cada dia os ensinos contidos na Palavra de Deus. Assim, ele será o pai capacitado para ensinar aos seus filhos a vida cristã.  Que este dia seja tão agradável quanto seu carinho e atenção, que você tem reservado à sua família. Seja especial e repleto de alegria, trazendo paz, saúde e grandes realizações à sua vida. É um momento propício para meditarmos   sobre o texto de Efésios 6.4: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”


Estimados pais! Como educar os filhos?  É uma pergunta que requer muita reflexão! Na verdade, não há uma fórmula de como educar os filhos. Os meios e métodos que os pais usam a fim de educar, podem variar. Psicólogos e educadores afirmam que o diálogo é sempre a melhor alternativa. Eles dão conselhos para evitar os erros que os pais mais costumam cometer na hora de ensinar. Mas o que diz às Escrituras sobre a educação numa perspectiva bíblica?

 

As Escrituras mostram uma clara ilustração da educação no Senhor. O apóstolo Paulo afirma: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4). Neste versículo, Paulo apresenta dois fatores importantes sobre a educação. O primeiro, ele fala no sentido negativo em que os pais não devem provocar seus filhos a ira ou amargura, sendo severo, injusto, parcial ou exercitando sua autoridade de forma irracional. Tais provocações resultarão em reações adversas. O segundo aspecto é positivo, e expressa uma educação compreensiva, ou seja, Paulo convida os pais para educar, criar e desenvolver uma conduta em todos os aspectos da vida pela disciplina e admoestação do Senhor. Este é o caminho para uma educação no Senhor.

                                                                 I

Paulo estabelece uma orientação especial aos filhos. Ele afirma: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos”. É uma ordem dirigida especialmente aos pais, porque eles estão à frente da família e seu governo é especialmente comprometido com seus filhos.  A palavra grega usada no texto para ‘provocar’ traz consigo o mesmo significado de irritar, atormentar, enfurecer.  Estas palavras nos lembram aquele pai autoritário que ensina por meio do autoritarismo, da opressão e do medo, fazendo com que os filhos obedeçam cumprindo regras sem justificativas ou explicações. Isto resulta de um espírito e métodos equivocados, ou seja, severidade, irracionalidade, autoritarismo, dureza, exigências cruéis, restrições desnecessárias e insistência egoísta.

Paulo em Colossenses 3.21, também chama a atenção que devemos cuidar, para não irritarmos nossos filhos sob pena de desanimá-los: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados. “A palavra usada para ‘desanimar’ tem o sentido de exasperar, provocar ressentimento, mágoa. Isso significa que o tratamento errado dispensado a nossos filhos tem efeitos devastadores. Eles podem se sentir desanimados a viver, a se relacionar, a obedecer e honrar aos pais e até mesmo a obedecer e honrar a Deus. Um filho desanimado é um filho que perdeu a confiança. Que que perdeu a esperança e a motivação. Podem se tornar pessoas ressentidas, magoadas, amarguradas, retraídas, inseguras.

Esta forma de educar os filhos, gera na criança conflitos (ira) porque a função dos pais é conduzir os filhos ao crescimento em todos os sentidos e não exercer um domínio ameaçador sobre seus filhos. Quando se trata de educação, precisamos diferenciar o que é autoridade e autoritarismo. Autoridade tem a ver com admiração e respeito, não somente com obediência e submissão. Ser autoritário é justamente querer impor aquilo que não é legitimado. Ocorre que muitas pais irritam seus filhos ao agir asperamente, ou com crueldade física, para mostrar superioridade e força superior, se esquecendo que a disciplina bíblica tem que ser feita com moderação e com fim proveitoso.                                               

                                                              II

Após adverti-los que não provoquem os seus filhos a ira, Paulo oferece uma solução aos pais :admoesta os pais a criarem seus próprios filhos na disciplina e admoestação do Senhor. A palavra “criar” neste contexto, traz um sentido de nutrir ou alimentar; preparar para frutificar; dedicação, amor; estimulando-os a vencer as suas dificuldades. No entanto, há muito engano, hoje, a respeito da palavra criar. Para muitos pais, criar filhos significa sustentá-los financeiramente até que eles consigam emprego e passem a pagar as próprias despesas. É basicamente dar comida, sustento, educação e emprego para os filhos. É preciso repensar o modelo sobre o qual estamos fundamentando a criação de nossos filhos. A Psicologia, a Pedagogia e tantas outras ciências possuem propostas inovadoras quanto a criação de filhos. É maravilhoso ouvir os conselhos e orientações que as ciências nos apresentam.

No entanto, Deus nos deixou um manual para a criação de filho – a Bíblia Sagrada. Ela possui todos os princípios necessários para uma boa educação. Precisamos conhecer profundamente a história do jovem, Timóteo. Ele conhecera as verdades das Escrituras desde a infância. Aprendeu em todo o seu ministério, que não há riqueza equivalente às Escrituras, e que a Bíblia é o maior tesouro da cristandade, a fonte de toda doutrina cristã, a luz para os gentios. Aprendeu ainda que ela nos ensina a concórdia, o amor, a mansidão, a fidelidade, a fé em Cristo, e que nos repreende e corrige quando estamos errando o caminho do Senhor. Por isso, no entender de Paulo, Timóteo deveria permanecer fiel às Escrituras, que o tornaria sábio para salvação pela fé em Cristo Jesus.

Somente nas Escrituras encontramos a resposta. Em nosso texto, Paulo apresenta duas ferramentas principais para que os pais possam educar os seus filhos: a “disciplina” e a “admoestação” do Senhor. Essas palavras transmitem dois procedimentos que os pais devem aplica-los a educação dos filhos: O primeiro é físico: aconselha os pais a usar a disciplina. A criança precisa saber que há regras e limites, e a falta destas regras e limites podem levar a situações desconfortáveis. Se as crianças e adolescentes estão se comportando de maneira errada, elas precisam ser disciplinadas. Ela é fundamental para a formação de filhos saudáveis. Por isso, corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim, deleitará o teu coração. (Provérbios 29.17).

O segundo procedimento mencionado é verbal.  Paulo menciona a expressão admoestação do Senhor, ou seja, aquilo que é dito a uma criança. Além disso, admoestar também traz a ideia de corrigir, embora não necessariamente de forma física. É corrigir os pensamentos e ideias da criança, para que possa voltar a praticar o que é correto. O instrumento pelo qual isso é feito, é a Palavra de Deus. Ela é o instrumento divinamente ordenado para orientar a criança na formulação correta das suas ideias, na aquisição de valores corretos que vão servi-la até o fim da sua vida. A ideia contida neste termo é que nós devemos, não apenas disciplinar fisicamente uma criança, mas conversar com ela e colocar as suas ideias em ordem. Mostrar-lhe pelo diálogo, instrução e encorajamento

Portanto, a “disciplina e admoestação do Senhor” a única forma efetiva de alcançar os objetivos da educação. Qualquer outra substituição, ou meio de educar pode resultar em desastroso fracasso. Martinho Lutero dizia: “Deixe a maçã ao lado da vara e dê a seu filho quando fizer o certo”. A disciplina na educação deve ser exercitada com cuidadosa vigilância e constante ensino, com muita oração. Por isso, devemos ensinar e encorajar nossos filhos a lerem a Bíblia todos os dias, a orar sempre. Devemos orar com eles e por eles cotidianamente. Devemos deixar que vejam o nosso exemplo, porque os filhos imitam primeiro os pais.

Portanto, “ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” (Pv 22.6). Amém

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