TEXTO: JO 16.23-33
TEMA: JESUS PROMETE CONSOLO E ESPERANÇA AOS DISCÍPULOS
Jesus deixa evidente aos seus discípulos que em breve sofreria e enfrentaria a morte. Diante desta notícia, gerou uma profunda tristeza e apreensão na vida dos discípulos. Eles ficaram profundamente decepcionados, tristes e angustiados, e caíram no desespero. Além disso, começaram a interrogar Jesus sobre a sua partida. Ocorre que, em diversos momentos, especialmente durante a Última Ceia e nos dias que precederam a sua morte, fizeram muitas perguntas. Afinal, eles haviam passado um período significativo com Jesus, aprendendo com Ele e testemunhando Seus milagres. E perspectiva de sua ausência lhes causava uma imensa tristeza e uma sensação de perda. Ora, a ideia de morrer, ressuscitar e retornar ao Pai os deixava inseguros e desamparados.
No entanto, em resposta às suas indagações e à tristeza que estavam experimentando, Jesus ofereceu palavras de consolo e promessas. No texto de hoje, Ele apresenta quatro temas que transmitem consolo e esperança. Trata-se de um conjunto de verdades reconfortantes para os discípulos: em primeiro lugar, Jesus ensina que, após sua partida, eles estariam privados de uma alegria especial ao orar diretamente ao Pai em Seu nome. Eles, agora, fariam seus pedidos ao Pai em nome de Jesus, para que a alegria deles fosse plena. Por meio de Jesus, temos um caminho direto ao Pai através da oração. Seu nome é nossa credencial e garantia de sermos ouvidos.
Em segundo lugar, Jesus afirma que o tempo de se comunicar por meio de parábolas estava chegando ao fim. Ele, agora, falará de maneira clara sobre o Pai aos discípulos. Nesse sentido, Jesus reafirma sua origem divina e seu propósito de vir ao mundo e retornar ao Pai, o que fundamenta sua autoridade para interceder e o acesso que seu nome proporciona na oração.
Terceiro, os discípulos expressam sua compreensão e fé nas palavras de Jesus. Mas ainda conhecendo a fragilidade humana, Jesus os adverte sobre a iminente dispersão e abandono que ele sofrerá. Contudo, Jesus assegura que não estará sozinho, pois o Pai estará com Ele.
Por fim, Jesus conclui seus ensinamentos encorajando os discípulos a cultivar a esperança, o bom ânimo e a paz, pois Ele venceu o mundo. Ele também nos oferece a mesma promessa de transformação da tristeza em alegria. A alegria em Cristo é duradoura e transcende as tribulações. Assim sendo, o Senhor se aproxima de nós e nos auxilia a enfrentar o medo, as provações e os problemas que nos causam inquietação. Ele afirma: “Paz seja convosco!” São palavras consoladoras e repletas de esperança que todos necessitamos.
Jesus inicia o texto afirmando: “Naquele dia, nada me perguntareis” (v.23a). A expressão “Naquele dia” alude ao derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Quando esse dia se concretizar, os discípulos não formularão mais perguntas diretamente a Jesus. Uma tradução literal seria “não me perguntarão nada”, no sentido de “não farão nenhum pedido a mim”. Contudo, os discípulos estavam habituados a indagar ou solicitar a Jesus a fim de suprir suas necessidades e enfrentar suas provações. Eles também dependiam de suas orientações pessoais. No entanto, a partir daquele dia, os discípulos não fariam mais perguntas diretamente a Jesus sobre qualquer assunto. Seus pedidos deverão ser apresentados a Deus em seu nome, e assim, terão acesso ao Pai por intermédio do nome de Jesus.
Diante desse grandioso privilégio, os discípulos experimentariam uma alegria singular por meio da oração. Assim, Jesus os encoraja a orar ao Pai em Seu nome. Essa prática fundamenta-se na promissora declaração de Jesus: “Se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome” (v.23b). Mas o que significa orar em nome de Jesus? A Bíblia ensina que Jesus é o único caminho para o Pai (João 14.6). Por isso, orar em seu nome significa reconhecer que nosso acesso a Deus se dá através do sacrifício de Jesus na cruz e de sua contínua intercessão por nós (Hebreus 7.25). Orar em nome de Jesus é um conceito central na fé cristã, com profundas implicações sobre nossa comunicação com Deus. Não se trata meramente de adicionar as expressões "em nome de Jesus" ao término de uma oração, mas de uma postura de coração e mente que reconhece a mediação e a autoridade de Jesus Cristo. Orar em nome de Jesus é também um ato de gratidão pelo que Ele realizou por nós.É reconhecemos que é por meio de Sua morte e ressurreição que temos a oportunidade de nos aproximar de Deus.
No entanto, Jesus garante aos seus discípulos que suas orações serão atendidas quando feitas em seu nome, para que sua alegria seja plena: “Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.”(v.24). É como se Jesus estivesse nos dizendo: "Vejam, vocês ainda não experimentaram o poder de pedir diretamente em meu nome. Façam isso, peçam com confiança, que vocês sentiram alegria plena." Como é maravilhoso quando a oração faz parte da nossa vida,ou seja, na familia,no trabalho e na igreja. Essa prática constante, realizada em nome de Jesus, certamente traz inúmeros benefícios para todos. Fortalece os vínculos familiares, promove a união em torno da fé e proporciona um ambiente seguro para compartilhar alegrias, desafios e buscar juntos apoio espiritual. Já na igreja, a oração em comunidade cria um ambiente de força coletiva, onde as experiências de fé se somam e se fortalecem, mutuamente. Orem em nome de Jesus. Apresentem os seus pedidos a Deus por meio de Jesus! Façam isso, peçam com confiança, e vocês experimentarão uma alegria plena!
Também naquele dia, Jesus se expressaria de maneira clara a respeito do Pai, pois, naquele instante, Ele dialogava cpm seus discipulos, por meio de metáforas para elucidar o Reino de Deus e os mistérios divinos. Jesus deixa essa questão evidente para os discípulos quando afirma: “Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras” (v.25a). De fato, Jesus frequentemente recorria a figuras de linguagem para instruir seus seguidores, especialmente por meio de parábolas. Esse método revelava-se eficaz para transmitir mensagens complexas de forma acessível e memorável, além de servir como um teste à fé e ao coração de seus discípulos. Contudo, chegaria um momento em que não mais se utilizaria de comparações, mas anunciaria de maneira explícita sobre o Pai.Tudo isso mudaria após a sua ressurreição e a vinda do Espírito Santo. A partir desse dia, os discípulos estariam mais preparados para compreender a verdade plena sobre o Pai. Jesus diz: “Vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai” (v.25b).
No entanto, naquele dia, haverá uma relação mais íntima entre Jesus, seus seguidores e o Pai. Os discípulos terão acesso direto ao Pai, pedirão em nome de Jesus: “Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós” (v.26). Destaco aqui determinados pontos que requerem reflexão sobre esse relacionamento: primeiramente, os discípulos não necessitarão mais da mediação constante de Jesus para apresentar suas súplicas ao Pai. Jesus afirma que “pedir em seu nome” se tornará o fundamento para suas orações.Em segundo lugar, ao afirmar "não vos digo que rogarei ao Pai por vós", Jesus deixa claro que o Pai já os ama profundamente em virtude do amor que depositaram em Jesus. É importante analisar o verbo grego ἐρωτᾷν (rogar), pois este verbo estabelece essa conexão direta do Pai com os discípulos. Contudo, rogar (pedir) não deve ser compreendido no sentido direto de “em favor de vocês”, mas sim “a respeito de vocês” (περὶ ὑμῶν), como alguém que busca discernir a vontade do Pai e, assim, apresenta o caso diante d’Ele (Lucas 4.38; João 17.9, 17.20). Em terceiro lugar, orar em nome de Jesus implica orar com a autoridade que Ele conferiu aos seus seguidores. É reconhecer quem Ele é e o que Ele realizou, apresentando as súplicas em consonância com a sua vontade.
Em outras palavras, esse relacionamento com o Pai é uma mensagem sublime que cada cristão pode experimentar através de Jesus. É uma relação fundamentada no amor recíproco e na fé. Jesus elucida essa questão ao afirmar que o Pai ama (φιλεῖ) os seus discípulos: “Porque o próprio Pai vos ama” (v.27a). É importante notar que a fonte desse amor é o próprio Pai. Não se trata de algo que necessitamos conquistar ou merecer.Ele é intrínseco à sua essência e se estende a nós de forma direta. Essa concepção proporciona um imenso conforto e segurança, pois implica que somos amados incondicionalmente pelo Pai, que se preocupa profundamente com cada um de nós. Assim sendo, Jesus estabelece uma conexão direta entre o amor dos discípulos por Ele e o amor do Pai por eles. Ele afirma: "...visto que me tendes amado..." (v.27b). Ocorre que o amor dos discípulos é percebido tanto em sua origem quanto em sua continuidade (vocês têm amado, πεφιλήκατε).Esse amor transcende meros sentimentos, manifestando-se na obediência aos seus ensinamentos e na identificação com a sua missão. Em face desse amor, há ainda um aspecto crucial que Jesus enfatiza: a fé. Jesus declara: "...e tendes crido que eu vim da parte de Deus" (v.27c). A preposição utilizada aqui (παρά) sugere a saída de uma posição, como se fosse ao lado do Pai. Os discípulos creram e acolheram a revelação divina através de seu Filho. Isso implica que os discípulos reconheceram sua divindade, sua autoridade e seu propósito redentor.
Jesus, agora, resume sua missão e trajetória. Primeiro, Ele explica sua origem divina: “Vim do Pai” (v.28a). Nenhuma frase poderia expressar de maneira mais completa a unidade de Jesus com o Pai. A expressão grega ἐξῆλθον ἐκ ("Eu saí de" ou "Eu vim de") deixa isso evidente. A preposição ἐκ reforça esse pensamento,indicando origem e procedência. Jesus está declarando que sua origem não é terrena, mas divina, Ele venho diretamente Pai. Isso evidencia que Jesus não é meramente um homem que surgiu na história, mas que preexistia ao mundo, vindo diretamente de Deus Pai. Tal afirmação ressalta sua natureza divina e sua relação singular com o Pai. Ele é o enviado, aquele que desceu do céu com um propósito específico.
Em segundo lugar: "e entrei no mundo" (v.28b). Aqui, testemunhamos a encarnação, o momento em que o divino se torna humano. Jesus assume a natureza humana, vivendo como um homem neste mundo, subjugado às suas limitações e desafios. Essa "entrada no mundo" é o cerne de sua missão redentora, pois, ao se tornar um de nós, Ele nos compreende e nos representa. Terceiro: "todavia, deixo o mundo" (v.28c). Esta parte alude à conclusão de sua existência terrena. Sua morte e ressurreição marcam sua partida deste plano físico. Não se trata de um fim, mas de um retorno à sua glória original. Por fim: "e vou para o Pai" (v.28e). Jesus finalmente declara o seu destino e exaltação. Ele retorna à presença do Pai, de onde veio. Isso implica a sua vitória sobre a morte e o pecado, e sua ascensão à glória celestial.
Ao término das eloquentes palavras de Jesus, surge uma reação por parte dos discípulos: “Agora é que falas claramente e não empregas nenhuma figura” (v.29). A exclamação dos discípulos revela um instante de clareza e compreensão para eles. Ocorre que durante a conversa de despedida, Jesus havia recorrido a numerosas analogias, metáforas e uma linguagem figurada para explicar conceitos complexos acerca de sua partida, do Espírito Santo e do futuro que os aguardava. Contudo, naquele momento específico, as palavras de Jesus ressoavam de maneira direta e fácil de entende-las. Eles percebem que a linguagem figurativa se dissipou, e a verdade é comunicada de forma cristalina. Diante dessa epifania, experimentam um alívio (v.30). É intrigante notar que, apesar dessa sensação momentânea de clareza, os discípulos ainda enfrentariam dificuldades em compreender plenamente os eventos iminentes (a prisão, crucificação e ressurreição de Jesus). Sua fé permanecia ainda bastante frágil. Assim, necessitavam, de fato, do Espírito Santo.
É o próprio Jesus que lhes faz perceber a ilusão em que se encontravam imersos Jesus a: “Credes agora?” (v.31). É como se Ele dissesse: "Vocês afirmam que agora compreendem, que não há mais metáforas? Mas será que essa compreensão se traduz em uma fé verdadeiramente sólida e inabalável? A expressão em grego πιστεύετε ἄρτι (Credes agora) indica que não se trata de uma mera busca por confirmação. Ela revela a percepção de Jesus acerca da fragilidade da fé dos discípulos diante das provações futuras e dos desafios, Na verdade, os discípulos, por mais devotos que fossem, eram seres humanos com suas próprias limitações de entendimento, e até mesmo momentos de dúvida e incompreensão. Ocorre que os discípulos, muitas vezes, possuíam uma fé que retringia ao intelesto. Na verdade, quando a fé se fundamenta apenas na compreensão intelectual ou na capacidade de argumentação, ela se torna vulnerável.
Mas quando a nossa fé se torna, verdadeiramente, firme e inabalável? Para entender essa questão, é preciso analisar os personagens bíblicos. Abraão, um homem que personificou uma fé inabalável, é um exemplo. A fé de Abraão não vacilou, porque ele se concentrou no poder e na fidelidade de Deus, e não em suas circunstâncias. Ele acreditou nas promessas de Deus, e sua fé permaneceu inabalável. Não podemos falar sobre fé inabalável sem mencionar Jó. Ele enfrentou provações inimagináveis: perdeu família, saúde e riqueza, mas se recusou a amaldiçoar a Deus. Permaneceu firme nas promessas de Deus. Esses dois exemplos nos mostram que a fé inabalável é, muitas vezes, testada nas provações. O apóstolo Paulo nos diz que essas provações produzem perseverança, o que acaba fortalecendo nossa fé. A Bíblia ecoa esse sentimento, enfatizando a importância de permanecer forte em tempos difíceis: “Não apenas isso, mas nos regozijamos em nossos sofrimentos, sabendo que o sofrimento produz perseverança, e a perseverança produz caráter, e o caráter produz esperança” (Romanos 5.3-4). Lembre-se de que fé inabalável é confiar nas promessas de Deus, mesmo quando as circunstâncias parecem terríveis. É um processo contínuo. Portanto, vamos alimentá-la por meio da oração, do estudo da Palavra de Deus e da comunhão com outros irmãos!
Esta pergunta de Jesus foi fundamental na vida dos discípulos, pois Ele sabia que em breve eles o abandonariam, como Ele mesmo profetiza: "Eis que vem a hora, e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só" (v.32a). A provação estava próxima e revelaria a fragilidade da fé dos discípulos. Sendo assim, Jesus afirma que a hora já havia chegado, e que eles o abandonariam. A frase "e já é chegada, enfatiza a iminência desse evento, tornando a previsão ainda mais impactante. E a expressão "cada um para sua casa" mostra que o grupo abandonaria Jesus em seu momento mais crítico. Seriam levados à dispersão, e Jesus ficaria só. Apesar da solidão que Jesus enfrentaria, fato que ocorreu no Jardim do Getsêmani e na cruz, Ele teve o amparo do Pai: "...contudo, não estou só, porque o Pai está comigo" (v.33b). Jesus confia plenamente na presença do Pai. Essa consciência da companhia do Pai era sua fonte de força e consolo diante do sofrimento que estava por vir. Essa passagem é um lembrete da nossa própria vulnerabilidade e da importância de fundamentar nossa fé não apenas em nossos sentimentos ou na presença de outros, mas na certeza da presença constante de Deus em nossas vidas, especialmente nos momentos de maior dificuldade.
Jesus, após ter mencionado as advertências, promessas e revelações, “estas coisas vos tenho dito,” agora, trata de um conjunto de verdades consoladoras aos discípulos. Primeiro, Jesus afirma: "para que tenhais paz em mim". Este é o propósito fundamental de tudo o que Jesus disse. A paz que Ele oferece não é meramente a ausência de conflito externo, mas uma paz interior, uma tranquilidade da alma que reside na união e na confiança em Jesus, pois Ele se apresenta como a própria fonte dessa paz. A paz "em mim" transcende as tribulações "no mundo".
Mas em que consiste essa paz que Jesus oferece aos discípulos? Essa paz é um legado de Jesus para seus seguidores. É uma promessa de que, apesar dos desafios, a verdadeira paz pode ser encontrada n’Ele. Outro detalhe importante é que a paz que Jesus oferece aos discípulos é diferente da paz do mundo. Ele nos concede uma paz interior que supera a paz que o mundo oferece, como Ele próprio afirmou: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (João 14.27). É essa a paz que o mundo não pode dar! O significado dessa paz transparece quando Jesus se colocou no meio dos discípulos com uma saudação inesperada e, ao mesmo tempo, redentora: “Paz seja convosco!” Essa expressão tem um significado profundo. Ela é significativa. Não se trata de um desejo ou saudação simplesmente. Em Cristo, porém, a paz adquire dimensões mais sublimes na vida dos discípulos que estavam com medo.
E,assim, Jesus conclui às suas palavras com uma magnífica afirmação. As suas palavras são dignas de três momentos: primeiro, Ele afirma: “No mundo, passais por aflições.” (v.33a). Jesus não oculta a verdade de que seus seguidores enfrentariam dificuldades e tribulações, durante a caminhada neste mundo. Isso significa que todos passariam por momentos de dor e tristeza neste mundo.Embora essas palavras tenham sido ditas especificamente aos primeiros discípulos, elas são também para o ser humano que vive em constante sofrimento. Esta realidade é intensa, e , talvez, até com novas nuances devido às complexidades do mundo moderno. São transtornos ligados ao rítmo acelerado da vida, pressões sociais, inseguranças e econômicas. A verdade é que, enquanto estivermos vivendo neste mundo, enfrentaremos todo o tipo de aflição. Isso não significa que viveremos em constante sofrimento para sempre. Mas haverá uma grande esperança: quando estivermos no céu, não haverá mais aflições, onde o sofrimento não terá a palavra final, conforme descrito em Apocalipse 21.4: "não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor".
No entanto,Jesus os lembra que, apesar das dificuldades, deveriam manter-se firmes, confiando,plenamente, n’Ele: “tende bom ânimo.” (v.33b). Em outra ocasião,Ele também disse aos seus discipulos quando estavam lutando contra o mar tempestuoso: “Tende bom ânimo” (Mt 14.27). Como manter o bom ânimo em meio às muitas lutas, adversidades e desafios que a vida moderna nos impõe? Onde é comum encontrarmos pessoas desanimadas? A verdade é que para mantermos o “bom ânimo" precisamos esperar no Senhor. Durante e depois da tempestade a presença de Cristo deve ser a razão do nosso ânimo e da nossa alegria. Por isso, não se deixe entregar aos problemas, mas tenha ânimo em Jesus! Ter bom ânimo, são palavras consoladoras para nós nos dias de hoje, porque vivemos em um mundo com situações que nos afligem, E, às vezes, passamos pelo “vale da sombra e da morte,” e sentimos tantas aflições. Lemos em Isaías 41.10: “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.” Paulo aconselha os corntios: “porém não angustiados; perplexos, porém não desesperados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não perdidos” (2 Coríntios 4.8-9).
É, justamente, nestes momentos que precisamos ter ânimo para vencer todo o tipo aflições: desgosto, mágoas preocupações, inquietudes, ansiedades, torturas. E quando Jesus aconselha os discipulos a ter bom ânimo , ele deu uma boa razão: Ele “venceu o mundo.” (v.33c). Lembre-se: Jesus disse essas palavras na noite anterior à sua morte na cruz. Ele ainda não havia consumado a obra para a qual veio ao mundo. Contudo, afirmou: “Eu venci o mundo”. Na verdade, Ele estava olhando adiante, para o dia em que sua promessa seria realizada, quando venceria o mundo. O que essa promessa significa para nós nos dias de hoje? Jesus ao vencer o mundo, a morte foi derrotada, a dívida do pecado foi cancelada e a porta para a vida eterna já está aberta. Portanto, nossos problemas são apenas temporários, e qualquer sofrimento que experimentamos jamais nos separará do amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Este é o grande consolo!
Estimados irmãos! As palavras de Jesus são momentos de encorajamento e fortalecimento para os discípulos que estavam vivendo nas aflições.E diante destas aflições, Jesus oferece promessa, consolo e esperança para que pudessem enfretarem desafios e adversidades. Sendo assim, somos convidados a depositar nossa confiança em Jesus, o vencedor sobre o mundo. Ele é nossa rocha e nossa salvação, e n’Ele encontramos a coragem e força para enfrentar qualquer tempestade que possa surgir em nosso caminho. Sua vitória é nossa esperança e paz em meio às incertezas da vida. Amém!
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